Doença mão-pé-boca: o que é, causas e como tratar
23/12/2021
Atualizado em 28/07/2023
A doença mão-pé-boca é muito comum entre as crianças. Tire as suas dúvidas neste artigo especial da Unimed-BH.
5 min de leitura
Determinadas condições são muito mais comuns entre as crianças. Por isso, essas setornam preocupação frequente entre os pais e os cuidadores. Esse é o caso da doença mão-pé-boca.
Trata-se de uma doença provocada por um vírus. Neste artigo, o Viver Bem vai explicar o que é a condição, como ela é transmitida, quais os sintomas, tratamentos, entre outros detalhes.
O que é a doença mão-pé-boca?
Causada principalmente pelo vírus Coxsackie, a doença mão-pé-boca, também conhecida como HFMD (sigla em inglês para Hand, Foot and Mouth Disease), é contagiosa e acomete, principalmente, crianças de até 6 anos.
A síndrome é mais comum nessa faixa etária justamente pelo fato de a criança estar na fase de levar mãos e objetos à boca, o que facilita a transmissão.
A infecção ocorre justamente pela via oral por meio de secreções respiratórias, saliva e também pelo contato com as fezes de pessoas contaminadas ou com as feridas características da doença.
Embora seja relativamente comum na infância, o problema não costuma evoluir para casos graves.
Doença contagiosa
Por se tratar de uma doença altamente contagiosa, locais que concentram muitas crianças juntas, como creches e escolas, tornam-se o ambiente ideal para a proliferação. Os pequenos nem sempre tomam todos os cuidados de higiene e distanciamento para evitar as infecções virais.
5 principais dúvidas sobre a doença mão-pé-boca
Existem algumas dúvidas comuns entre pais e cuidadores relacionadas à doença mão-pé-boca. A Unimed-BH responde a 5 das principais perguntas neste tópico, acompanhe:
1. Como começa a síndrome mão-pé-boca?
O vírus causador da doença tem origem no sistema digestivo e transita pelo sistema respiratório e também pelas fezes. O surgimento dos sintomas costuma ocorrer alguns dias depois da transmissão.
2. O que causa a doença e como é transmitida?
A síndrome é transmitida para outras pessoas por meio do contato com objetos e alimentos contaminados, gotículas de saliva e pelas fezes. Portanto, o hábito de levar objetos à boca e a má higienização das mãos podem facilitar o contágio.
Geralmente, o pico da transmissão ocorre quando há a formação de lesões vesiculares, como se fossem pequenas bolhas espalhadas na região bucal, em mãos e pés, principalmente.
Daí a origem do nome: doença mão-pé-boca. Também pode causar estomatites (feridas na mucosa da boca).
3. Qual a diferença entre catapora e doença mão-pé-boca?
O vírus causador da doença mão-pé-boca faz parte da família dos enterovírus, a mesma responsável pela catapora, outra doença comum na infância. As duas doenças apresentam semelhanças, como alguns sintomas e lesões na face.
Por isso, diante do surgimento dos primeiros sinais da síndrome, é preciso ir ao médico a fim de obter o diagnóstico correto.
A principal característica da síndrome é o aparecimento de lesões na boca, nas mãos e nos pés, enquanto a catapora se manifesta em manchas vermelhas e bolhas por todo o corpo, podendo causar coceira.
Além disso, os sintomas da catapora são mais semelhantes aos da gripe.
4. A criança pode ter a doença mão-pé-boca mais de uma vez?
Sim. Embora o Coxsackie seja o mais comum ocasionador da doença mão-pé-boca, outros vírus também podem desencadear o quadro. Após adoecer pela primeira vez, o corpo aumenta a imunidade contra a infecção do vírus causador, mas não de outros.
Por isso, a criança pode se contaminar com outra variedade para a qual o organismo ainda não adquiriu resistência.
5. Adultos podem pegar a doença mão-pé-boca?
Sim. Adolescente e adultos também podem contrair a síndrome, embora seja mais comum em crianças pequenas.
Neste caso, a transmissão também ocorre pelo contato com objetos contaminados ou saliva e fezes, ao cuidar de uma criança com a síndrome, por exemplo.
Sintomas da doença mão-pé-boca
A doença costuma se manifestar, primeiramente, com a incidência de febre. Depois de alguns dias, surgem as lesões vesiculares na região bucal e na planta das mãos e dos pés, podendo atingir também as nádegas, a região genital e os cotovelos.
Além disso, a criança infectada com a doença mão-pé-boca pode apresentar:
- Náuseas
- Dor de garganta
- Vômito
- Diarreia
- Mal-estar
As feridas na boca muitas vezes dificultam a alimentação, causando perda de apetite e quadros de desidratação no paciente
Tempo de contágio
A doença mão-pé-boca pode durar de 7 a 10 dias e se cura naturalmente. Não há vacina ou tratamento específico para a síndrome, apenas formas de aliviar os sintomas.
O diagnóstico é clínico, feito com base nos sintomas e nas lesões, bem como nos locais onde elas aparecem. Mas é possível realizar exames de fezes ou de sangue para identificar o vírus causador.
O pico de contágio da doença ocorre, geralmente, na primeira semana, diante do surgimento das lesões vesiculares na pele.
Alívio dos sintomas
Nesse período, é importante manter a criança hidratada e bem alimentada. Ofereça líquidos constantemente, e, se ela sentir dificuldade para comer, prepare alimentos mais pastosos, de fácil deglutição, como cremes, sopas, e gelatina.
É possível amenizar os sintomas para aliviar o incômodo causado na criança. Cremes e óleos para hidratar a pele e diminuir a dor das feridas, antitérmicos para baixar a febre e anti-inflamatórios são alguns exemplos.
Lembre-se de que o uso de medicamentos só deve ser feito com indicação médica.
Prevenção à doença mão-pé-boca
Alguns cuidados são necessários para evitar a infecção pelo vírus causador da doença mão-pé-boca. Veja as formas de prevenção contra a síndrome:
- Manter a higienização frequente das mãos.
- Higienizar corretamente os alimentos e os objetos que a criança tem contato, como brinquedos e superfícies.
- Não compartilhar objetos como mamadeiras, copos e talheres.
- Fazer o descarte correto de fraldas e lenços de limpeza.
- Evitar o contato próximo por meio de abraços e beijos, por exemplo, ao cuidar de uma criança doente.
Em caso da doença, a criança deve ser afastada imediatamente do convívio com outras crianças até que se recupere, para não propiciar surtos da síndrome.
A importância das vacinas para as crianças
Quando falamos no universo infantil, é necessário se atentar a diversos cuidados relacionados a algumas doenças muito comuns entre os pequenos.
Uma forma de manter as crianças mais seguras e os pais mais tranquilos é compreender a importância das vacinas e conservar a carteirinha de vacinação sempre em dia.
Pensando em reforçar a importância do assunto, o Viver Bem, portal da Unimed-BH, preparou um conteúdo especial a respeito para você conhecer mais informações sobreo tema.
Vacinação infantil: qual a importância das vacinas para crianças?
Acompanhamento pediátrico
A saúde das crianças é uma grande preocupação para os pais. A fim de que as famílias se sintam mais tranquilas e os pequenos fiquem mais seguros, é muito importante que os adultos que fazem parte do dia a dia infantil saibam diferenciar os casos que necessitam de atendimento de urgência daqueles que podem ser resolvidos em uma consulta pediátrica agendada.
Determinados sintomas são mais sérios, e, diante da presença de algumas alterações, é fundamental procurar ajuda médica imediata. Enquanto isso, outros problemas, menos graves, podem aguardar as consultas eletivas.
O Viver Bem elaborou um artigo em que fala sobre a importância do atendimento pediátrico em cada idade e esclarece os sinais que indicam que o seu filho precisa do pronto atendimento e traz outras informações importantes a respeito.
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