Poliomielite: sintomas, tratamentos e formas de prevenção

Prevenção e Controle

21/12/2022

Você sabe o que é poliomielite? Leia este artigo e conheça mais informações sobrea doença, seus sintomas, tratamentos e formas de prevenção.

3 min de leitura

Poliomielite: sintomas, tratamentos e formas de prevenção

O que é poliomielite?

A poliomielite é uma doença contagiosa causada pelo poliovírus, um vírus de gravidade variável. Apesar de ser mais comum em menores de 5 anos, também pode acometer adultos. A doença ficou popularmente conhecida como “paralisia infantil”, por ser mais contraída durante a infância.

Desde 1990, não há registro de casos de poliomielite no país, fato que levou o Brasil a obter da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) o certificado de erradicação do poliovírus do seu território em 1994, juntamente com os demais países das Américas. No entanto, como ainda há circulação de poliovírus em alguns poucos países do mundo, o risco de importação de casos permanece.

Como a poliomielite pode ser transmitida?

A poliomielite é contraída através da transmissão viral, geralmente por meio de transmissão gastrointestinal-oral. Uma pessoa pode transmitir diretamente para a outra.

A transmissão do vírus da poliomielite se dá pela boca, com material contaminado com fezes (contato fecal-oral), o que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças mais novas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença.

O poliovírus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos por fezes. A doença muitas vezes é transmitida pela forma oral-oral, através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. Desenvolvendo ou não sintomas, o indivíduo infectado elimina o vírus nas fezes, que pode ser adquirido por outras pessoas por via oral.

Quais são os sintomas da poliomielite?

O período entre a entrada do poliovírus no organismo e o início dos sintomas pode variar de 5 a 35 dias. A condição pode se manifestar como a doença leve, que geralmente é gastrointestinal (vômitos, dor abdominal, diarreia ou intestino preso), ou como a doença grave, caracterizada pela paralisia flácida aguda (PFA).

A síndrome clínica clássica da poliomielite envolve paralisia assimétrica do membro afetado (geralmente os membros inferiores). Também pode ocorrer perda dos reflexos e dores musculares. Cerca de 95% das infecções por poliovírus são assintomáticas, mas ainda assim os indivíduos contaminados podem transmitir o vírus.

Os sintomas são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias como gripe ou infecções gastrintestinais. Cerca de 10% dos infectados apresentarão sintomas semelhantes aos de uma gripe (febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo) ou infecção gastrointestinal (vômitos, dor abdominal, diarreia ou intestino preso).

Raramente poderá se apresentar com um quadro de meningite. Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.

Tratamento

Assim como outras infecções virais, não há um tratamento específico para a poliomielite, ou seja, não há uma medicação que elimine o vírus. O tratamento é voltado ao controle dos sintomas, com medicamentos para dor e febre, e deve ser realizado em ambiente hospitalar para monitorização da evolução do quadro.

Poliomielite

Como prevenir a poliomielite?

A doença deve ser evitada tanto por meio da vacinação contra poliomielite, uma prioridade fundamental da Organização Mundial da Saúde (OMS), como de medidas preventivas contra doenças transmitidas por contaminação fecal de água e alimentos.

As más condições habitacionais, a higiene pessoal precária e o elevado número de crianças em uma mesma habitação também são fatores que favorecem a transmissão da poliomielite. Logo, programas de saneamento básico são essenciais para a prevenção da doença.

Embora ocorra com maior frequência em crianças, a poliomielite também pode acometer adultos não imunizados. Por isso é fundamental ficar atento às medidas preventivas, como: lavar sempre bem as mãos, ter cuidado com o preparo dos alimentos e beber água tratada.

Vacinação

A imunização contra a poliomielite deve ser iniciada a partir dos 2 meses de vida, com mais duas doses, aos 4 e 6 meses, além dos reforços entre 15 e 18 meses e aos 5 anos de idade.

  • VIP (vacina inativada injetável) – É aplicada na rotina de vacinação infantil, aos 2, 4 e 6 meses, com reforços entre 15 e 18 meses e entre 4 e 5 anos de idade. Na rede pública, as doses, a partir de um ano de idade, são feitas com VOP.
  • VOP (vacina atenuada oral) – Na rotina de vacinação infantil nas Unidades Básicas de Saúde, é aplicada nas doses de reforço dos 15 meses e dos 4 anos de idade e em campanhas de vacinação para crianças de 1 a 4 anos.

A importância da vacinação infantil

Neste artigo, você entendeu o que é poliomielite e a importância da vacinação na prevenção à doença. Além da vacina contra o poliovírus, existem diversos outros imunizantes necessários para as crianças em seus primeiros anos de vida.

Trata-se de um assunto importante e que costuma gerar dúvidas. Além de se informar a respeito com seu pediatra, vale a pena ler sobre a caderneta de vacinação e entender a importância das vacinas para crescimento e desenvolvimento saudável dos pequenos.

Leia este conteúdo do Viver Bem sobre o assunto:

Vacinação infantil: qual a importância das vacinas para crianças?

Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
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