Setembro amarelo: a importância do combate à depressão e da prevenção ao suicídio

Prevenção e Controle

27/08/2021

Atualizado em 02/08/2023

Reconhecer os sinais de depressão é o primeiro passo para buscar ajuda. Neste Setembro Amarelo, informe-se sobre a doença e sobre a prevenção do suicídio.

5 min de leitura

Setembro amarelo: a importância do combate à depressão e da prevenção ao suicídio

Você sabe qual é o objetivo do Setembro Amarelo? Ele foi criado para conscientizar a população e reforçar a importância do combate à depressão e da prevenção ao suicídio, assuntos delicados, mas que certamente salvam vidas e precisam ganhar visibilidade.

A depressão, doença que pode aumentar o risco de suicídio, acomete jovens, adultos e idosos em todo o mundo e afeta vários aspectos da vida de uma pessoa. Ela pode dificultar a realização de tarefas na vida profissional e pessoal, até mesmo em ações simples do cotidiano, como escovar os dentes e sair da cama.

Para destacar a importância do Setembro Amarelo e explicar como identificar os sintomas de depressão, quais são seus fatores de risco e o tratamento, o Viver Bem traz um artigo com informações úteis a respeito. Informe-se e compartilhe com quem achar necessário.

O que é depressão?

A depressão se manifesta por meio de alteração de humor caracterizada por sentimentos de tristeza, ansiedade, sensação de vazio, desespero, desânimo e desesperança.

Para ser caracterizada como transtorno depressivo, os sintomas precisam estar presentes por mais de duas semanas. As maiores causas de suicídio estão relacionadas a transtornos mentais, normalmente com a presença da depressão.

A Organização Mundial da Saúde estima que mais de 300 milhões de pessoas sofrem com a depressão, e estudos mostram que cerca de 11,3% dos brasileiros sofrem com algum quadro de depressão. Quando não tratada, a depressão compromete a qualidade de vida e aumenta o risco de suicídio.

O que é e como foi criado o Setembro Amarelo?

O Setembro Amarelo é uma campanha nacional criada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção ao suicídio.

Embora a campanha seja realizada no mês de setembro, a prevenção ao suicídio deve se dar durante todo o ano. Um dos principais passos para isso é fazer um acompanhamento regular da sua saúde mental, como contar com a ajuda de um psicólogo, por exemplo.

Fatores de risco para a depressão

Os fatores de risco para a depressão englobam tanto questões genéticas quanto ambientais e sociais.

Determinados fatores são pontos de atenção para o desenvolvimento da condição:

  • Histórico familiar;
  • Transtornos psiquiátricos correlatos;
  • Estresse crônico;
  • Ansiedade crônica;
  • Disfunções hormonais;
  • Dependência de álcool e drogas ilícitas;
  • Traumas psicológicos;
  • Doenças cardiovasculares, endocrinológicas, neurológicas, neoplasias, entre outras;
  • Conflitos conjugais;
  • Mudança brusca de condições financeiras e desemprego.

Quais são os sintomas da depressão?

Um episódio depressivo pode ser classificado como leve, moderado ou grave, dependendo da intensidade dos sintomas.
Alguém que esteja passando por um episódio depressivo leve pode encontrar certa dificuldade em realizar tarefas no trabalho e participar de atividades sociais, mas sem um impacto significativo no funcionamento geral. Em contraste, em casos de episódios depressivos de maior gravidade, é improvável que a pessoa consiga se envolver em atividades sociais, profissionais ou domésticas.

Também é importante fazer uma distinção entre depressão em pessoas que têm ou não um histórico de episódios de mania. Ambos os tipos de depressão podem se tornar crônicos, ocorrendo durante um período prolongado, com recaídas frequentes, especialmente se não forem tratados.

O transtorno depressivo recorrente é caracterizado por episódios depressivos repetidos. Durante esses episódios, a pessoa experimenta um humor deprimido, perda de interesse e prazer, falta de energia e diminuição das atividades em geral, por pelo menos duas semanas.

Muitas pessoas com depressão também apresentam sintomas adicionais, como ansiedade, distúrbios do sono e do apetite, sentimento de culpa ou baixa autoestima, dificuldade de concentração e até mesmo sintomas que não podem ser explicados clinicamente.

Já o transtorno afetivo bipolar envolve a alternância entre episódios de mania e depressão, separados por períodos de humor normal. Durante os episódios de mania, a pessoa experimenta um humor exaltado ou irritado, aumento das atividades, fala rápida e excessiva, autoestima inflada e uma necessidade reduzida de sono, além de pensamentos acelerados.

Setembro amarelo: a importância do combate à depressão e da prevenção ao suicídio

Setembro Amarelo: diagnóstico de depressão pode salvar vidas

Uma avaliação médica é essencial, pois não há exame laboratorial ou de imagem que determine este diagnóstico.

Além de uma boa conversa sobre os sintomas e queixas apresentados pelo paciente e um exame físico detalhado, podem ser necessários exames para afastar outras situações que apresentam sintomas semelhantes, como distúrbios da tireoide, deficiência de vitaminas e até anemia.

A fim de auxiliar no diagnóstico de depressão, alguns questionários podem ser aplicados pelo médico para melhor avaliação do quadro. Reconhecer os sinais da doença pode salvar vidas, e esse é o objetivo do Setembro Amarelo.

Existe tratamento para depressão?

Existem opções de tratamento eficazes para casos de depressão moderada e grave. Profissionais da área da saúde podem oferecer tratamentos psicológicos, tais como ativação comportamental, terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia interpessoal, além de medicamentos antidepressivos.

No entanto, é importante que os prestadores de cuidados de saúde considerem a possibilidade de efeitos adversos associados aos antidepressivos, assim como a disponibilidade de outras intervenções e as preferências individuais do paciente. Dentre os tratamentos psicológicos a serem considerados, estão os realizados de forma individual ou em grupo, conduzidos por profissionais.

Os tratamentos psicossociais também têm mostrado eficácia no tratamento da depressão leve. Embora os antidepressivos possam ser úteis para casos de depressão moderada a grave, eles não são a primeira opção de tratamento para casos mais leves. Além disso, esses medicamentos não devem ser utilizados como tratamento para a depressão em crianças e adolescentes, sendo necessário ter cautela no seu uso.

Além do Setembro Amarelo: qual a importância das campanhas de prevenção ao suicídio?

O suicídio é um gesto de autodestruição, realização do desejo de dar fim à própria vida. Trata-se de uma escolha com graves implicações sociais. Pessoas de todas as idades e classes sociais podem cometer esse ato.

Ainda hoje, infelizmente, o suicídio muitas vezes não é visto como um problema de saúde pública, mas sim como uma espécie de fraqueza de conduta ou de personalidade. É importante ressaltar que qualquer ameaça ou tentativa de suicídio deve ser levada a sério. Ajuda e apoio nestes momentos devem ser providenciados com urgência.

As campanhas de prevenção ao suicídio têm extrema relevância, como é o caso do Setembro Amarelo. Trata-se de uma oportunidade de esclarecer para a população e estimular diálogos sobre o tema, contribuindo para a identificação de quadros depressivos.

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O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional por telefone e atende de forma gratuita. As sensações de desamparo, desesperança e pensamentos negativos podem ser aliviadas com uma boa conversa.

Cuide da saúde mental

A saúde mental é um assunto de extrema importância. Não apenas durante o Setembro Amarelo, mas em todos os períodos do ano, é importante cuidar da mente e mantê-la saudável.

Mas, afinal de contas, como assegurar os cuidados com a saúde mental? Qual é a importância de fazer esse acompanhamento? Confira os artigos do portal Viver Bem sobre o assunto e cuide-se com o apoio da Unimed-BH.

Acesse também uma cartilha especial elaborada pela Unimed-BH. São 10 dicas e orientações muito importantes e relevantes para que você possa cuidar melhor da sua saúde mental e emocional. Acesse! Clique aqui ou no link abaixo.

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Saber Pra Cuidar: veja o episódio

Além disso, a saúde mental também foi tema da websérie Saber Pra Cuidar, que está disponível no YouTube da Unimed-BH.

No quarto episódio da websérie, o psiquiatra e médico cooperado da Unimed-BH Dr. Maurício Leão fala sobre esse assunto, trazendo muitas orientações e informações úteis e seguras a respeito.

Assista agora:

Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
Conteúdo validado por Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH

Equipe responsável por prover conteúdos em soluções assistenciais para clientes, profissionais e prestadores da Unimed-BH, assim como para a sociedade como um todo.

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