Síndrome de Burnout: doença do trabalho em 2022

Saúde no Trabalho

20/01/2022

Falta de energia, estresse e ansiedade ao iniciar a jornada de trabalho podem indicar esgotamento profissional. Leia mais e entenda o que é a síndrome de burnout.

6 min de leitura

Síndrome de Burnout: doença do trabalho em 2022

Em um cenário onde distúrbios psíquicos são cada vez mais discutidos, muito possivelmente você já ouviu falar na síndrome de burnout. A condição foi reclassificada recentemente pela Organização Mundial da Saúde, e está relacionada ao esgotamento profissional.

Infelizmente, o burnout tem se tornado uma grande preocupação de saúde, por ser um quadro recorrente em pessoas que trabalham sob pressão. Os sintomas de burnout podem se manifestar de forma sutil, com pequenos sinais de estresse e cansaço excessivo.

Conhecer mais sobre a também chamada síndrome do esgotamento profissional pode ajudar a identificar o quadro e buscar maneiras para revertê-lo. Isso é possível por meio de ajuda profissional para cuidar da saúde mental e também mudando alguns hábitos.

Quer conhecer mais sobre essa doença do trabalho ou se identificou com os sintomas de burnout? Continue lendo o conteúdo a seguir e saiba as principais informações.

Síndrome de Burnout: o que é?

síndrome de Burnout

Embora o termo tenha se popularizado, sobretudo no fim de 2021, muita gente não sabe o que significa Síndrome de Burnout, de fato.

Trata-se de um distúrbio psíquico que também pode ser chamado de síndrome do esgotamento profissional, e como esse nome sugere, é causado pela exaustão extrema ligada ao trabalho.

O burnout pode ser prejudicial a diversas áreas da vida do indivíduo e não somente à sua rotina profissional.

Entre as consequências da síndrome, estão sintomas como a ansiedade, nervosismo, tristeza, desapontamento e desânimo — podendo desencadear um quadro de depressão, que precisa ser acompanhado por um profissional capacitado.

Burnout doença do trabalho: entenda a nova classificação da OMS

A Organização Mundial da Saúde reclassificou a síndrome de burnout em 2019, mas apenas em 1° de janeiro de 2022 a nova classificação passou a ser utilizada.

Agora, a doença é encontrada na Classificação Internacional de Doenças (CID-11), e caracterizada como um “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”.

A nova classificação da OMS demonstra a responsabilidade empresarial na saúde dos colaboradores, afinal, estabelece a relação entre a síndrome e o trabalho. Essa definição também será de grande importância para estabelecer os tratamentos ideais para quadros de burnout.

Diferenças entre burnout, estresse ocupacional e depressão

síndrome de Burnout

O estresse ocupacional é decorrente de uma atmosfera de trabalho hostil e uma jornada exaustiva. Se assemelha à síndrome de burnout por tais características, mas como diferença, podemos perceber a persistência e intensidade dos sintomas de Burnout, que são maiores que no primeiro caso.

Ter momentos de estresse no trabalho é comum para a maioria dos brasileiros e esse problema se manifesta de forma física e visível. Nota-se quando um colega de equipe está estressado.

No caso da síndrome de burnout, o quadro vem acompanhado de estresse crônico e outros sintomas decorrentes de cansaço intenso e desinteresse por lazer no tempo livre.

Quanto à depressão, uma das principais características é o sentimento de tristeza profunda. Mas não necessariamente está relacionada ao ambiente de trabalho.

É uma doença crônica e não tem um “público-alvo” de preferência. Pode atingir pessoas de todas as idades, desde crianças até idosos. Logo, todos os três quadros exigem atenção e cuidado.

Sintomas de burnout

Além do estresse crônico e do cansaço recorrente, alguns comportamentos e sinais podem ser indicativos da síndrome de burnout:

  • Tendência ao isolamento;
  • Agressividade e irritabilidade;
  • Falta de concentração e dificuldades na memória;
  • Alterações bruscas no humor;
  • Ausências no trabalho.

Sintomas físicos como dor de cabeça, dores musculares, insônia e distúrbios gastrointestinais, associados a alterações comportamentais, também podem ser indícios da síndrome do esgotamento profissional.

Dia Mundial da Saúde Mental

síndrome de Burnout

Burnout, depressão, ansiedade… o aumento no número de casos de distúrbios psíquicos reflete a necessidade da discussão sobre saúde mental dentro e fora das empresas.

Individualmente, devemos zelar pelo nosso bem-estar emocional; coletivamente, é nossa obrigação respeitar e entender a gravidade desses transtornos na vida de quem recebe esses diagnósticos.

Ainda temos muito a caminhar no que diz respeito a esse cuidado, e para fomentar essa discussão, existe o Dia Mundial da Saúde Mental, idealizado pela Organização Mundial da Saúde e celebrado em 10 de outubro.

Semana de Conscientização sobre a Síndrome de Burnout

A partir deste ano, Belo Horizonte também terá uma data especial para falar sobre a síndrome do esgotamento profissional: a Semana de Conscientização sobre a Síndrome de Burnout.

A Lei criada em 2021 prevê a celebração da data no dia 15 de outubro. O objetivo é incentivar ações de discussão, prevenção e diagnóstico sobre a nova doença do trabalho.

Janeiro Branco : conheça essa campanha

A campanha janeiro branco também é um convite à reflexão sobre saúde mental como uma “resolução de ano novo”.

Cuidar da saúde mental é importante o ano inteiro, mas com a chegada de um novo ciclo, as pessoas costumam se sentir mais inclinadas a cuidas da saúde emocional, e buscar novas formas de se cuidar, seja buscando acompanhamento psicológico, mudando hábitos, adquirindo novos hobbies saudáveis, etc.

Como evitar o Burnout : 5 dicas importantes

síndrome de Burnout

Reconhecer que algo vai mal é sempre o primeiro passo no processo de cura. Ao identificar alguns dos sintomas do burnout, o ideal é buscar ajuda especializada. Fazer uma terapia neste momento vai ajudar você a lidar com o problema.

Mas outras atitudes também podem fazer você se sentir melhor. Conheça cinco delas:

1. Evite se isolar

Na vida pessoal ou no trabalho, o isolamento é uma tendência da pessoa com síndrome de burnout, por isso, busque atividades que te mantenham por perto de outras pessoas.

Você pode, também, fazer isso de forma virtual, com uma chamada de vídeo com aquele amigo que não vê há muito tempo. Ou ligando para aquele familiar de quem sente saudades. Resgatar esse lugar de afeto na sua vida pode trazer conforto e aconchego e ajudar a lembrar que você não está sozinho.

Outra opção é acolher seus anseios e medos no ambiente de trabalho e falar sobre o assunto com alguém de sua confiança. Desabafar e compartilhar o problema pode deixar você mais leve e disposto a mudar a situação.

2. Dê uma pausa

Na maioria dos casos, o problema vem acompanhado de uma grande carga de trabalho. É preciso lembrar que trabalhar em excesso não é sinônimo de produtividade. Pelo contrário: pode prejudicar o seu desempenho.

Por isso, estabeleça pausas durante o trabalho e separe pequenos espaços de tempo para focar em outra coisa. Tire 15 minutos para leitura, por exemplo, ou para meditar.

Além disso, dedique o horário de almoço somente à sua alimentação. Esse intervalo é só seu; não é hora de trabalhar.

3. Organize seu espaço

Tornar o espaço onde você trabalha mais agradável aos olhos também faz parte do processo de melhora. Descarte papéis e objetos que você não utiliza, coloque as coisas no lugar, faça uma limpeza e deixe o ambiente organizado.

4. Pratique atividade física

Praticar atividade física e exercícios de relaxamento de forma regular alivia o estresse e vai ajudar você a se sentir mais disposto e a dormir bem.

5. Não aceite tudo

Conheça os seus limites e tente iniciar a prática de dizer não em situações de sobrecarga da sua função. Nem tudo é urgente ou deve ser feito somente por uma pessoa. Aprenda a dividir tarefas e não centralize tudo em você.

Síndrome de burnout e saúde mental: como cuidar preventivamente?

Assim como a síndrome de burnout pode impactar a vida pessoal, outros distúrbios psíquicos podem impactar a relação com o trabalho.

A grande verdade é que, independentemente das diversas áreas que compõem a vida, devemos cuidar da saúde mental de forma integral e integrada, assim como cuidamos da saúde física.

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