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Febre amarela: sintomas, transmissão e prevenção

Prevenção e Controle

23/02/2023

A febre amarela é uma doença causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores infectados. Conheça os sintomas, a transmissão e as formas de prevenção.

4 min de leitura

Índice
  1. O que é a febre amarela?
  2. Quais são os sintomas?
  3. Tratamento
  4. Prevenção
    1. Quem não pode se vacinar?
    2. Reações
  5. Cuidado com o uso de medicamentos

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda. Causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, ela tem esse nome em razão da icterícia que afeta alguns pacientes.

O Viver Bem preparou este artigo para que você se informe sobre essa doença e entenda como ocorre a transmissão, quais são seus sintomas e quais são as formas de prevenção.

O que é a febre amarela?

A febre amarela é uma doença transmitida a partir da picada de mosquitos infectados de espécies dos gêneros Aedes (principalmente Aedes aegypti, que também transmite a zika, a dengue e a chikungunya), em áreas urbanas, e Haemagogus e Sabethes, em áreas silvestres. É uma enfermidade que pode ser prevenida por vacinação.

Existem dois ciclos de transmissão da febre amarela: o silvestre, que ocorre quando a transmissão se dá em uma área rural ou de floresta, e o urbano. É muito importante destacar que a doença não é transmitida de uma pessoa para a outra. Macacos também não transmitem a febre amarela. Apenas mosquitos infectados são vetores.

De acordo com o Ministério da Saúde, essa condição tem importância epidemiológica em razão de sua gravidade clínica, além de ter um grande poder de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo Aedes aegypti.

Atualmente, o ciclo de transmissão da doença é silvestre e o último caso urbano foi registrado em 1942.

Quais são os sintomas?

Após o contágio, os sintomas específicos mais comuns são:

  • Dores no corpo;
  • Febre súbita;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Vômitos e náuseas;
  • Dores nas costas;
  • Fadiga e fraqueza;
  • Calafrios.

Na maior parte dos casos, as pessoas infectadas melhoram após os sintomas iniciais. Entretanto, ao identificar os sinais, é indicado procurar atendimento para receber as orientações médicas necessárias.

Para o diagnóstico clínico e epidemiológico, é essencial informar ao médico sobre eventuais viagens realizadas para as áreas de risco nos últimos 15 dias e também sobre o histórico de vacinação contra a febre amarela.

Além da avaliação do estado clínico do paciente e do histórico vacinal e de viagens, há exames laboratoriais que podem auxiliar na confirmação do diagnóstico da doença.

Tratamento

Não há um tratamento viral específico para a doença. O tratamento médico é realizado através do controle dos sintomas. O paciente deve ficar em repouso, fazer uso dos medicamentos sintomáticos e cuidar para a reposição de líquidos adequada. Medicamentos como AAS/aspirina devem ser evitados, já que o uso pode favorecer o aparecimento de sangramentos.

Diante de quadro que requerem hospitalização, é importante o repouso, a reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando necessário. Nas formas graves, o atendimento é direcionado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito.

Prevenção

A principal forma de prevenção é a vacinação. O imunizante é oferecido por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). No calendário vacinal, segundo o PNI, há indicação de uma dose de vacina aos 09 meses e reforço com uma dose aos 4 anos.

Pessoas que residem em áreas de risco ou que vão viajar para esses locais devem se vacinar. Administrada através de via subcutânea, a vacina em questão está disponível nas unidades de saúde durante todo o ano e a indicação é de que ela seja aplicada ao menos 10 dias antes do deslocamento para áreas consideradas de risco. O imunizante é ofertado como rotina em municípios com recomendação de vacinação.

Além disso, a proteção contra picadas do mosquito e o controle dos mosquitos transmissores são medidas essenciais para a prevenção contra a doença.

Saiba como se proteger das arboviroses (incluindo a febre amarela) nesse artigo do Viver Bem: 

Dicas de prevenção contra dengue, zika e chikungunya

Quem não pode se vacinar?

Embora seja segura para a maioria das pessoas, a vacina contra febre amarela é contraindicada para alguns grupos:

  • Crianças menores de 9 meses de idade;
  • Mulheres amamentando crianças menores de 6 meses;
  • Pessoas que vivem com HIV e têm contagem de células CD4 menor que 350;
    Indivíduos com alergia grave ao ovo;
  • Pessoas que estão fazendo tratamento com quimioterapia ou radioterapia;
  • Portadores de doenças autoimunes;
  • Pessoas que fazem tratamentos com imunossupressores.

Reações

De acordo com o Ministério da Saúde, alguns eventos adversos podem ocorrer após a administração da vacina. Reações de hipersensibilidade e manifestações da própria doença são as mais comuns.

Após a imunização, doações de sangue não devem ser realizadas e só são liberadas 28 dias depois da aplicação do imunizante.

Nas áreas urbanas, a prevenção é feita também evitando-se a disseminação do mosquito, mantendo as casas e ruas limpas e sem o acúmulo de água parada.

Cuidado com o uso de medicamentos

Você viu que a febre amarela é uma doença sem um tratamento específico, na qual os sintomas são tratados após o diagnóstico. É fundamental destacar a importância de não fazer a automedicação e sempre procurar ajuda médica.

Além da prevenção, é essencial ter cuidado com a automedicação. Se surgirem sintomas, procure um médico antes de tomar qualquer remédio. O Viver Bem preparou um conteúdo completo sobre esse assunto para você se cuidar e se informar a respeito. Acesse o e-book:

Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
Conteúdo validado por Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH

Equipe responsável por prover conteúdos em soluções assistenciais para clientes, profissionais e prestadores da Unimed-BH, assim como para a sociedade como um todo.

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