Monkeypox: o que é a varíola dos macacos, os sintomas, a prevenção e o tratamento
20/07/2022
Atualizado em 08/09/2022
Entenda o que é a varíola dos macacos, que teve casos confirmados em vários países, inclusive no Brasil, seus sintomas, tratamento e prevenção
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Os recentes casos confirmados da varíola dos macacos em vários países ao redor do mundo, incluindo o Brasil, acenderam um alerta na população e começaram a gerar muitas dúvidas sobre o que é a doença.
É importante se informar a respeito do vírus e do que já se sabe sobre os casos até o momento. A Unimed-BH preparou um artigo em que explica o que é a condição, quais são os sintomas, as formas de tratamento e os principais modos de prevenção.
O que é a varíola dos macacos?
A Monkeypox (varíola dos macacos) é uma zoonose silvestre, ou seja, um vírus que infecta macacos, mas que incidentalmente pode contaminar humanos – o que ocorre geralmente em regiões florestais da África Central e Ocidental e é causada pelo vírus monkeypox, que pertence à família dos orthopoxvirus.
A doença humana foi identificada pela primeira vez, em 1970, em um menino de 9 meses, na República Democrática do Congo, e, desde então, a maioria dos casos foi relatada na África Central e Ocidental.
Desde maio de 2022, um surto da doença vem ocorrendo em vários países, onde usualmente não existiam casos, dentre eles o Brasil, que já registrou casos confirmados em acompanhamento.
Como a doença é transmitida
A varíola dos macacos é transmitida principalmente por meio de contato com lesões de pele, mucosas de pessoas infectadas ou objetos contaminados e via gotículas (partículas respiratórias) em contato próximo com a pessoa infectada.
Atualmente, não se sabe se o vírus monkeypox ou os anticorpos estão presentes no leite materno de mulheres lactantes. A transmissão sexual tem sido pesquisada, não só pelo contato com mucosas lesionadas, mas pelo fato de o vírus ter sido identificado em material seminal.
Período de incubação
O período de incubação da monkeypox é geralmente de 6 a 13 dias após a exposição, mas pode variar de 5 a 21 dias. Esse período é o tempo necessário para o desenvolvimento da doença, posteriormente ao contato com o vírus.
Dessa forma, pessoas suspeitas ou confirmadas para a doença devem permanecer isoladas e em observação até que as lesões estejam secas (em formato de crostas).
Quais são os sintomas da varíola dos macacos?
A varíola dos macacos apresenta inicialmente sintomas como:
- Dor de cabeça
- Febre
- Dores musculares
- Dores nas costas
- Calafrios
- Linfonodos inchados
- Exaustão
- Lesões de pele que geralmente surgem no período de 1 a 3 dias após o início da febre
A erupção cutânea passa por diferentes estágios: mácula, pápula, vesícula, pústula e crosta. Inicialmente, as lesões têm diâmetro entre meio centímetro e um centímetro e podem ser confundidas com as lesões causadas pela varicela ou pela sífilis.
São considerados casos suspeitos indivíduo de qualquer idade que apresente início súbito de lesão em mucosas e/ou pele (única ou múltipla), em qualquer parte do corpo (incluindo região genital/perianal, oral), E/OU inflamação retal (dor, sangramento), E/OU edema peniano; podendo estar associados a outros sinais e sintomas.
A confirmação da infecção pelo vírus monkeypox ocorre por meio do exame laboratorial PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), realizado via coleta de secreção das lesões de pele e de material das crostas quando estas estiverem presentes.
Existe vacina contra a varíola dos macacos?
A vacinação contra a varíola comum se mostrou, historicamente, protetora contra o vírus que causa a varíola dos macacos. Segundo a OMS, pessoas com 50 anos ou menos podem estar mais suscetíveis à doença.
Isso porque as campanhas de vacinação contra a varíola foram interrompidas em todo o mundo quando a doença foi erradicada, em 1980. A agência faz um trabalho de verificação dos estoques atuais do imunizante para que eles sejam, se necessário, atualizados.
No Reino Unido, primeira nação a ter um caso confirmado fora de áreas endêmicas, a vacinação ocorre para pessoas consideradas do grupo de risco. O Ministério da Saúde já divulgou a possibilidade da chegada de vacinas ao Brasil, em setembro, para serem utilizadas por profissionais de saúde e pessoas que tiveram contato direto com doentes.
Formas de prevenção
Para prevenção, é importante a manutenção do isolamento de pessoas suspeitas ou confirmadas para a varíola dos macacos, evitando o contato próximo com outras pessoas (não compartilhar objetos e utensílios) até a cura total das crostas.
Se for necessário o deslocamento de pessoas suspeitas ou confirmadas, essas devem utilizar máscara e proteger as lesões com roupas ou lençóis.
É imprescindível manter a higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel. As pessoas que têm contato íntimo, como membros da família e parceiros sexuais, correm maior risco de infecção.
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