Saúde mental na infância e na adolescência: sinais de alerta

Prevenção e Controle

18/09/2024

Aprenda a reconhecer os sinais que podem indicar que o seu filho está passando por dificuldades com relação à saúde mental e descubra como oferecer apoio necessário.

3 min de leitura

Saúde mental na infância e na adolescência: sinais de alerta

A saúde mental na infância e na adolescência vem ganhando cada vez mais relevância na sociedade, especialmente em um cenário pós-pandemia.

O crescimento de casos de transtornos como ansiedade, depressão e outras alterações comportamentais reforça a importância em se falar sobre a saúde mental desde cedo, especialmente no Setembro Amarelo.

Este mês é dedicado à prevenção do suicídio. Diante disso, é preciso reforçar a necessidade de se atentar aos sinais de que a saúde mental na infância e na adolescência pode estar prejudicada.

Falaremos a respeito neste artigo do Viver Bem.

Saúde mental na infância e adolescência

A infância e a adolescência fazem parte de um período crucial para o desenvolvimento e a manutenção de hábitos sociais e emocionais de relevo para o bem-estar mental. Esses hábitos incluem a adoção de padrões de sono saudáveis, exercícios regulares, desenvolvimento de habilidades de enfrentamento, resolução de problemas e habilidades interpessoais, além do aprendizado para administrar emoções.

Ambientes de apoio na família, na escola e na comunidade em geral também são importantes. Por isso, é fundamental que pais e pessoas próximas estejam atentos caso haja sinais de sofrimento mental.

Setembro Amarelo

O Setembro Amarelo é uma campanha que tem o objetivo de conscientizar a população sobre a prevenção do suicídio e o valor de cuidar da saúde mental.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram um aumento significativo de casos de depressão e suicídio entre jovens, especialmente entre 15 e 24 anos. Por isso, é crucial promover o diálogo com crianças e adolescentes, romper o estigma em torno da saúde mental e encorajar a busca de ajuda quando necessário.

Aproveite para ler um artigo completo sobre o Setembro Amarelo no Viver Bem:

Setembro Amarelo: a importância do combate à depressão e da prevenção ao suicídio

Como identificar os sinais?

Nem sempre é fácil identificar problemas de saúde mental na infância e na adolescência, pois muitos dos sintomas são confundidos com fases normais de desenvolvimento. No entanto, existem sinais que devem ser observados com atenção, como:

  • Mudança brusca de comportamento, como irritabilidade ou apatia.
  • Dificuldade em se concentrar ou em manter uma rotina diária.
  • Alteração no sono ou no apetite.
  • Medo exagerado ou queixa recorrente de dor física (como dor de cabeça e dor de estômago).
  • Recusa em frequentar a escola ou outras atividades sociais.
  • Isolamento social ou falta de interesse em atividades que antes eram prazerosas.

De maneira geral, é importante existir a presença constante dos pais no dia a dia dos filhos, com o objetivo de manter o diálogo e procurar sinais de que algo não anda bem. Esse apoio é fundamental.

Saúde mental na infância e adolescência
Menino pré-adolescente afro-americano conversando com psicólogo escolar, terapia infantil

Como os pais podem ajudar?

Diante desses sinais de alerta, o papel da família é essencial para cuidar do bem-estar emocional de crianças e adolescentes. Oferecer uma rede de apoio e criar um ambiente acolhedor em casa pode fazer toda a diferença.

Aqui estão algumas dicas práticas para os pais:

  • Valide os sentimentos da criança: ao perceber que algo está errado, pergunte: “O que foi? Estou te vendo e te ouvindo”. Isso ajuda a criança a se sentir compreendida e segura.
  • Deixe a criança falar: crie um espaço seguro onde ela possa expressar livremente o que está incomodando, sem medo de julgamento.
  • Mantenha uma rotina organizada: estabeleça horários regulares para sono, alimentação, estudos e lazer. Isso traz estabilidade emocional.
  • Incentive o contato social: estimule a interação com amigos de maneira segura e monitorada, seja presencialmente, seja virtualmente.
  • Observe o comportamento: fique atento a sinais de alerta e mudanças bruscas, como isolamento ou comportamento agressivo.
  • Demonstre empatia: procure escutar e compreender o que seu filho está passando, mostrando apoio emocional.
  • Fortaleça valores familiares: reforce os laços familiares e os valores, incentivando o respeito, a comunicação e o amor em casa.
  • Seja criativo nas atividades: proponha atividades em conjunto, como jogos e passeios, promovendo momentos de lazer e descontração.
  • Controle o tempo de tela: limite o uso de eletrônicos, respeitando as recomendações de especialistas para evitar excesso de estímulo digital.

Aproveite para ler um artigo sobre o uso de telas por crianças e adolescentes:

Uso de telas na infância: os impactos no desenvolvimento das crianças

Quando buscar ajuda profissional

Se os sintomas persistirem e começarem a interferir nas atividades diárias da criança ou do adolescente, é imprescindível buscar ajuda. Uma avaliação médica ampla e psicológica são essenciais para identificação da melhor conduta e de um possível diagnóstico.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de transtornos mentais em jovens é feito pela combinação de entrevistas com o paciente, com seus pais e educadores, além da observação do comportamento. Muitas vezes, questionários especializados são aplicados a fim de auxiliar na identificação.

Embora não existam exames laboratoriais que confirmem esses diagnósticos, os médicos podem realizar testes para descartar condições físicas que possam causar os sintomas. O tratamento varia de acordo com o transtorno e sua gravidade.

Aproveite para ler também um artigo completo do Viver Bem sobre ansiedade:

7 sintomas de ansiedade que merecem sua atenção

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Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
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