Chikungunya: entenda a doença e saiba como se prevenir
26/10/2023
A chikungunya é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Informe-se a respeito neste artigo do Viver Bem.
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A chikungunya é uma doença infecciosa que gera bastante preocupação entre os brasileiros. De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, baseando-se em dados do Ministério da Saúde, a taxa de incidência em 2023 era de 40,7 casos por 100 mil habitantes.
Até o mês de abril do mesmo ano, aproximadamente 86,9 mil ocorrências foram registradas ao redor do país. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o aumento é significativo, isto é, de 40%.
É possível prevenir a chikungunya; por isso, a informação é fundamental. Neste artigo, o Viver Bem explica como a doença é transmitida, quais são os sintomas, como é feito o diagnóstico e o tratamento e quais são as formas de prevenção.
O que é a chikungunya?
A chikungunya é uma arbovirose, ou seja, doença causada por vírus transmitidos especialmente por mosquitos. Seu principal vetor é o Aedes aegypti, que também pode transmitir a dengue e a zika.
A doença tem três fases de evolução, que exigem observação cuidadosa Vejamos:
- Febril ou aguda: dura entre 5 e 14 dias.
- Pós-aguda: pode durar até 3 meses.
- Crônica: quando os sintomas persistem por mais de 3 meses após os primeiros sinais.
Sinais e sintomas
É importante conhecer as alterações comumente causadas pela chikungunya no organismo a fim de saber quando procurar ajuda médica, caso apresente alguns dos sinais. Entre os mais frequentes, estão:
- Febre
- Dor intensa nas articulações
- Dor pelo corpo, especialmente nas costas
- Erupção em tom avermelhado na pele
- Dor de cabeça
- Náusea e vômito
- Dor de garganta
- Dor retro-ocular
- Calafrio
Diarreia e dor abdominal também podem ser sintomas, mas essas alterações do trato gastrointestinal são mais comuns entre as crianças infectadas pela doença.
Diagnóstico da chikungunya
É necessário procurar ajuda médica para que seja feito o diagnóstico da chikungunya. O profissional de saúde é o responsável pela avaliação clínica do paciente e pode solicitar determinados exames para fazer a confirmação.
Tratamento
Não há um tratamento antiviral específico para tratar a doença. De acordo com os sintomas apresentados pelo paciente, o médico pode recomendar o uso de analgesia e suporte com o objetivo de tratar as manifestações da doença e deixar o paciente mais confortável.
A hidratação oral é extremamente importante. Além disso, os medicamentos a serem utilizados são indicados especialmente pelo profissional da saúde. O indivíduo jamais deve se automedicar.
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Gestantes
É fundamental o acompanhamento diário das gestantes com suspeita de chikungunya; e, se forem constatadas situações que indiquem risco de sofrimento fetal ou viremia próxima ao período do parto, é necessário o acompanhamento em leito de internação.
E em casos mais graves? Como é feito o tratamento?
Todo paciente que apresentar sinais clínicos e/ou laboratoriais em que haja necessidade de internação em terapia intensiva ou risco de morte deve ser considerado como forma grave da doença.
As formas graves da infecção pelo CHIKV acometem, com maior frequência, pacientes com comorbidades (história de convulsão febril, diabetes, asma, insuficiência cardíaca, alcoolismo, doenças reumatológicas, anemia falciforme, talassemia e hipertensão arterial sistêmica), crianças, pacientes com idade acima de 65 anos e aqueles em uso de alguns fármacos (aspirina, anti-inflamatórios e paracetamol em altas doses).
Nesses casos, é indispensável procurar atendimento médico e seguir as orientações.
Como se prevenir contra a chikungunya?
Os cuidados de prevenção contra a chikungunya são os mesmos indicados para evitar outras doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti. É necessário reforçar medidas de eliminação de criadouros dos insetos em todos os locais.
Procurando evitar sua proliferação, é preciso eliminar a água armazenada (popularmente chamada de “água parada”) de locais que possam se tornar possíveis criadouros. Esse é o caso de pneus, vasos de plantas, piscinas não utilizadas, garrafas plásticas e outros recipientes, mesmo que menores.
Entre as medidas de prevenção indicadas pelo Ministério da Saúde, estão:
- Utilizar calças e camisas de mangas longas para proteger áreas do corpo que podem ser picadas pelo mosquito.
- Se possível, utilizar mosquiteiros sobre a cama e fazer uso de telas em portas e janelas e de ar-condicionado.
O uso de repelentes no corpo e nas roupas também é aconselhado, mas é recomendado escolher os produtos à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de Icaridina e sempre seguir as orientações do fabricante.
O uso em crianças requer atenção especial e, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, as recomendações para o uso seguro de repelente requer cuidados como não aplicar o produto na pele com lesões ou ferimentos e nos olhos e na boca. O adulto deve aplicar os produtos nas mãos e depois aplicar na pele da criança, com cuidado para que a criança não manipule o repelente.
Além disso, cada produto varia suas recomendações, então é muito importante ler sempre a bula e seguir as recomendações quanto a idade. A maioria dos repelentes pode ser usada em crianças maiores de 2 meses, Já nas menores de 2 meses, utilizar a proteção mecânica com mosquiteiros e roupas compridas.
Grávidas podem fazer uso de repelentes à base das substâncias citadas acima.
Aproveite e informe-se sobre a dengue
Como você viu neste artigo, a chikungunya é transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito transmissor da dengue. Que tal aproveitar e se informar a respeito dessa doença para saber como se proteger?
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