Síndrome do Ovário Policístico: o que é preciso saber sobre?
03/12/2021
A síndrome do ovário policístico é conhecida pelas alterações na menstruação, dificuldade para engravidar e outros sintomas incômodos. Mas com informação e tratamento adequados, é possível conviver com a doença. Confira!
4 min de leitura
A síndrome do ovário policístico (SOP) é uma doença temida por mulheres. Isso porque ela afeta diretamente o funcionamento do sistema reprodutor e pode dificultar a realização de um sonho que muitas compartilham: engravidar.
Apesar de assustadora, é uma condição mais comum do que se parece. Estima-se que cerca de 20% das mulheres em idade fértil desenvolvem o quadro e que 2 milhões de brasileiras possuam a condição.
A maioria dos casos é descoberto entre 30 e 40 anos, mas a SOP pode atingir mulheres desde os 15 anos de idade.
O que muitas pessoas não sabem é que com o diagnóstico precoce e acompanhamento médico correto, é possível conviver normalmente com a doença. Para que isso seja viável, porém, o primeiro passo é se informar.
Saiba mais sobre o conceito, sintomas, diagnóstico e tratamento da síndrome do ovário policístico, e conheça as respostas para alguns mitos relacionados à doença.
O que é SOP?
Antes de mais nada, é preciso saber o que é síndrome do ovário policístico. Trata-se de um distúrbio hormonal caracterizado pelo aumento na produção de hormônios masculinos em mulheres em idade reprodutiva, que provoca o surgimento de cistos nos ovários.
Tão importante quanto saber o que é SOP, é entender como é feito o diagnóstico precoce, afinal, o não tratamento da síndrome pode ocasionar complicações e desencadear outros quadros.
Quais os fatores de risco?
Embora não exista consenso a respeito das causas da síndrome do ovário policístico, a genética é vista como fator de risco para a SOP. Também há uma relação entre a síndrome e alterações na produção de insulina.
Sintomas de síndrome do ovário policístico
Os sintomas de síndrome do ovário policístico são sutis, porém, característicos. Entre os principais, estão as alterações no ciclo menstrual, que podem ser:
- Ausência de menstruação durante alguns meses ou ciclos espaçados;
- Mudança no fluxo menstrual — mais intenso ou mais leve do que o convencional;
- Dificuldade para engravidar.
Além desses sintomas, que estão diretamente relacionados à ovulação, outros sinais podem surgir, como o crescimento acelerado de pelos, acne, oleosidade e manchas na pele, aumento de peso, queda de cabelo, etc.
Como é feito o diagnóstico?
A partir da presença de dois ou mais sintomas da síndrome do ovário policístico, é fundamental procurar um médico. Ele pode realizar a análise clínica e solicitar exames de sangue e imagem para analisar dosagens hormonais e a presença de cistos no ovário.
Assim como em qualquer outra doença, o autodiagnóstico em caso de suspeita de SOP não deve ser feito, afinal, o mesmo sintoma pode significar uma série de doenças. É preciso analisar cautelosamente antes de tomar medidas e iniciar tratamentos.
É possível evitar a síndrome?
A melhor maneira de evitar a síndrome é cuidar da saúde preventivamente. Exercícios físicos regulares, uma alimentação rica em minerais e vitaminas, e a visita anual ao ginecologista são fundamentais nesse processo — sobretudo se você faz parte do grupo de risco da SOP.
Tratamentos para síndrome do ovário policístico
Existem diversos tratamentos para síndrome do ovário policístico e apenas um médico poderá indicar o mais adequado para cada caso, afinal, a indicação é feita a partir da análise do quadro clínico geral da paciente.
Alguns dos métodos comumente adotados para pacientes de SOP são o uso de anticoncepcionais, hormônios e vitaminas.
Entretanto, a mudança de hábitos — com uma alimentação balanceada e exercícios físicos — é a recomendação mais comum entre os casos.
E não à toa, essa prática também é recomendada para a prevenção, afinal, promove mais qualidade de vida e ajuda a evitar a incidência de outras doenças relacionadas.
Ovário policístico tem cura?
A síndrome do ovário policístico é uma doença crônica, por isso, não tem cura. Entretanto, os tratamentos disponíveis para a SOP ajudam a controlar seus sintomas e impedir o desenvolvimento de outros quadros relacionados.
É importante ter em mente que, sem acompanhamento médico e tratamento adequado, complicações podem surgir, como infertilidade e diabetes, por exemplo.
Por isso, o acompanhamento médico regular é imprescindível. Realizar as consultas nos períodos indicados, bem como os exames indicados pelo profissional, é uma forma de ter mais qualidade de vida enquanto paciente.
Quem tem ovário policístico ovula?
A relação entre SOP e ovulação é íntima, visto que a síndrome afeta os ovários. Pacientes diagnosticadas não costumam ovular regularmente.
Isso pode ser visto a partir das alterações na menstruação — ausência, menstruações espaçadas ou diferentes do “padrão” da paciente.
Quem tem ovário policístico pode engravidar?
Um dos maiores temores de algumas mulheres em idade fértil que descobrem a SOP é a dificuldade para engravidar.
De fato, por se tratar de um quadro que atinge o sistema reprodutor, essa dificuldade pode acontecer como consequência da irregularidade na ovulação.
Ao contrário do que se pensava antigamente, a SOP não é uma sentença de infertilidade. É possível engravidar com o diagnóstico de síndrome do ovário policístico a partir da adoção de hábitos saudáveis e, em alguns casos, de tratamentos de indução à ovulação.
Mas, qualquer tratamento ou decisão relativa ao tema deve ser tomada a partir das orientações médicas, por isso, o acompanhamento com um ginecologista se faz ainda mais importante para quem possui a síndrome.
Como cuidar da saúde reprodutiva?
A síndrome do ovário policístico é uma condição que pode surgir em mulheres em idade fértil, e quanto antes tratada, melhor.
E sabemos que, no universo da saúde da mulher, existem inúmeros outros cuidados que devem começar ainda na adolescência, para protegê-la e manter a sua saúde em dia. Pensando nesse tema, separamos outros três conteúdos que podem interessar: