Miocardite: conheça a condição e as formas de tratamento
24/10/2023
A miocardite é uma doença inflamatória que pode afetar o coração. Informe-se a respeito neste artigo completo do Viver Bem.
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É sabido que o coração é um órgão central e vital para o corpo humano. No entanto, ele está suscetível a uma série de condições que podem atrapalhar o seu funcionamento e colocar uma pessoa em risco, sendo a miocardite um desses problemas.
Neste artigo, o Viver Bem, portal de saúde da Unimed-BH, vai explicar o que é essa doença, como ela se desenvolve no organismo, como é feito o diagnóstico e quais são as principais formas de tratamento, entre outros detalhes.
O que é miocardite?
A miocardite é uma condição caracterizada pela inflamação do miocárdio, uma das camadas que constituem a parede do coração, composta por tecido muscular.
Ela pode danificar o músculo cardíaco, deixando tecido cicatricial no coração, e interromper os ritmos cardíacos normais, levando à insuficiência cardíaca em alguns casos.
Indivíduos de todas as idades podem ser acometidos pela doença, embora ela seja mais frequente em jovens.
Causas
Há diversas causas para a miocardite. Essa pode ser motivada por uma grande variedade de agentes infecciosos, doenças sistêmicas autoimunes, drogas e toxinas.
As razões mais comuns são infecciosas, sendo os vírus os agentes mais frequentes. Os cronotrópicos mais prevalentes são: enterovírus, parvovírus B19, adenovírus, vírus influenza A, herpes-vírus humano, vírus Epstein-Barr, citomegalovírus, vírus da hepatite C e vírus do HIV.
No entanto, a condição também pode ser desencadeada por:
- Infecções por outros agentes patológicos como bactérias, protozoários e fungos.
- Certos medicamentos, incluindo alguns quimioterápicos.
- Radioterapia.
- Várias doenças autoimunes em que o sistema imunológico ataca seu corpo em vez de protegê-lo, como, lúpus, artrite reumatoide, doença de Kawasaki, arterite de Takayasu, tireotoxicose, febre reumática, entre outras.
- Exposições ambientais a toxinas ou a metais pesados.
Sintomas e diagnóstico
A suspeita clínica do diagnóstico de miocardite baseia-se na associação da apresentação clínica com exames complementares alterados, sugestivos de lesão inflamatória do coração.
É uma doença difícil de ser diagnosticada, já que ela pode se manifestar de diversas maneiras no organismo. A condição varia desde casos leves até quadros graves associados a arritmias cardíacas e sintomas de insuficiência cardíaca.
Além disso, o curso natural da doença é imprevisível em muitos aspectos. Os sintomas podem incluir:
- Dor ou pressão no peito
- Dificuldade em respirar
- Sensação de cansaço
- Ritmo cardíaco rápido ou irregular, palpitações
- Inchaço das pernas, tornozelos ou pés
- Desmaio
Sintomas respiratórios e gastrointestinais podem preceder quadros de miocardite, como febre, dor no corpo e nas articulações, dor de garganta, diarreia e náuseas.
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Além da avaliação de sintomas, podem ser solicitados exames como:
- Eletrocardiograma
- Ecocardiograma
- Cintilografia miocárdica
- Ressonância magnética
- Exames laboratoriais
O profissional também pode solicitar uma biópsia endomiocárdica, ferramenta importante para diagnóstico e prognóstico, indicado nos casos de evolução grave da doença.
Tratamento contra a miocardite
A miocardite pode desaparecer por conta própria. Em outros casos, o tratamento é necessário. Seu objetivo é melhorar a função cardíaca e as condições clínicas do paciente. Em geral, os tratamentos visam:
- Reduzir o inchaço no músculo cardíaco.
- Aliviar quaisquer sintomas (por exemplo, desconforto no peito ou palpitações ou outros problemas relacionados ao ritmo cardíaco).
- Melhorar a capacidade de bombeamento do coração.
- Tratar a causa raiz da miocardite – por exemplo, uma infecção ou uma doença autoimune.
Durante o tratamento, é importante evitar a atividade física por um período de tempo, geralmente de 3 a 6 meses, apenas sob orientação médica.
O prognóstico em pacientes com miocardite varia de acordo com a etiologia, sendo que a maioria mostra evolução favorável com regressão espontânea dos sintomas clínicos e preservação da função cardíaca, sem necessidade de intervenção terapêutica.
Os pacientes que apresentam quadro clínico mais grave com piora da função cardíaca e arritmias frequentes devem ser submetidos a biópsia cardíaca, com o objetivo de pesquisa de inflamação e do agente causador, oferecendo a possibilidade de estabelecer um tratamento específico.
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