Câncer de colo do útero: a importância de fazer a prevenção

Prevenção e Controle

01/04/2021

Atualizado em 17/10/2023

O diagnóstico precoce é fundamental na luta contra o câncer de colo do útero. Informe-se sobre a doença neste artigo do Viver Bem.

4 min de leitura

Câncer de colo do útero: a importância de fazer a prevenção

O câncer de colo do útero é o terceiro tipo mais recorrente na população feminina brasileira, tirando os tumores de pele não melanoma, de acordo com informações divulgadas pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer).

Para 2023, a estimativa é de pouco mais de 17 mil novos casos da doença. Isso significa que, a cada grupo de 100 mil mulheres, pouco mais de 13 podem receber o diagnóstico da doença.

Para se proteger contra o câncer de colo do útero, é preciso conhecer a condição para tomar as devidas medidas preventivas. Neste artigo do Viver Bem, o portal de saúde da Unimed-BH, você vai se informar sobre a doença, os fatores de risco, os sintomas e as formas de prevenção.

O que é o câncer de colo do útero?

Também conhecida como “câncer cervical”, a doença é causada pela evolução de infecções persistentes por alguns tipos do papilomavírus humano (HPV).

Janeiro Verde

Assim como em outros tipos de câncer, a detecção precoce do câncer de colo do útero é importantíssima e contribui para a eficácia do tratamento contra a doença. Por essa razão, foi criada a campanha Janeiro Verde.

Semelhante ao Outubro Rosa (prevenção do câncer de mama) e ao Novembro Azul (prevenção contra o câncer de próstata), essa campanha tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção contra o câncer de colo do útero. Durante todo o mês de janeiro, inúmeras iniciativas buscam levar informação à população.

Além disso, é celebrado, no dia 4 de fevereiro, o Dia Mundial Contra o Câncer, iniciativa global apoiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para estimular ações educativas e de conscientização.

Como prevenir o câncer de colo do útero?

É possível reduzir o risco de desenvolver câncer de colo do útero por meio da vacinação e de testes de rastreamento periódicos. Dessa forma, as visitas ao ginecologista são imprescindíveis e devem ser regulares.

Além de ficar em dia com os exames preventivos, a paciente receberá orientações sobre métodos contraceptivos, vacinas e prevenção contra as ISTs.

Entre as formas de prevenção, estão:

Exame preventivo Papanicolau

O rastreamento do câncer de colo do útero é feito por meio do exame preventivo Papanicolau, ou seja, exame citopatológico simples, indolor e muito eficaz para detectar a doença desde os estágios iniciais.

A investigação da doença deve ser realizada em mulheres na faixa de 25 a 64 anos de idade que têm ou já tiveram relações sexuais. A OMS sugere a repetição do Papanicolau a cada três anos, podendo ocorrer em intervalos menores, conforme a indicação do seu médico.

Teste para detecção de DNA-HPV (teste de HPV)

O teste de HPV também pode ser realizado para rastreamento do câncer do colo uterino, associado à citologia, e permite aumentar o intervalo entre as coletas, de três para cinco anos, quando ambos os exames forem negativos.

Vacina contra o HPV

Além do uso de preservativo nas relações sexuais, a melhor forma de se prevenir de ISTs e evitar as consequências mais graves do câncer de útero é com a vacina.

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a estimativa é que as mulheres vacinadas contra o HPV têm até 70% menos chances de desenvolver a doença. A vacinação não exclui a necessidade de realização do exame nas faixas etárias indicadas — dos 25 anos de idade em diante.

A vacina contra o HPV deve ser aplicada em dose única, em crianças do sexo feminino e masculino de 09 a 14 anos — de acordo com o calendário vacinal decretado pelo Ministério da Saúde. 

Quem pode tomar a vacina?

No Brasil, a imunização é distribuída gratuitamente pelo SUS nos postos de saúde. Confira o público-alvo da vacina contra o HPV:

  • Meninas e meninos de 9 a 14 anos.
  • Homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos.
  • Pessoas que não fazem parte desses grupos também podem se vacinar de forma particular, sob indicação médica.

Informe-se sobre vacinas nestes artigos do Viver Bem:

Fatores de risco: HPV causa câncer de colo do útero?

A infecção genital pelo HPV é muito frequente; entretanto, apenas em alguns casos, a persistência da infecção cursa com alterações celulares que podem evoluir para o câncer.

Uma das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) mais comuns em todo o mundo, o HPV é um dos fatores de risco e pode causar câncer. Na sua fase inicial, a infecção às vezes não apresenta sintomas ou evolui com sintomas leves.

A presença de poucos sintomas no início da infecção faz com que muitos pacientes não procurem atendimento precoce no início da doença, retardando o tratamento adequado e levando a um diagnóstico tardio e uma possível evolução para o câncer de colo do útero.

Entretanto, existe a possibilidade de atuar de modo preventivo para evitar o HPV. Entre os fatores de risco associados, estão: o subtipo viral (se é oncogênico ou não), o início precoce da vida sexual e relações sexuais com múltiplos parceiros, o tabagismo e o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.

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Quais são os sintomas?

Com o intuito de fazer a detecção de um tumor em sua fase inicial, é importante conhecer os sinais da doença. Embora ela tenha desenvolvimento lento e que pode durar até anos, é possível identificar alguns sinais de alerta de evolução da doença.

Conheça os mais comuns:

  • Sangramento vaginal intermitente (que vai e volta).
  • Secreção vaginal anormal após relação sexual.
  • Dor abdominal associada a queixas urinárias e intestinais.
  • Verrugas genitais.

Diagnóstico do câncer de colo do útero

Na presença de alterações, outros exames podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico. São eles:

  • exame pélvico e histórico clínico;
  • exame preventivo (Papanicolau);
  • colposcopia;
  • biópsia — para analisar células anormais detectadas no Papanicolau.

Tratamento

Embora o câncer de colo do útero seja uma doença recorrente, seu tratamento tem eficácia e apresenta bons resultados. Entre os métodos comumente utilizados, estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. Mas a escolha vai depender do estágio em que se encontra a doença.

Lesões precursoras podem ser tratadas de forma ambulatorial, por meio de eletrocirurgia. Fatores como tamanho do tumor, idade da paciente e desejo de ter filhos muitas vezes interferem na escolha do método de tratamento, que deverá ser feita por um médico de confiança.

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Câncer de colo uterino: Guia com tudo o que você precisa saber sobre a doença

Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
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Equipe responsável por prover conteúdos em soluções assistenciais para clientes, profissionais e prestadores da Unimed-BH, assim como para a sociedade como um todo.

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