Autismo: perguntas para fazer ao seu médico

Qualidade de Vida

25/02/2021

Saiba como o autismo se apresenta, quais as principais causas e os tratamentos indicados

3 min de leitura

Autismo: perguntas para fazer ao seu médico

De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 70 milhões de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) em todo o mundo, sendo 2 milhões somente no Brasil. O estudo aponta que 1 em cada 88 crianças vão apresentar traços de autismo, com incidência maior em meninos.

O autismo pode se manifestar com mais clareza na infância, com perturbações no desenvolvimento neurológico. O diagnóstico clínico e o acompanhamento especializado podem amenizar significativamente os sintomas e reduzir em até dois terços os custos dos cuidados ao longo da vida.

O que é o autismo?

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é o conjunto de desorganizações do desenvolvimento neurológico caracterizado por padrões de comportamentos repetitivos e dificuldade na interação social.

O autismo está presente desde o nascimento e geralmente se manifesta nos primeiros anos de vida. Ele pode ser classificado em três tipos: autismo clássico, autismo de alto desempenho (também chamado de síndrome de Asperger) e distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação (DGD-SOE).

Sintomas de autismo:

Entre os sintomas de autismo mais comuns, estão:

  • Déficit na comunicação e interação social com linguagens verbais ou não verbais.
  • Dificuldade na reciprocidade socioemocional.
  • Padrões repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos.
  • Hipersensibilidade a estímulos sensoriais.

Como ter certeza de que meu filho tem TEA?

Muitos pais questionam: como ter certeza de que meu filho tem transtorno do espectro do autismo? Acontece que todos os pacientes com autismo partilham das dificuldades citadas no tópico anterior, mas o grau de comprometimento é em intensidade diferente, resultando em situações particulares.

Por isso, o diagnóstico deve realizado por um profissional de saúde especializado, como um neuropediatra ou psiquiatra infantil, que considera os critérios estabelecidos pela DSM–IV (Manual de Diagnóstico e Estatística da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria) e pelo CID-10 (Classificação Internacional de Doenças da OMS).

Autismo: causas

A predisposição genética é a principal causa do autismo. Fatores ambientais, além de alguns fatores controversos, também podem estar associados, como a idade paterna avançada ou o uso de ácido valproico na gravidez.

Autismo tem cura?

Infelizmente o TEA é uma condição permanente e que acompanha a pessoa por toda a vida. Entretanto, com o acompanhamento adequado e diferentes abordagens terapêuticas, os sintomas podem ser amenizados e a qualidade de vida pode ser cada vez melhor.

Tratamento do autismo: perguntas para fazer ao médico

O tratamento do autismo tem como foco principal melhorar as habilidades sociais, comunicativas, adaptativas e organizacionais. Ele deve ser personalizado de acordo com a intensidade do distúrbio e da idade do paciente.

A abordagem é multidisciplinar e os profissionais mais adequados são: pediatra, neurologista, psiquiatra, enfermeiro, terapeuta ocupacional, psicólogo, educador físico, fonoaudiólogo e educadores.

É necessário utilizar algum medicamento para o autismo?

Os medicamentos têm indicação somente para tratar condições associadas, como insônia, hiperatividade, agressividade, falta de atenção, ansiedade, depressão e comportamentos repetitivos.

A família pode ajudar no tratamento e deve também ter um acompanhamento profissional?

O contexto familiar é fundamental no aprendizado e no desenvolvimento de habilidades sociais, e o apoio dos pais proporciona benefícios na melhora comportamental. É comum e necessário um acompanhamento psicológico para a família, pois o desenvolvimento e o entendimento da doença traz um grande desgaste emocional para o núcleo familiar.

Como será a evolução do meu filho? Ele poderá, por exemplo, frequentar uma escola ou trabalhar na vida adulta?

Devido às dificuldades de aprendizado e às alterações comportamentais e de interação social, a criança sempre terá maior dificuldade de aprendizado e adaptação. Por isso é de grande importância que esteja em uma instituição com profissionais preparados e com práticas inclusivas.

Hoje o mercado de trabalho recebe os portadores de TEA em diversos setores devido à grande capacidade e habilidade que alguns possuem. Estimule o seu filho. Assim ele poderá ter uma vida cada vez mais próxima da de uma pessoa fora do espectro autista.

Há algum programa ou benefício governamental para o meu filho autista?

A Lei Berenice Piana (12.764/12) garante à pessoa com TEA os efeitos legais de uma pessoa com deficiência, garantindo a proteção do Estatuto da Pessoa com Deficiência.

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Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
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