Vacina Herpes-Zóster: informe-se sobre a doença e a imunização
03/07/2023
A vacina Herpes-Zóster é uma das principais formas de prevenção da doença. Informe-se a respeito neste artigo especial do Viver Bem.
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A vacina Herpes-Zóster é um dos principais pilares na prevenção dessa doença, sendo uma estratégia muito eficaz no combate à condição.
Popularmente chamada de “cobreiro”, essa infecção viral se manifesta por meio de erupções cutâneas dolorosas. É causada pelo Vírus Varicela-Zóster (VVZ), que também é responsável pela catapora.
Diante da importância deste assunto, o Viver Bem, portal da Unimed-BH, preparou este artigo, em que, além de conhecer detalhes sobre a doença, você vai saber mais sobre a vacina Herpes-Zóster e sua importância para a saúde.
O que é a Herpes-Zóster?
Como você viu, a Herpes-Zóster é causada pelo Vírus Varicela-Zóster. Trata-se de um vírus que fica em estado latente durante grande parte da vida da pessoa infectada, sendo reativado, em boa parte dos casos, na idade adulta.
Além disso, essa reativação também pode ocorrer em pessoas com a imunidade comprometida, como é o caso dos pacientes portadores de doenças como hipertensão, diabetes, câncer ou Aids, por exemplo. Transplantados também correm mais riscos.
Transmissão
O Vírus Varicela-Zóster é transmitido principalmente pelo contato direto com as bolhas ou feridas na pele de uma pessoa infectada. A transmissão também pode ocorrer por meio de gotículas respiratórias, como saliva, tosse ou espirro.
O contato com objetos contaminados, como roupas, utensílios ou superfícies, também pode contribuir para a propagação da doença.
Ao final da Herpes-Zóster, as lesões na pele começam a secar e se transformam em crostas. A partir desse momento, a doença deixa de ser contagiosa.
Sintomas da Varicela-Zóster
Antes de se informar sobre a vacina Herpes-Zóster e as outras formas de prevenção à doença, é importante conhecer quais são seus sintomas mais comuns.
As alterações são bastante específicas e facilitam o diagnóstico, que deve ser realizado por um médico. Normalmente, as lesões na pele são antecedidas por determinados sinais, como por exemplo:
- Sensação de formigamento, agulhadas, adormecimento ou pressão;
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Mal-estar;
- Dores nevrálgicas (nos nervos);
- Ardor e coceiras na pele.
Complicações
Para destacar ainda mais a importância de se prevenir contra a doença, é necessário ressaltar que a Herpes-Zóster pode causar determinadas complicações. Entre as mais comuns, estão:
- Infecção bacteriana secundária de pele;
- Síndrome de Reye;
- Infecção fetal;
- Ataxia cerebelar aguda;
- Trombocitopenia;
- Nevralgia pós-herpética (NPH);
- Varicela disseminada ou varicela hemorrágica (em pessoas com problemas imunológicos).
Formas de prevenção
A vacina Herpes-Zóster é a principal forma de prevenção à doença. Existem, no entanto, outras ações aplicadas no dia a dia que podem ajudar a evitar a transmissão pelo vírus, como por exemplo:
- Lavagem das mãos, especialmente após contato com lesões;
- Isolamentos de crianças com varicela (catapora), que só devem retornar à escola após as lesões evoluírem para crostas;
- Desinfecção frequente de objetos contaminados com as secreções;
- Isolamento de contato de pacientes internados até a fase de crosta;
- Prevenção imunológica durante surtos em ambientes hospitalares.
Com relação às crianças, é importante citar um outro ponto: no caso de crianças imunodeprimidas ou com curso clínico mais prolongado, é recomendado o retorno às atividades normais apenas após o término das erupções.
Vacina tetraviral
Na infância, indica-se a aplicação da vacina tetraviral (também chamada de tetravalente viral), que é disponibilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e faz parte do calendário de imunização na infância. Ela protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela e, apesar de não prevenir diretamente contra Herpes-Zoster, contribui para o reforço do sistema imune da criança.
Ela deve ser aplicada aos 15 meses de idade em crianças que já tenham recebido a primeira dose da tríplice viral (SCR), que imuniza contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. E lembre-se: siga sempre o calendário de vacinação.
A vacina Herpes-Zóster
Pacientes idosos correm mais risco de desenvolver a doença e, por isso, a vacina Herpes-Zóster é indicada para pessoas acima de 50 anos ou indivíduos a partir dos 18 anos de idade imunocomprometidos ou que apresentam risco aumentado da doença.
Disponível nos serviços privados de vacinação, o imunizante é produzido a partir de uma proteína encontrada na superfície do Vírus Varicela-Zóster.
Contraindicações
A vacina Herpes-Zóster é contraindicada para pessoas que apresentam histórico de hipersensibilidade grave a componentes presentes em sua fórmula ou à dose anterior do imunizante.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), não há experiência de aplicação em gestantes e lactantes e, por isso, ela não é recomendada a esses grupos. Apesar disso, por ser uma vacina inativada, não há risco teórico para a mulher ou o bebê.
Com relação às pessoas que apresentaram episódios agudos de Herpes-Zóster, não há a indicação de um intervalo específico para a administração. A SBIm, entretanto, recomenda um intervalo de seis meses.
Aplicação e esquema de doses
Aplicado por meio intramuscular, o imunizante é administrado em duas doses, com um intervalo de dois meses entre elas.
A importância da vacinação
Como você viu neste artigo, a vacina Herpes-Zóster é uma das formas mais seguras de evitar essa condição. E existem inúmeros outros imunizantes recomendados no calendário de vacinação para prevenir diversas doenças.
Diante da importância desse tema, o Viver Bem preparou um artigo especial com muitas informações, explicando para que servem as vacinas, o que é necessário para as aplicações, além dos imunizantes indicados. Acesse:
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