Métodos contraceptivos femininos: quais são e o que eu preciso saber sobre o assunto?

Maternidade

27/08/2021

Conheça cada um dos métodos contraceptivos femininos e veja as várias formas de se evitar uma gravidez.

6 min de leitura

Métodos contraceptivos femininos: quais são e o que eu preciso saber sobre o assunto?

Quando o assunto é evitar a gravidez, há uma série de métodos contraceptivos femininos que existem para esta finalidade. Desde opções definitivas, como a esterilização, até métodos temporais, como as pílulas anticoncepcionais.

Seja qual for a sua escolha, é importante que ela seja acompanhada por um ginecologista. Continue lendo este artigo e saiba tudo sobre os métodos contraceptivos femininos.

O que é contracepção?

A contracepção feminina engloba os métodos, ou dispositivos, utilizados pela mulher para prevenir uma gravidez. Esses métodos diferem entre si em termos de eficácia, duração, ação, disponibilidade e forma de utilização.

Métodos contraceptivos femininos: tipos e classificações

Antes de fazer o uso de algum método contraceptivo, é preciso consultar o seu ginecologista sobre as diversas opções para encontrar a mais adequada às suas necessidades. Os diferentes tipos de contraceptivos femininos podem ser classificados nos seguintes grupos:

  • Métodos contraceptivos de barreira: camisinha feminina, diafragma e DIU
  • Métodos contraceptivos hormonais: pílula anticoncepcional, contraceptivo injetável, implante anticoncepcional, anel vaginal e adesivo cutâneo
  • Métodos definitivos ou cirúrgicos: esterilização por meio de laqueadura ou ligadura tubária

Além destes, há ainda outros tipos de contracepção feminina como a tabelinha e a pílula do dia seguinte. Conheça mais sobre cada método, a seguir.

Métodos contraceptivos de barreira

Como o nome indica, esses métodos formam uma barreira física ou química que impede que o gameta masculino encontre o gameta feminino. Veja alguns exemplos:

Camisinha feminina

Trata-se de um tubo de poliuretano com uma extremidade fechada e a outra aberta, acoplado a dois anéis flexíveis.

A camisinha (masculina ou feminina) é um dos métodos contraceptivos mais eficientes, pois apresenta taxa de 90% a 95% de eficácia na prevenção da transmissão de DST’s e gravidez.

Ela é acessível a todos e não há contraindicação. Vale ressaltar que a camisinha deve ser utilizada em todos os tipos de relações sexuais: genital, oral e anal.

Diafragma

É um anel flexível envolvido por uma borracha fina, que impede a entrada dos espermatozoides no útero. Este método contraceptivo apresenta uma chance de falha de 10%. A mulher deve colocá-lo na vagina, por cerca de 15 a 30 minutos antes da relação e retirá-lo 12 horas após o ato sexual.

Por ser um procedimento de barreira e não hormonal, o diafragma não possui efeitos adversos e ainda apresenta uma grande vantagem: a redução do risco de câncer de colo de útero. Seu uso é recomendado junto a um espermicida para proporcionar maior eficácia.

Antes de aderir a este método, a mulher deve visitar o ginecologista para saber qual tamanho se adapta melhor ao seu corpo. O diafragma é reutilizável com duração de até 3 anos. Seu uso é indicado para mulheres que já tiveram relação e não apresentam infecção urinária ou no colo do útero e na vagina.

DIU e SIU

O Dispositivo Intrauterino (DIU) e o Sistema Intrauterino (SIU ou Mirena – também conhecido como DIU medicado ou DIU hormonal) são sistemas ou dispositivos que devem ser inseridos por médicos no útero.

Ambos impedem a passagem dos espermatozoides, para que eles não encontrem o óvulo. A diferença é que o DIU é feito de cobre e não possui nenhum tipo de hormônio, enquanto o SIU libera um hormônio no órgão.

O procedimento de inserção do dispositivo é simples, rápido e costuma ser realizado no próprio consultório médico. A principal vantagem deste método é a comodidade e a alta eficácia. Ele pode proteger a mulher durante 5 a 10 anos, dependendo do produto.

Leia mais setinha DIU: o que é, quais os tipos e eficácia?

Métodos contraceptivos hormonais

São aqueles que interferem ou impedem a ovulação por meio de hormônios, como:

Contraceptivo oral

Os contraceptivos orais, também chamados pílulas anticoncepcionais, podem ser combinados com os hormônios estrogênio e progesterona, ou apenas progesterona. Eles são utilizados por meio da ingestão diária do comprimido.

A principal ação deste método se dá pela interferência na ovulação, mas também modifica o endométrio e o muco do colo do uterino, para dificultar a entrada e a sobrevivência dos espermatozoides.

Dependendo dos tipos e da combinação hormonal, cada marca irá demandar diferentes intervalos entre as cartelas, desde 7 dias até o uso contínuo.

Contraceptivo injetável

Assim como as pílulas, este método contém hormônios similares aos que são produzidos no corpo da mulher. O mecanismo de ação se baseia no impedimento da ovulação.

Há diferentes tipos de anticoncepcionais injetáveis, sendo que alguns deles são aplicados mensalmente (quando associados aos hormônios estrogênio e progesterona) e outros (quando é composto apenas pela progesterona) a cada três meses via injeção intramuscular.

Implantes

O implante anticoncepcional é um pequeno tubo que contém o hormônio progesterona. Ele é inserido na pele, geralmente, na região do braço, e pode atuar por até três anos liberando o hormônio.

A ação também ocorre por interferência na ovulação. A diferença é que, neste método, há maior atuação no endométrio e no muco, dificultando a entrada e a sobrevivência dos espermatozoides.

Há implantes que duram seis meses, um ano ou até 3 anos. Trata-se de um método muito eficaz, com taxa de 99% de prevenção da gravidez, mas que não previne contra DSTs. Caso a mulher deseje engravidar, basta solicitar a remoção.

Anel vaginal

O anel vaginal é feito de silicone flexível e tem cerca de 4 cm. Ele contém os hormônios estrogênio e progesterona e o seu uso é semelhante ao de um absorvente interno.

O anel é introduzido pela própria mulher na vagina, onde se acomoda e permanece por três semanas. Ali, ele libera os hormônios que serão absorvidos pela mucosa vaginal para a circulação sanguínea.

Após a retirada do anel, deve-se fazer uma pausa de sete dias, e um novo anel deve ser utilizado. Seu uso não interfere na relação sexual, e a maior parte das usuárias e seus parceiros não sentem nenhum incômodo durante a relação. O retorno à fertilidade ocorre assim que o uso é suspenso.

Adesivo cutâneo

Os adesivos cutâneos são pequenos selos com cerca de 2 cm, colados firmemente à pele e liberam estrogênio e progesterona, que também são absorvidos e liberados na circulação sanguínea.

Eles atuam como contraceptivos hormonais orais e a própria paciente aplica o selo sobre regiões de pouco atrito na pele, como nádegas, lombar e ombro. O adesivo deve ser trocado a cada semana.

Este método apresenta os mesmos riscos dos outros métodos hormonais, além de poder provocar irritação na pele, e também não protege contra DST ‘s.

Métodos cirúrgicos

A esterilização é um método contraceptivo cirúrgico e definitivo. Ele pode ser realizado na mulher por meio da ligadura de trompas e, no homem, pela ligadura dos canais deferentes (vasectomia).

Na laqueadura ou ligadura tubária, as trompas femininas são cortadas e obstruídas para evitar que os espermatozoides encontrem os óvulos.

A cirurgia não altera o perfil hormonal da mulher e não está relacionada a ganho de peso ou diminuição da libido. No entanto, pode haver aumento do volume de sangue do fluxo menstrual.

Outros métodos contraceptivos femininos

Além dos métodos acima, há outras opções como a tabelinha e a pílula do dia seguinte.

Tabelinha

Também conhecida por método rítmico, a tabelinha é baseada no calendário mensal para calcular o início e o fim do período fértil. Deste modo, a mulher deve evitar ter relações sexuais nos períodos em que há maior chance de engravidar.

Este método tem mais chance de funcionar para mulheres com ciclos regulares, mas ainda é considerado pouco eficaz para prevenir a gravidez.

Uma regra fácil para a tabelinha funcionar corretamente é anotar em um calendário o primeiro dia da menstruação. Então, você terá que marcar em azul os dias em que tem menos chances de engravidar: 1º e 9º dias da menstruação. Lembre-se: conte sempre a partir do 1º dia da menstruação.

Depois, marque em vermelho os dias em que você provavelmente estará mais fértil: do 10º ao 19º dia. Então, do 20º dia até a próxima menstruação, marque novamente em azul.

Pílula do dia seguinte

Este é um método contraceptivo de emergência, ou seja, utilizado para evitar uma possível gravidez se algum outro método falhar.

Consiste em um ou dois comprimidos com grande quantidade de hormônio levonorgestrel, e tem a função de evitar a ovulação, criando um ambiente desfavorável aos espermatozoides.

O primeiro comprimido deve ser tomado em até 72 horas depois da relação sexual desprotegida e, caso haja um segundo comprido, ele deve ser ingerido 13 horas após o primeiro. Ainda assim, há risco de falhar.

Para evitar problemas com o ciclo menstrual, a pílula do dia seguinte não deve ser usada de maneira recorrente.

Se o seu desejo é evitar uma gravidez, seja de forma permanente ou por tempo determinado, a sua escolha deve ser acompanhada por um ginecologista. Somente este profissional poderá indicar o melhor método contraceptivo para o seu caso.

E por falar em escolhas de vida que podem impactar o seu o futuro, você sabia que constituir uma família é uma tarefa que demanda muito planejamento? Veja as principais dicas sobre o assunto em Planejamento familiar: tudo o que você precisa saber.

Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
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Equipe responsável por prover conteúdos em soluções assistenciais para clientes, profissionais e prestadores da Unimed-BH, assim como para a sociedade como um todo.

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