O que é fibrilação atrial? Causas, fatores de risco e tratamentos

Prevenção e Controle

03/10/2023

Saiba o que é fibrilação atrial, suas causas, fatores de risco e formas de tratamento e prevenção.

4 min de leitura

O que é fibrilação atrial? Causas, fatores de risco e tratamentos

Você sabe o que é fibrilação atrial? Esse é um assunto importante quando falamos sobre a saúde cardiovascular, já que diz respeito a um distúrbio do ritmo do coração que afeta pelo menos 3% da população adulta.

Trata-se de uma condição que impacta principalmente pessoas mais velhas, o que gera preocupação em razão do envelhecimento populacional. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a estimativa é de que o número de portadores dessa doença com mais de 55 anos dobre até 2060.

Neste artigo do Viver Bem, portal de saúde da Unimed-BH, você vai entender o que é fibrilação atrial, quais são suas principais causas, os fatores de risco e os tratamentos mais indicados pelos médicos.

O que é fibrilação atrial?

A fibrilação atrial é a forma mais prevalente de arritmia cardíaca, caracterizada pela desorganização da atividade elétrica no átrio. É uma condição considerada bastante desafiadora por uma razão: muitas vezes, os pacientes são assintomáticos.

Algumas pessoas também apresentam alguns sinais esporádicos, que aparecem por um curto período de tempo e desaparecem rapidamente. Essas alterações podem variar de intensidade e duração.

O distúrbio pode ser classificado de três modos, de acordo com a frequência em que ele ocorre:

  • Paroxística: vai e vem por conta própria, com duração menor que 7 dias, mas pode voltar a ocorrer.
  • Persistente: duração maior que uma semana, podendo se tornar permanente.
  • Permanente: o ritmo normal do coração já não consegue ser mais restaurado.

Vale destacar que a fibrilação atrial, também conhecida apenas pela sigla FA, costuma estar associada a determinadas complicações graves.

Como os batimentos estão fora de sincronia, há maior dificuldade em bombear o sangue. O principal risco é a formação de coágulos no coração, que podem migrar e bloquear o fluxo de sangue para outros órgãos importantes.

As pessoas que apresentam FA são 5 vezes mais propensas a ter um acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, essa arritmia pode levar ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca. Diagnosticar e tratar o distúrbio evita que esses problemas ocorram.

Sintomas

Sentir o coração acelerado ou “trêmulo” pode ser um sinal da doença. Há também outros sintomas comuns:

  • Palpitação
  • Falta de energia ou fôlego
  • Tonteira
  • Dor no peito
  • Cansaço principalmente aos esforços

Vale ressaltar, mais uma vez, que a FA também pode ser assintomática e não apresentar sinais. Por isso, é indispensável manter a saúde em dia e ter um médico de referência que acompanhe a sua saúde.

Diagnóstico e tratamento

Além de seu histórico e exame físico, alguns exames ajudam a diagnosticar a FA e a planejar seu tratamento. São eles: ECG (eletrocardiograma), holter, teste ergométrico, ecocardiograma e exames de sangue.

Os tratamentos variam de acordo com as condições clínicas de cada pessoa e é imprescindível seguir todas as recomendações médicas.

Na maior parte das vezes, é recomendado o uso de anticoagulantes, considerados eficazes contra a fibrilação atrial. Geralmente, apenas indivíduos que apresentam baixo risco ou contraindicação a essas medicações não costumam utilizá-los.

Atenção e cuidados especiais são necessários quando se faz uso dos anticoagulantes. Você deve ser muito cauteloso em relação a quedas e a outros tipos de acidentes, em razão do risco aumentado de sangramento.

Em meio ao tratamento, é fundamental manter o controle da frequência cardíaca, sendo um ponto importante para sua eficácia. Vale ressaltar, mais uma vez, que a abordagem varia de acordo com a situação Por isso, as estratégias terapêuticas devem ser escolhidas em conjunto com o médico responsável.

O tratamento para FA também pode envolver outros procedimentos:

  • Cardioversão elétrica: choque elétrico aplicado no peito, sob sedação, para restaurar o ritmo normal do coração.
  • Ablação: procedimento minimamente invasivo, em que um cateter é introduzido por um vaso sanguíneo até o coração para corrigir sinais elétricos defeituosos.
  • Marca-passo: dispositivo implantável no coração, utilizado quando o tratamento para fibrilação atrial faz com que sua frequência cardíaca fique baixa, impedindo que seu coração bata muito lentamente.

O objetivo é seguir um tratamento seguro e eficaz, visando até mesmo a cura.

O que é fibrilação atrial? Causas, fatores de risco e tratamentos

Fatores de risco

A FA, que pode ser hereditária, é provocada por determinadas alterações que afetam a atividade elétrica do coração do paciente.

Como você leu no início deste texto sobre o que é fibrilação atrial, a idade é um dos fatores de risco. Existem, no entanto, outras questões que aumentam o risco de um indivíduo desenvolver essa arritmia cardíaca. São elas:

  • Diabetes mellitus
  • Hipertensão
  • Insuficiência cardíaca
  • Doença das válvulas do coração
  • Alterações da tireoide
  • Infarto agudo do miocárdio prévio
  • Obesidade
  • Apneia obstrutiva do sono
  • Tabagismo e alcoolismo

Se quiser saber um pouco mais sobre esses assuntos, leia os artigos:

Formas de prevenção

Agora que você entendeu o que é fibrilação atrial e quais são suas causas e fatores de risco, vale a pena citar que algumas mudanças no estilo de vida podem reduzir os fatores de risco modificáveis associados à doença.

Algumas dicas importantes:

  • Faça o controle do peso.
  • Não fume.
  • Combata o sedentarismo.
  • Evite o consumo de bebidas alcoólicas.
  • Procure manter boas noites de sono.

Além disso, é fundamental manter as consultas médicas regulares, acompanhar a saúde e fazer o controle das doenças que citamos anteriormente e consideradas fatores de risco.

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