O que é HIV/aids: sintomas, tratamento e formas de prevenção
05/05/2023
Leia este artigo para se informar sobre o que é HIV e conhecer os sintomas, tratamentos e outros detalhes.
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Quando falamos a respeito de doenças provocadas por vírus, uma dúvida bastante comum é sobre o que é HIV, causador da aids. Mais de um milhão de pessoas vivem com o vírus no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde.
Neste artigo, você vai se informar a respeito do vírus, conhecer os sintomas mais comuns, como ocorre a transmissão, quais são os tratamentos mais utilizados e as formas de prevenção mais eficazes, entre outros detalhes.
O que é HIV?
O HIV é a sigla em inglês para Vírus da Imunodeficiência Humana. Ele ataca o sistema imunológico, que tem o objetivo de proteger o nosso organismo e defendê-lo contra doenças. A síndrome da imunodeficiência humana, conhecida como AIDS, é a doença causada por esse vírus.
É fundamental destacar que ter o HIV não é a mesma coisa que ter AIDS. Muitas pessoas vivem com o vírus, mas permanecem um período assintomáticos e, com o tratamento adequado, não desenvolvem a doença.
Pessoas que apresentam a carga viral detectável podem transmitir o vírus. A transmissão pode ocorrer por relações sexuais desprotegidas, por meio do compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez ou amamentação.
Já quem vive com HIV, está em tratamento antirretroviral e apresenta a carga viral indetectável há pelo menos seis meses não transmite o vírus. É fundamental fazer os testes e manter todos os cuidados com a prevenção.
O funcionamento do sistema imunológico
Agora que você sabe o que é HIV, é importante entender como funciona o sistema imunológico. Nosso organismo reage todos os dias a ataques de diversos microrganismos, como os vírus e as bactérias.
Composto por milhões de células de tipos e funções diferentes, esse sistema é responsável por fazer essa defesa. Principais alvos do HIV, os linfócitos T-CD4+ fazem parte desse conjunto de células.
A presença do vírus faz com que o sistema de defesa do organismo, pouco a pouco, fique com sua capacidade de ação prejudicada, fazendo com que o corpo fique mais vulnerável a doenças.
Janela imunológica
A janela imunológica é o período entre a infecção pelo HIV e a primeira detecção de anticorpos produzidos pelo sistema de defesa do organismo. Geralmente, esse intervalo é de 30 dias, mas pode variar, já que cada corpo reage de uma forma.
Quando um teste é realizado durante essa janela, é possível que o resultado não seja reagente, mesmo que o indivíduo tenha sido infectado. Por essa razão, a recomendação é que a testagem seja repetida após 30 dias.
Importante: mesmo durante a janela imunológica, o vírus do HIV já pode ser transmitido quando a pessoa está infectada, ainda que o resultado do teste não tenha sido positivo.
Transmissão
A transmissão do HIV pode ocorrer das seguintes maneiras:
- Relações sexuais sem preservativo;
- Utilização de uma seringa por mais de uma pessoa;
- Transfusão de sangue contaminado;
- Instrumentos perfurocortantes não esterilizados;
- De mãe para filho durante a gravidez, no parto ou no aleitamento materno.
Com relação às mães que vivem com HIV, é importante destacar que elas têm 99% de chance de terem filhos livres do vírus, desde que sigam o tratamento recomendado durante a gestação ou no pós-parto.
Sintomas do HIV
Para entender o que é HIV, também é importante conhecer seus sinais e sintomas. Quando o organismo é infectado, o sistema imunológico começa a ser atacado e essa primeira fase é chamada de infecção aguda.
Os primeiros sintomas costumam surgir entre duas a quatro semanas após o contato com o vírus e são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Muitos casos passam despercebidos em razão disso.
Durante a fase seguinte, há uma forte interação entre as células de defesa do corpo e as mutações do vírus. O organismo não fica fraco o suficiente para permitir outras doenças durante esse intervalo. Essa fase pode durar anos e é chamada de assintomática.
Mais tarde, o frequente ataque ao sistema imunológico faz com que as células de defesa fiquem menos eficientes e sejam destruídas com o tempo. O organismo vai ficando mais fraco e vulnerável a inúmeras infecções.
Nesta fase, há a redução dos linfócitos T-CD4+ e alguns sintomas são comuns, como por exemplo:
- Febre;
- Diarreia;
- Suores noturnos;
- Perda de peso.
No estágio mais avançado da infecção, a baixa imunidade deixa o corpo mais vulnerável ao surgimento de doenças oportunistas.
Quando o indivíduo chega nessa fase por não saber de sua infecção ou por não seguir o tratamento adequado, ele pode desenvolver doenças como hepatites virais, tuberculose, toxoplasmose, pneumonia e até alguns tipos de câncer.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é realizado por meio de um teste feito pela coleta de sangue ou por fluido oral. Com os testes mais novos, a infecção pelo HIV pode ser identificada cada vez mais precocemente e é sempre necessário testar para confirmar a infecção.
É importante destacar a importância de procurar uma unidade de saúde imediatamente após exposição a qualquer situação de risco e informar-se sobre a Profilaxia Pós-Exposição (PEP).
A testagem é realizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O que é HIV: o tratamento
O tratamento contra o HIV é realizado com o auxílio de medicamentos antirretrovirais, que ajudam o organismo a evitar a multiplicação do vírus e o enfraquecimento do sistema imunológico.
O uso regular das medicações indicadas pela equipe de saúde é fundamental na busca da qualidade de vida do paciente, reduzindo o número de internações e de infecções.
Os medicamentos antirretrovirais são distribuídos de forma gratuita pelo SUS a todas as pessoas que vivem com o HIV.
Prevenção
A forma mais eficaz de prevenção contra o HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) é o uso do preservativo. O SUS disponibiliza preservativos masculinos e femininos gratuitamente em suas unidades de saúde.
Além do uso da camisinha, existem outras medidas de prevenção, como por exemplo:
- Fazer testes regularmente para HIV e outras ISTs;
- Conversar com o parceiro ou parceira sobre a testagem;
- Realizar Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) quando indicado;
- Fazer a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) após situações de risco;
- Não compartilhar objetos perfurocortantes, como seringas;
- No caso de mulheres grávidas, seguir o tratamento médico indicado para evitar a transmissão para o bebê antes e após o parto.
Informe-se sobre ISTs
As Infecções Sexualmente Transmissíveis, mais conhecidas como ISTs, são, como o próprio nome sugere, doenças transmitidas por meio de relações sexuais desprotegistas.
Existem diversas ISTs, inclusive o HIV. Informar-se sobre elas é fundamental para manter os cuidados necessários para evitá-las ou identificar possíveis sinais e sintomas para procurar ajuda médica o mais precocemente.
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Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs): o que são e como prevenir
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