Disfagia: sintomas, causas e tratamentos para o problema

Prevenção e Controle

13/09/2023

Atualizado em 14/09/2023

A disfagia é um problema que altera a deglutição (ato de engolir) e impacta a qualidade de vida de uma pessoa. Informe-se sobre a condição neste artigo.

4 min de leitura

Disfagia: sintomas, causas e tratamentos para o problema

São muitas as ações do dia a dia que o nosso corpo faz no modo automático, sem a gente perceber. Uma dessas atividades é o ato de engolir. Existe, no entanto, a disfagia, que é uma condição que torna essa ação um grande desafio.

Neste artigo do Viver Bem, o portal de saúde da Unimed-BH, você vai entender o que é a disfagia, quais são os principais sintomas, suas causas, formas de tratamento e outros detalhes importantes.

O que é disfagia?

Trata-se de uma alteração na deglutição, que é o ato de engolir alimentos, líquidos e saliva. Em outras palavras, a deglutição é o transporte desse conteúdo da boca até o estômago, em um processo que envolve vários órgãos do nosso corpo.

O problema pode ocorrer em qualquer faixa etária, desde os bebês recém-nascidos até as pessoas mais idosas. Ela se torna um ponto de atenção porque, além do incômodo, pode permitir a entrada de resíduos alimentares nos pulmões, o que pode acarretar inúmeras consequências — que você vai conhecer ao longo deste texto.

Diferentemente do que muitas pessoas acreditam, a disfagia não é considerada uma doença. Na verdade, a disfagia é consequência de alguma condição de base, sendo um conjunto de sintomas importantes que devem ser avaliados por um médico e receber o devido tratamento.

Causas mais frequentes

O envelhecimento é a principal causa do problema. Com o passar dos anos, as estruturas envolvidas na nossa deglutição sofrem com a deterioração, que faz parte do processo natural do corpo humano. Os lábios, a língua e as bochechas são algumas delas.

Existem, no entanto, outras causas para a disfagia:

  • Tumores de cabeça e pescoço;
  • Traumatismos cranioencefálicos;
  • Distrofias musculares;
  • Doenças motoras;
  • Efeito de determinados medicamentos;
  • Refluxo gastroesofágico grave;
  • Longos períodos de entubação e traqueostomias;
  • Doenças neurológicas como AVC, Parkinson, Alzheimer, paralisia cerebral, Esclerose Múltipla,
  • Esclerose Lateral Amiotrófica e demências.

Como você viu, o AVC pode ser uma das principais causas da disfagia. O Viver Bem elaborou um artigo especial sobre o Acidente Vascular Cerebral, em que traz um guia prático do dia a dia do paciente após a doença.

Acesse agora: Guia prático do paciente pós-AVC

Conheça os principais sintomas da disfagia

Determinadas alterações são comuns e servem como sinal de alerta para a identificação do problema. É necessário se atentar e, ao identificar a presença dessas mudanças no organismo, procurar um especialista.

Entre os principais sinais, estão:

  • Saliva excessiva;
  • Engasgos, tosses, náuseas e/ou vômitos durante ou após a ingestão de alimentos e líquidos;
  • Alimento parado na boca por um longo período de tempo;
  • Mudança na voz ou rouquidão após as refeições;
  • Perda de peso inexplicada;
  • Cansaço após as refeições;
  • Infecções respiratórias frequentes;
  • Deglutição demorada;
  • Permanência de resíduos na boca;
  • Retorno do alimento da garganta para a boca;
  • Tentativa de engolir várias vezes o mesmo alimento;
  • Dor ao engolir;
  • Falta de interesse em se alimentar.

Além disso, a dificuldade para mastigar também é um sinal de alerta para a disfagia.

Diagnóstico

Após notar a presença de uma ou mais alterações citadas no tópico anterior, é importante procurar um médico, que pode ser clínico geral, geriatra, otorrinolaringologista ou gastroenterologista.

É fundamental explicar o histórico do paciente para o profissional e responder às perguntas com sinceridade.

Tratamento da disfagia

O tratamento para o problema varia de acordo com o caso e a causa da disfagia. Normalmente, o paciente diagnosticado é acompanhado por uma equipe multidisciplinar.

Dentre as terapias, determinados exercícios costumam ser utilizados para fortalecer e estimular os processos de deglutição para melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Além disso, sua dieta também deve ser adaptada.

Tudo deve ser feito com o devido acompanhamento médico.

Consequências

Quando não tratada, a disfagia pode trazer consequências ao paciente. Além de oferecer riscos como desnutrição e desidratação, o paciente também pode sofrer com pneumonia aspirativa, já que resíduos de alimentos podem chegar aos pulmões.

Disfagia: sintomas, causas e tratamentos para o problema

10 dicas de ouro do Viver Bem

A qualidade de vida de um paciente com disfagia pode ser significativamente comprometida. Diante desse cenário, vale a pena levar em consideração as orientações a seguir para ter uma alimentação mais segura e saudável.

Elas foram elaboradas para que você possa auxiliar um paciente com o problema, mas também podem te ajudar a se alimentar com mais qualidade. Confira:

  1. Fazer as refeições em um ambiente tranquilo e sem distrações;
  2. Oferecer alimentos somente com o paciente sentado ou com a cabeceira da cama elevada a 90º. Posicioná-lo com travesseiros se for preciso e não deixar que a cabeça se incline para trás;
  3. Oferecer alimentos apenas quando o paciente estiver alerta e atento;
  4. Oferecer alimentos e líquidos de acordo com as orientações e utilizar espessante (substância que auxilia na deglutição) quando necessário;
  5. Pedir que o paciente não fale durante as alimentações, pois o alimento deve ser bem mastigado;
  6. Não apressar a introdução do alimento e certificar-se de que o paciente engoliu a porção antes de oferecer mais comida;
  7. Retirar próteses dentárias quando estiverem frouxas;
  8. Fazer a higiene oral após as refeições, inclusive com a limpeza da língua;
  9. Não deitar o paciente após as refeições;
  10. Em caso de engasgo, deixar o paciente tossir. Não oferecer água.

Informe-se sobre o uso de medicamentos

No início deste texto, citamos que o uso de determinados medicamentos é uma das causas da disfagia. Que tal se informar sobre o uso correto das medicações? O Viver Bem elaborou um e-book gratuito e completo sobre o assunto!

Neste conteúdo, você vai saber mais sobre:

  • Diferenças entre remédio e medicamento;
  • Armazenamento correto de medicações;
  • Perguntas mais frequentes;
  • Cuidados com medicamentos em crianças, gestantes e idosos.

Além disso, você também vai encontrar um checklist para tomar os medicamentos de forma adequada. Acesse agora! É gratuito! Clique na imagem abaixo.

Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
Conteúdo validado por Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH

Equipe responsável por prover conteúdos em soluções assistenciais para clientes, profissionais e prestadores da Unimed-BH, assim como para a sociedade como um todo.

Esse conteúdo foi útil para você?
Sim Não
×

Comentários