Doença Renal Policística: o que é, sintomas e tratamentos

Prevenção e Controle

22/03/2024

Um artigo completo para você saber o que é a Doença Renal Policística, quais são as causas, os fatores de risco, os sintomas e outras informações.

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Doença Renal Policística: o que é, sintomas e tratamentos

Entre as muitas condições que podem afetar os rins, está a Doença Renal Policística (DRP), que se destaca, entre outras razões, por ser hereditária, ou seja, na maioria das vezes, ocorre em família.

Neste artigo, o Viver Bem traz explicações sobre o que é a DRP, quais são as principais causas, os fatores de risco, os sintomas e outros detalhes importantes, incluindo as possíveis complicações.

O que é a Doença Renal Policística?

A Doença Renal Policística (DRP) é uma condição hereditária representada pelo desenvolvimento de cistos nos rins, o que leva ao aumento do tamanho desses órgãos e, consequentemente, à eventual perda de função renal.

Os cistos são bolsas não cancerosas cheias de líquido que se formam nos tecidos renais. Eles variam de tamanho e, com o tempo, podem crescer. Rins com grande quantidade de cistos ou cistos muito grandes muitas vezes são danificados.

Além de afetar os rins, existe a possibilidade de que a DRP produza cistos no fígado ou em outras partes do corpo. Dessa maneira, estamos falando de uma doença que geralmente traz complicações, como a hipertensão e a insuficiência renal.

A gravidade da Doença Renal Policística pode variar, mas mudanças no estilo de vida e os tratamentos adequados ajudam a reduzir danos aos rins causados por eventuais complicações.

Causas

Conforme mencionamos anteriormente, a DRP é considerada uma condição hereditária. Ela é fruto de uma mutação genética, que pode ser herdada e, na maioria das vezes, é passada de geração em geração.

Também existem, no entanto, casos em que essa mutação ocorre de maneira espontânea, sem um histórico prévio da Doença Renal Policística.

Existem dois tipos da DRP:

  • Doença Renal Policística Autossômica Dominante (DRPAD): tipo mais comum. Seus sinais surgem, geralmente, entre 30 e 40 anos, mas também afetam crianças. Se um dos pais tem a doença, há 50% de chance de passá-la aos filhos.
  • Doença Renal Policística Autossômica Recessiva (DRPAR): bem menos frequente, a DRPAR costuma apresentar seus sinais logo após o nascimento, mas eles também podem surgir mais tarde, na infância ou na adolescência. Os pais devem ter genes anormais para transmitir a doença; nesse caso, a criança tem 25% de chance de ter a condição.

Fatores de risco

Existem alguns fatores de risco que aumentam as chances de uma pessoa desenvolver a Doença Renal Policística. Entre os principais, estão:

  • Fatores genéticos: este é o principal fator de risco, e, como mencionamos, a doença costuma acometer mais de um membro da mesma família.
  • Tamanho do rim: varia entre os pacientes, mas seu crescimento precede a diminuição da função renal.
  • Hipertensão: o aumento do tamanho dos rins pode levar ao desenvolvimento precoce de hipertensão.
  • Sexo masculino: homens estão associados a uma progressão mais rápida da Doença Renal Policística Autossômica Dominante.

Sintomas da Doença Renal Policística

Alguns sintomas são muito comuns nos casos de Doença Renal Policística. É importante se informar a respeito para identificar a necessidade de procurar um médico. Entre as principais alterações, estão:

  • pressão alta;
  • dor nas costas ou nas laterais;
  • sangue na urina;
  • dilatação do abdome devido ao aumento dos rins;
  • dor de cabeça;
  • pedras nos rins;
  • insuficiência renal;
  • infecção dos rins ou do trato urinário;
  • sensação de plenitude abdominal.

Muitas pessoas vivem com a Doença Renal Policística por anos e desconhecem o fato. Portanto, indivíduos que têm parentes de primeiro grau, como pais, irmãos ou filhos, devem consultar um médico para rastreamento.

Por outro lado, é fundamental buscar atendimento médico caso apresente os sintomas acima para investigação.

Diagnóstico

O diagnóstico da DRP pode ser realizado com base em exames de imagem, como tomografia computadorizada, ultrassonografia (USG) ou ressonância magnética.

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Complicações da doença

Pacientes acometidos pela DRP podem sofrer com uma série de complicações. Entre as principais, estão:

  • Pressão alta: é muito comum na DRP e pode danificar os rins. Quando não tratada, existe a probabilidade de aumentar o risco de problemas cardíacos e derrames.
  • Perda da função renal: a perda progressiva das funções dos rins é uma complicação grave da condição. Aproximadamente metade das pessoas com a doença apresenta insuficiência renal a partir dos 60 anos.
  • Dor crônica: a dor é um sintoma frequente, muitas vezes localizado na lateral próxima aos rins, nas laterais ou nas costas. Pode também estar relacionada a infecção urinária, a cálculos renais ou a outras doenças.
  • Cistos no fígado: outra complicação muito comum, especialmente com o avançar da idade. Homens e mulheres podem apresentar cistos no fígado, mas as mulheres sofrem mais riscos em razão dos hormônios.
  • Complicações na gravidez: a Doença Renal Policística pode fazer os riscos de uma pré-eclâmpsia crescerem, principalmente em mulheres com hipertensão ou função renal comprometida antes de engravidar.
  • Aneurisma cerebral: pessoas com DRP têm maior risco de aneurismas, sendo que pessoas com história familiar de aneurisma parecem estar em maior risco.
  • Anormalidades nas válvulas cardíacas: pode ocorrer prolapso da válvula mitral em até 1 em cada 4 adultos com a DRPR.
  • Problemas de cólon: o paciente chega a desenvolver diverticulose em razão de fraquezas ou bolsas na parede do cólon.

Tratamento

O tratamento da Doença Renal Policística é focado, principalmente, em retardar a progressão da doença e controlar os sintomas. Isso porque, até o momento, não há um tratamento definitivo para essa condição, que possa curá-la.

O controle da pressão arterial, inclusive, é muito importante e um dos pontos fundamentais, já que a hipertensão pode aumentar a progressão da DRP.

É possível prevenir a Doença Renal Policística?

Por ser uma doença hereditária, as formas de prevenção estão mais associadas ao controle dos fatores de risco para evitar possíveis complicações. Além disso, pessoas com DRP que pretendem ter filhos devem considerar procurar orientação médica para avaliação do quadro.

Mantenha a pressão arterial controlada

Como você viu, uma pressão arterial descontrolada pode deixar em risco a saúde de um paciente com a Doença Renal Policística. E a hipertensão geralmente traz diversos outros riscos à saúde; portanto, a pressão arterial deve ser muito bem cuidada.

Como controlar, porém, a pressão arterial? O que fazer? Tudo o que você precisa saber está no artigo abaixo. Leia para se informar, mas lembre-se: é fundamental manter o acompanhamento médico regular.

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Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
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