Parto normal rápido

15/04/2021

Por Claudia Ferreira Oliveira, mãe do Pietro

Meu nome é Claudia Oliveira, e vou contar um pouquinho do meu parto no dia 9 de dezembro de 2020, numa quarta-feira. Eu me internei por volta das 9h e tive rompimento de bolsa em casa. Vim muito tranquila, fui recebida para a triagem inicial e por uma médica muito tranquilinha, já estava com três […]

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Parto normal rápido

Meu nome é Claudia Oliveira, e vou contar um pouquinho do meu parto no dia 9 de dezembro de 2020, numa quarta-feira. Eu me internei por volta das 9h e tive rompimento de bolsa em casa. Vim muito tranquila, fui recebida para a triagem inicial e por uma médica muito tranquilinha, já estava com três centímetros de dilatação.

Fiz a minha internação e fui recebida pela Kátia — enfermeira excelente, uma gracinha de pessoa também, que o tempo todo me acalmou. Eu tive algumas intercorrências: tive um resultado positivo para estreptococos, tive diabetes gestacional e informei isso imediatamente. Durante todo o processo, fui informada de tudo que estava sendo realizado e de todos os medicamentos que eram necessários para o trabalho de parto.

A princípio, as contrações estavam muito rápidas, eram a minha única queixa para a Kátia, que eu estava achando que não existia uma pausa, e ela falou que iria chamar uma médica para me examinar. Então, por volta das 11h, a médica viu que eu estava com sete centímetros, realmente meu processo foi muito rápido. A Katia já havia me perguntado antes se eu gostaria de receber a analgesia e, imediatamente, chamaram o Dr. Felipe com as demais enfermeiras.

Eles vieram e me informaram de todo o procedimento e o que iria acontecer, em que posição eu deveria ficar… Uma enfermeira ficou o tempo todo comigo me dando a mão e me apoiando — houve bastante respeito.

Entre uma contração e outra, foram feitas as pausas, mas ainda assim foi um pouquinho difícil. Acho que, para mim, foi o momento mais difícil: me concentrar no momento da analgesia, já que eu não poderia me mexer. Mesmo assim, eu me senti segura durante todo o tempo com a equipe.

Após a analgesia, por eu já estar com sete centímetros e me queixando ainda de muita pressão (era o que eu sentia), fui para a sala de parto ao meio-dia. Tinha bastante gente, mas fiquei com uma médica ao meu lado o tempo todo me orientando, me informando qual era a força que eu deveria fazer, o tipo de respiração e me incentivando durante todo o parto com palavras de muito carinho. Eu me senti muito respeitada durante todo o processo.

Eu não havia programado o meu parto porque eu acreditava que ele iria acontecer da forma que deveria. Eu queria respeitar o meu pequeno e fazer o parto da forma que ele escolhesse. Então, foi em um plantão e, mesmo sendo minha primeira experiência, o que eu senti ali e o que eu gostaria para mim, aconteceu de uma forma muito bonita, muito respeitosa.

Recebi “parabéns” e palavras de incentivo de toda a equipe durante o trabalho de parto e, mesmo naqueles momentos em que você não está entendendo muito o que está acontecendo, me senti muito respeitada. Eu realmente considero que eu fui muito feliz durante o meu trabalho de parto.

Foi rápido, mesmo sendo meu primeiro filho. Foi meia hora de trabalho de expulsão, um pouco cansativo, mas nada do que eu imaginava que poderia ser — talvez eu imaginasse que tivesse muito mais dor!

E, ao final do parto, quando eu fui agradecer à médica pelo parto que haviam feito, eu recebi uma palavra de carinho: “Na verdade não fizemos seu parto, foi você quem fez”.

Isso me deixou em êxtase. Estava realmente muito feliz e, com certeza, fiquei mais ainda, porque eu reconheço o trabalho de toda equipe e respeito todo o incentivo e carinho de todos que estavam ali presentes. Escutar que o trabalho de parto é seu e ganhar uma “estrelinha” foi muito gratificante.

Apesar do meu pequeno ser prematuro, pude estar ali ao lado de certa forma, transmitindo meu carinho, mesmo à distância. O pai também pôde acompanhar tudo que estava acontecendo — isso para a gente é muito confortante.

Logo depois da retirada, ele foi colocado em mim, mas por uma questão de procedimentos médicos ele foi para a incubadora e, mesmo assim, pude vê-lo imediatamente quando eu saí da sala de parto. Ficamos o tempo todo juntos, achei isso muito bom e respeitoso. Até porque o bebê esteve ali comigo durante toda a gravidez, e ver que, em um outro segundo, ele já está fora e longe é um pouco doloroso — é bem mais reconfortante saber que, mesmo longe, com você ‘vigiando’ é muito gostoso.

Então, eu só queria agradecer à equipe e incentivar todo esse projeto que está acontecendo, porque, com certeza, faz toda a diferença para a mulher. Apesar de saber que meu trabalho de parto foi rápido e tranquilo, o respeito esteve presente durante todo o processo. Até brinquei com a equipe que com esse parto eu já me sinto pronta para ter outro, mas não tão rápido. Toda a equipe está de parabéns!

Claudia Ferreira Oliveira, mãe do Pietro
Claudia Ferreira Oliveira, mãe do Pietro

Parto vaginal com analgesia, em 9 de dezembro de 2020, com 36 semanas e quatro dias, na Maternidade Grajaú.

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