Tratamentos para insuficiência renal: quais são as opções?

Prevenção e Controle

19/05/2021

Atualizado em 29/03/2022

Aprenda quais são os principais tipos de tratamento para a insuficiência renal e quais as indicações para cada um deles.

5 min de leitura

Tratamentos para insuficiência renal: quais são as opções?

Os rins são órgãos de extrema importância para o nosso organismo. Eles são responsáveis por filtrar o nosso sangue, eliminando as toxinas, e por controlar o balanço químico e de líquidos no nosso corpo. Quando algo não vai bem, um quadro de insuficiência renal pode ocorrer, e existem alguns tipos de tratamento que podem ser recomendados neste caso.

Essas medidas têm o objetivo de retardar a progressão da doença e promover mais qualidade de vida aos pacientes que sofrem com a perda da função renal. Neste post, você conhecerá um pouco mais sobre cada um deles. Continue lendo para se informar.

O que é insuficiência renal?

Entre diversas outras funções, os rins são muito importantes para garantir a manutenção da saúde e do bem-estar. Isso porque eles atuam na eliminação de toxinas e no controle do balanço químico do nosso organismo.

Mas algumas vezes – e por diversos motivos – eles podem apresentar problemas no funcionamento e até mesmo parar de funcionar. A isso damos o nome de insuficiência renal. Quando um paciente recebe esse diagnóstico, precisa fazer um acompanhamento minucioso para manter a saúde em dia.

Conheça 4 tratamentos para a perda da função renal

Existem vários tratamentos para a perda da função renal. Inicialmente, pode ser indicado um tratamento conservador, mas, com a progressão da doença, terapias que substituem a função dos rins podem ser necessárias – como hemodiálise, diálise peritoneal e transplante.

Se você sofre de insuficiência renal, é muito importante discutir as terapias disponíveis com o seu médico. Mas, para que você se familiarize com elas, elaboramos as principais informações sobre o assunto.

1. Tratamento conservador renal

O tratamento conservador renal é aquele em que são adotadas medidas clínicas para retardar a progressão e prevenir complicações causadas pela doença renal.

Ele é feito em consultório, por meio de ajuste de medicamentos, controle de sintomas da perda de função renal, adequação da dieta e orientações gerais sobre a doença.

2. Hemodiálise

Com a evolução da doença, os rins podem passar a funcionar muito pouco, sendo necessário iniciar uma terapia de substituição renal. A hemodiálise oferece essa possibilidade ao paciente, afinal, trata-se de um procedimento periódico em que é feita a filtragem do sangue por meio de uma máquina.

As indicações para hemodiálise são feitas de forma individualizada e levam em consideração as necessidades do paciente. Geralmente o procedimento é feito em clínicas especializadas em nefrologia, três vezes por semana, com sessões de quatro horas de duração.

Como é feita a filtragem do sangue?

Para que a hemodiálise possa ser feita, é necessário viabilizar um acesso vascular, que pode ser um cateter ou uma fístula (nativa ou com prótese).

  • Cateter: tubo colocado em uma veia no pescoço, no tórax ou na virilha. Possui duas vias que permitem a saída e o retorno do sangue.
  • Fístula: junção de uma artéria com uma veia, no braço ou na perna. São necessárias duas punções com agulhas para favorecer o fluxo de entrada e retorno do sangue.

O sangue é conduzido até a máquina de hemodiálise por meio da linha arterial, passa por um dialisador – também conhecido como filtro de diálise –, e são removidas as toxinas e líquidos que estavam em excesso no corpo. Então, ele é devolvido ao paciente pela linha venosa.

3. Diálise peritoneal

A diálise peritoneal também é uma modalidade de terapia de substituição da função renal, entretanto, é completamente diferente da hemodiálise.

Na diálise peritoneal, não há necessidade de punção de veias ou artérias. Como o próprio nome já insinua, a filtração do sangue é feita por meio do peritônio – uma membrana que recobre os órgãos abdominais e funciona como um filtro. Dessa forma, o sangue é filtrado dentro do próprio corpo e não é necessário o uso da máquina de hemodiálise.

Para que seja possível fazer a diálise peritoneal, é implantado um cateter na cavidade abdominal. Por meio desse cateter, é feita a infusão de uma solução de diálise, que permanece na cavidade por um tempo realizando a remoção de substâncias e líquidos que serão posteriormente drenados.

Existem dois tipos de diálise peritoneal:

Diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC)

Também conhecida como diálise peritoneal manual, essa técnica ocorre quando as trocas da solução de diálise são feitas pelo próprio paciente ou por algum familiar.

Diálise peritoneal automatizada (DPA)

Na DPA, é utilizada uma máquina chamada cicladora. Este equipamento faz a infusão e a drenagem da solução de diálise de forma automatizada.

Para definir qual a forma ideal de diálise peritoneal, é necessário analisar o perfil do paciente e se ele terá apoio de familiares ou cuidadores para fazer as referidas trocas. Também é importante que sejam feitos exames para evidenciar a melhor técnica a ser seguida.

4. Transplante renal

O transplante renal, caracterizado pela doação de um rim, é uma das modalidades de tratamento mais completas para a substituição renal. Tal doação é regulamentada por lei e pode ser feita por um doador vivo, com parentesco até 4º grau; ou após falecimento de um doador compatível, sem grau de parentesco.

Casos que não se encaixam em uma dessas disposições devem ser analisados individualmente e autorizados judicialmente.

Mesmo sendo uma boa opção de tratamento para pacientes com insuficiência renal, existem algumas considerações que devem ser observadas antes de o transplante de rim ser indicado. Infelizmente, nem todos os pacientes com perda de função renal podem se submeter a esse procedimento.

O impeditivo pode acontecer por questões clínicas ou sociais, e cabe ao médico responsável pelo paciente ponderar quais são os riscos envolvidos nessa modalidade de tratamento, em detrimento à diálise.

É importante saber que o transplante não representa a cura da doença. Ele é uma modalidade de tratamento.

Como é feito um transplante de rim?

No transplante, o rim doado é implantado na cavidade abdominal do paciente e passa a exercer a função de filtração e eliminação de líquidos e toxinas. Geralmente não é necessário retirar os rins nativos durante o transplante renal.

Os cuidados no pós-operatório do transplante de rim devem ser seguidos com muita cautela. É instituído um tratamento medicamentoso com imunossupressores, que tem o objetivo de evitar que o organismo rejeite o órgão transplantado.

Embora essas medicações sejam fundamentais para o tratamento, elas também deixam o paciente mais suscetível a infecções. Por isso, é preciso ter cuidado redobrado com a saúde e com as precauções indicadas pelo médico após o transplante de rim.

Qual é o melhor tratamento para insuficiência renal?

A melhor forma de tratamento para insuficiência renal deve ser indicada pelo seu médico de confiança. Independentemente da modalidade escolhida, o importante é se lembrar de que existe tratamento para a doença renal.

É possível viver com qualidade de vida e bem-estar; basta conhecer sua condição, saber quais as terapias disponíveis e, principalmente, fazer o controle correto da doença.

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Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
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