Esclerose múltipla: sintomas, diagnóstico e tratamento contra a doença

Prevenção e Controle

24/08/2022

O Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, celebrado no dia 30 de agosto, foi criado para dar visibilidade à doença. Conheça os sintomas, o diagnóstico e o tratamento da condição.

4 min de leitura

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica que ainda tem suas causas desconhecidas. A condição vem ganhando cada vez mais destaque nos últimos anos, mas muitos detalhes ainda geram dúvidas.

No dia 30 de agosto, é celebrado o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, que tem como objetivo dar mais visibilidade à enfermidade e conscientizar a população da importância do diagnóstico precoce e dos tratamentos adequados.

Neste artigo, o Viver Bem explica o que é esclerose múltipla, quais são os tipos, o diagnóstico e como é feito o tratamento.

O que é esclerose múltipla?

Na esclerose múltipla, as células de defesa do organismo passam a atacar e a danificar as células nervosas e suas conexões no cérebro e na medula espinhal, provocando inflamações. Trata-se de uma doença neurológica, crônica e autoimune.

Essas inflamações agridem a bainha de mielina, capa de tecido adiposo que protege os neurônios, e, consequentemente, comprometem as funções do sistema nervoso, causando lesões cerebrais e medulares.

A desmielinização tem o cérebro, o tronco cerebral, os nervos ópticos e a medula espinhal como alvos preferenciais no sistema nervoso, causando os sintomas mais frequentes entre as pessoas diagnosticadas com a doença.

Mais predominante entre as mulheres, a esclerose múltipla tem suas causas desconhecidas, mas sabe-se que é mais comum em pessoas jovens, com idade média de 20 a 40 anos.

Sintomas da esclerose múltipla

Inicialmente, a doença apresenta sinais bem sutis, e os sintomas costumam ser transitórios, geralmente, com duração de pelo menos 24 horas, na ausência de febre ou infecção. É comum que o paciente perceba essas alterações por dois ou três anos.

Normalmente, os sintomas mais comuns são:

● fraqueza e cansaço;

● visão borrada, mancha escura, embaçamento ou perda visual;

● dormências, formigamentos e queimação na face;

● problemas motores, como dificuldade para andar e espasmos;

● desequilíbrio e tonturas;

● alterações no controle da urina;

● problemas de memória ou atenção;

● alterações de humor, ansiedade e depressão.

Surtos da doença

Os surtos são sintomas que ocorrem em episódios. Eles são representados pela desmielinização, quando surgem outros sintomas neurológicos ou a piora de um dos sintomas apresentados durante a progressão da doença.

É considerado surto o episódio que ocorre em um intervalo mínimo de 30 dias desde o último caso. Se o intervalo for menor, o sintoma é considerado uma alteração do mesmo surto, que segue em andamento.

Os pacientes podem apresentar quadros clínicos diferentes em cada surto. As infecções são fatores de risco e podem agravar o quadro do portador da esclerose múltipla.

Quais são os tipos de esclerose múltipla?

A classificação da doença varia de pessoa para pessoa de acordo com os surtos apresentados e a progressão da esclerose múltipla.

A condição é dividida em quatro tipos:

Esclerose Múltipla Remitente Recorrente (EMRR)

Chamada de Remitente Recorrente, a EMRR é o tipo mais comum da doença, representando aproximadamente 85% dos casos.

Neste tipo, o paciente costuma apresentar surtos bem definidos, que duram dias ou semanas, e melhora com o tratamento adequado. A recuperação pode ser completa ou apresentar sequelas permanentes.

Esclerose Múltipla Primária Progressiva (EMPP)

Cerca de 10% dos pacientes são afetados pela Esclerose Múltipla Primária Progressiva (EMPP). Esta etapa apresenta um início lento e a piora constante dos sintomas. Com o passar do tempo, os déficits e as incapacidades podem se estabilizar e durar por meses e até anos.

Esclerose Múltipla Secundária Progressiva (EMSP)

O terceiro tipo da doença é chamado de Esclerose Múltipla Secundária Progressiva e representa o desenvolvimento de uma incapacidade progressiva. Nesta fase, muitas vezes a doença apresenta mais períodos de surto e, em alguns casos, nenhum de remissão.

Esclerose Múltipla Progressiva Recorrente (EMPR)

Tipo mais raro da doença, a Esclerose Múltipla Progressiva Recorrente (EMPR) apresenta um declínio neurológico constante no paciente, que pode sofrer com surtos agudos.

A doença continua a progredir sem remissões, e há a possibilidade de o organismo apresentar ou não sequelas.

Diagnóstico

Casos suspeitos de esclerose múltipla devem passar por um profissional de saúde para que seja feito o diagnóstico. Algumas doenças inflamatórias e infecciosas apresentam sintomas semelhantes e, por isso, é importante que o neurologista receba todas as informações do paciente.

O diagnóstico clínico pode ser complementado por exames laboratoriais e de imagem, como a ressonância magnética, por exemplo.

Tratamento

Após a confirmação do diagnóstico, o tratamento é iniciado e tem o propósito de abreviar a fase aguda da doença, buscando espaçar os episódios dos surtos.

Alguns medicamentos podem ser indicados a fim de aumentar o intervalo entre um surto e outro e servem para diminuir os impactos provocados pela esclerose múltipla no organismo.

Embora não seja possível alterar a evolução da doença, algumas práticas muitas vezes auxiliam no combate aos sintomas e às possíveis sequelas nos casos de surtos.

Algumas recomendações são:

● Manter a prática dos exercícios quando for possível para fortalecer os ossos, ajudar no controle do peso e diminuir a fadiga.

● É aconselhável que, nos momentos de crise, o paciente fique em repouso.

● Fazer fisioterapia, o que pode ajudar a reformular o ato motor quando os movimentos estão comprometidos.

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Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla

A esclerose múltipla se tornou um assunto muito mais recorrente nos últimos anos, mas, ainda assim, boa parte da população desconhece a doença, seus sintomas e as complicações que ela pode trazer à saúde.

Para conscientizar as pessoas sobre a condição, foi criado o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, celebrado no dia 30 de agosto, cujo objetivo é alertá-las da importância do diagnóstico precoce e da necessidade do tratamento adequado.

A importância de cuidar da saúde

Você já deve ter ouvido falar que com a saúde não se brinca. É necessário tomar alguns cuidados para se prevenir contra doenças e manter a qualidade de vida e o bem-estar em alta.

Uma alimentação mais balanceada e a prática de exercícios físicos podem ajudar, mas existem uma série de outras ações simples do dia a dia que certamente fazem a diferença.

O Viver Bem, portal da Unimed-BH, publicou um artigo em comemoração ao Dia Nacional da Saúde e traz dicas para uma vida mais tranquila e saudável. Acesse:

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Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
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