Febre amarela: sintomas, transmissão e prevenção
23/02/2023
A febre amarela é uma doença causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores infectados. Conheça os sintomas, a transmissão e as formas de prevenção.
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A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda. Causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, ela tem esse nome em razão da icterícia que afeta alguns pacientes.
O Viver Bem preparou este artigo para que você se informe sobre essa doença e entenda como ocorre a transmissão, quais são seus sintomas e quais são as formas de prevenção.
O que é a febre amarela?
A febre amarela é uma doença transmitida a partir da picada de mosquitos infectados de espécies dos gêneros Aedes (principalmente Aedes aegypti, que também transmite a zika, a dengue e a chikungunya), em áreas urbanas, e Haemagogus e Sabethes, em áreas silvestres. É uma enfermidade que pode ser prevenida por vacinação.
Existem dois ciclos de transmissão da febre amarela: o silvestre, que ocorre quando a transmissão se dá em uma área rural ou de floresta, e o urbano. É muito importante destacar que a doença não é transmitida de uma pessoa para a outra. Macacos também não transmitem a febre amarela. Apenas mosquitos infectados são vetores.
De acordo com o Ministério da Saúde, essa condição tem importância epidemiológica em razão de sua gravidade clínica, além de ter um grande poder de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo Aedes aegypti.
Atualmente, o ciclo de transmissão da doença é silvestre e o último caso urbano foi registrado em 1942.
Quais são os sintomas?
Após o contágio, os sintomas específicos mais comuns são:
- Dores no corpo;
- Febre súbita;
- Dor de cabeça intensa;
- Vômitos e náuseas;
- Dores nas costas;
- Fadiga e fraqueza;
- Calafrios.
Na maior parte dos casos, as pessoas infectadas melhoram após os sintomas iniciais. Entretanto, ao identificar os sinais, é indicado procurar atendimento para receber as orientações médicas necessárias.
Para o diagnóstico clínico e epidemiológico, é essencial informar ao médico sobre eventuais viagens realizadas para as áreas de risco nos últimos 15 dias e também sobre o histórico de vacinação contra a febre amarela.
Além da avaliação do estado clínico do paciente e do histórico vacinal e de viagens, há exames laboratoriais que podem auxiliar na confirmação do diagnóstico da doença.
Tratamento
Não há um tratamento viral específico para a doença. O tratamento médico é realizado através do controle dos sintomas. O paciente deve ficar em repouso, fazer uso dos medicamentos sintomáticos e cuidar para a reposição de líquidos adequada. Medicamentos como AAS/aspirina devem ser evitados, já que o uso pode favorecer o aparecimento de sangramentos.
Diante de quadro que requerem hospitalização, é importante o repouso, a reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando necessário. Nas formas graves, o atendimento é direcionado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito.
Prevenção
A principal forma de prevenção é a vacinação. O imunizante é oferecido por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). No calendário vacinal, segundo o PNI, há indicação de uma dose de vacina aos 09 meses e reforço com uma dose aos 4 anos.
Pessoas que residem em áreas de risco ou que vão viajar para esses locais devem se vacinar. Administrada através de via subcutânea, a vacina em questão está disponível nas unidades de saúde durante todo o ano e a indicação é de que ela seja aplicada ao menos 10 dias antes do deslocamento para áreas consideradas de risco. O imunizante é ofertado como rotina em municípios com recomendação de vacinação.
Além disso, a proteção contra picadas do mosquito e o controle dos mosquitos transmissores são medidas essenciais para a prevenção contra a doença.
Saiba como se proteger das arboviroses (incluindo a febre amarela) nesse artigo do Viver Bem:
Dicas de prevenção contra dengue, zika e chikungunya
Quem não pode se vacinar?
Embora seja segura para a maioria das pessoas, a vacina contra febre amarela é contraindicada para alguns grupos:
- Crianças menores de 9 meses de idade;
- Mulheres amamentando crianças menores de 6 meses;
- Pessoas que vivem com HIV e têm contagem de células CD4 menor que 350;
Indivíduos com alergia grave ao ovo; - Pessoas que estão fazendo tratamento com quimioterapia ou radioterapia;
- Portadores de doenças autoimunes;
- Pessoas que fazem tratamentos com imunossupressores.
Reações
De acordo com o Ministério da Saúde, alguns eventos adversos podem ocorrer após a administração da vacina. Reações de hipersensibilidade e manifestações da própria doença são as mais comuns.
Após a imunização, doações de sangue não devem ser realizadas e só são liberadas 28 dias depois da aplicação do imunizante.
Nas áreas urbanas, a prevenção é feita também evitando-se a disseminação do mosquito, mantendo as casas e ruas limpas e sem o acúmulo de água parada.
Cuidado com o uso de medicamentos
Você viu que a febre amarela é uma doença sem um tratamento específico, na qual os sintomas são tratados após o diagnóstico. É fundamental destacar a importância de não fazer a automedicação e sempre procurar ajuda médica.
Além da prevenção, é essencial ter cuidado com a automedicação. Se surgirem sintomas, procure um médico antes de tomar qualquer remédio. O Viver Bem preparou um conteúdo completo sobre esse assunto para você se cuidar e se informar a respeito. Acesse o e-book: