Sintomas de meningite: conheça a doença, seus tipos e tratamentos
21/04/2023
Atualizado em 24/04/2023
Conheça os sintomas da meningite, informe-se sobre a doença e saiba quais são as formas de prevenção.
4 min de leitura

Os sintomas de meningite incluem dor de cabeça, febre e rigidez na nuca. Existem, entretanto, muitas outras alterações e informações importantes a respeito dessa doença e que devem ser destacadas para prevenir a condição.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, mais de 390 mil casos suspeitos de meningite foram notificados, entre 2007 e 2020, no Brasil. No total, 265.644 diagnósticos foram confirmados durante esse período.
Neste artigo, o Viver Bem explica os sintomas de meningite e traz mais informações sobre a doença, com foco nos tipos mais comuns, os tratamentos e, principalmente, as formas de prevenção.
O que é meningite?
A meningite é representada por uma inflamação das meninges, ou seja, as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a doença é considerada endêmica, ou seja, ocorre com frequência no país. Por isso, todos os anos são esperados casos dessa condição.
Existem diferentes tipos de meningite, e eles são mais comuns em determinadas estações do ano. As bacterianas são mais frequentes durante o outono e o inverno, e as virais, mais comuns na primavera e no verão.
Causas
As meningites podem ser causadas por microrganismos como bactérias, fungos e parasitas. As bacterianas são as mais corriqueiras e têm mais potencial para produzir surtos e epidemias ocasionais.
Além disso, alguns casos da doença podem ser provocados por processos inflamatórios como lúpus, câncer, (quando há metástase que afeta as meninges), reação a determinadas drogas, cirurgias cerebrais ou traumatismo craniano.
Sintomas de meningite, tipos e transmissão
Na maior parte dos casos, a transmissão ocorre de pessoa para pessoa por meio das vias respiratórias, quando o paciente tem contato com gotículas e secreções contaminadas do nariz ou da garganta de alguém infectado.
Existem, no entanto, algumas diferenças nos meios de transmissão, de acordo com o tipo da doença. Os sintomas de meningite também podem variar. Continue lendo para entender como se dá o processo e quais são as alterações mais frequentes.
Meningite bacteriana
O tipo mais comum de transmissão desse tipo de meningite é por meio das vias respiratórias. Determinadas bactérias, no entanto, também podem contaminar pela presença em alimentos. Esse é o caso da Listeria monocytogenes e da Escherichia, por exemplo.
A maior parte das pessoas não desenvolve a doença após a contaminação, mas elas são classificadas como portadoras porque podem transportar as bactérias e espalhá-las para outras pessoas. Entre os sintomas de meningite bacteriana, estão:
- Febre
- Dor de cabeça
- Rigidez na nuca
- Mal-estar
- Náusea
- Vômito
Sensibilidade à luz
Em determinadas situações, o paciente também pode ter confusão mental. Casos mais graves podem causar alterações mais sérias, como convulsão, delírio e tremor.
Quando a infecção ocorre pela contaminação pela bactéria Neisseria meningitidis, fadiga, calafrios, mãos e pés frios, dores severas ou nos músculos e articulações também são frequentes.
Recém-nascidos e bebês podem não manifestar os sintomas descritos, mas costumam ficar irritados, vomitar, não se alimentar bem e não responder a estímulos. Reflexos anormais e moleira protuberante também podem ocorrer.
Meningite viral
A transmissão desse tipo varia de acordo com o vírus causador da doença. Os Enterovírus, por exemplo, são transmitidos via fecal-oral, que ocorre por contato próximo com uma pessoa infectada, objetos contaminados, pela troca de fraldas de uma pessoa infectada ou ao beber água e comer alimentos com o vírus.
Enquanto isso, os arbovírus, que também causam a meningite, podem ser transmitidos por picadas de insetos contaminados.
Os sintomas de meningite viral são parecidos com as alterações causadas pelo tipo bacteriano da síndrome. O paciente também pode apresentar:
- sonolência
- irritabilidade
- falta de apetite
- letargia ou dificuldade para acordar do sono
Meningite por fungos e parasitas
Também existem dois outros tipos de meningite, menos comuns.
Meningite por fungos:
não ocorre de pessoa para pessoa; normalmente, o paciente se contamina por meio da inalação de esporos, que entram nos pulmões. Esses microrganismos também se encontram em solos ou ambientes contaminados por excrementos de pássaros ou morcegos.
Meningite por parasitas:
os microrganismos parasitários costumam afetar os animais, que contaminam as pessoas pelo contato com produtos ou alimentos infectados.
Os sintomas desses dois tipos são semelhantes aos sintomas dos demais.
Importante: trata-se de uma doença que pode apresentar alterações graves no organismo. Por isso, se você tiver sintomas suspeitos, procure um pronto-socorro imediatamente.
Diagnóstico
Quando há suspeita, é realizada a coleta de amostras de sangue e do líquido cefalorraquidiano (líquor), que são testados para detectar o agente causador da infecção – o que é fundamental para que o profissional de saúde possa indicar o tratamento mais adequado.
Tratamento
As formas de tratamento variam de acordo com o tipo. Quanto à meningite bacteriana, é realizada a antibioticoterapia no hospital, em conjunto com a reposição de líquidos e a observação médica.
No tipo viral, na maior parte dos casos, o paciente é internado e monitorado com relação aos possíveis sinais de gravidade. A recuperação, normalmente, ocorre de forma espontânea.
Em situações específicas, como naquelas de contaminação por herpesvírus, o uso de um antiviral específico pode ser indicado. A equipe médica vai determinar como o tratamento será conduzido.
As meningites por fungos requerem uma terapêutica mais longa, com doses mais altas e prolongadas de medicação antifúngica – recomendada de acordo com o fungo causador da infecção.
Por fim, há o tratamento para os quadros causados por parasitas, em que medicamentos contra a infecção e para o alívio dos sintomas são utilizados.

Formas de prevenção da meningite
A síndrome pode ser causada por diferentes agentes infecciosos, e as vacinas são medidas de prevenção primária das principais causas da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, os seguintes imunizantes fazem parte do Programa Nacional de Imunização (PNI):
- Vacina meningocócica C (conjugada)
- Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada)
- Pentavalente
- Meningocócica C (conjugada)
- Meningocócica ACWY (conjugada)
A importância da vacinação
A vacinação, como destacado no tópico anterior, é a melhor forma de se prevenir contra a meningite. Os imunizantes, no entanto, têm o objetivo de fazer a prevenção contra diversas outras doenças.
É muito importante se atentar ao calendário de vacinação e manter suas vacinas em dia. O Viver Bem acredita na importância de dar ainda mais atenção a esse tema. Por isso, preparou um conteúdo com tudo o que você precisa saber a respeito. Acesse:
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