Zika Vírus: transmissão, sintomas, tratamento e prevenção

Prevenção e Controle

05/12/2023

Atualizado em 06/12/2023

Leia este artigo do Viver Bem, tire todas as suas dúvidas sobre o Zika Vírus e saiba quais são as principais formas de prevenção.

4 min de leitura

Zika Vírus: transmissão, sintomas, tratamento e prevenção

O Zika Vírus figura, ao lado da dengue e da Chikungunya, entre as arboviroses mais comuns no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, foram diagnosticados pouco mais de 9.200 casos nos 11 primeiros meses de 2022.

Esse número significa uma taxa de incidência de 4,3 casos por 100 mil habitantes no país. Neste artigo do Viver Bem, você vai entender como ocorre a transmissão, quais são as os sintomas, tratamento e como se prevenir. Informe-se!

O que é o Zika Vírus e como é transmitido

Trata-se de uma arbovirose (doença provocada por vírus transmitidos por meio de picadas de determinados mosquitos) causada pelo vírus Zika (ZIKV).

Um dos principais vetores do Zika Vírus é o Aedes aegypti, que também é responsável pela transmissão da dengue e da Chikungunya. Na maioria das vezes, as fêmeas são as responsáveis por infectar os indivíduos.

Qualquer pessoa, de qualquer sexo ou faixa etária, pode ser infectado por esse arbovírus. Indivíduos com 60 anos ou mais e mulheres grávidas, no entanto, correm um risco maior de desenvolver complicações, especialmente quando há alguma comorbidade preexistente.

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Sintomas da doença

O Zika Vírus pode ser assintomático, apresentar manifestações leves e autolimitadas ou complicações maiores, algumas delas neurológicas ou malformações congênitas. Entre os sintomas mais comuns apresentados por pacientes, estão:

  • Febre baixa;
  • Exantema (erupção avermelhada na pele);
  • Dores de cabeça, nas articulações e musculares;
  • Conjuntivite não purulenta;
  • Edema periarticular;
  • Aumento dos gânglios linfáticos.

Durante o período agudo da doença, a coceira é um sintoma bastante frequente.

Possíveis complicações

Existem duas complicações graves associadas ao Zika Vírus. Uma delas é a Síndrome de Guillain-Barré (SGB), caracterizada pelo comprometimento do sistema imunológico do paciente, que passa a atacar seus nervos periféricos.

No caso da gestante, quando infectada, ainda que não apresente sintomas, pode transmitir o vírus ao bebê. Uma possível complicação desta infecção é a microcefalia, malformação congênita em que o cérebro do feto não se desenvolve adequadamente na gravidez.

Embora a microcefalia seja a anomalia congênita mais comum em decorrência da doença, existem outros problemas possíveis, incluindo alterações neurológicas. O conjunto das complicações passadas da mãe para o feto é chamado de Síndrome Congênita do Zika Vírus.

Diagnóstico do Zika Vírus

Ao identificar a presença de um ou mais sintomas, é muito importante procurar a ajuda de um serviço de saúde, em que o médico vai fazer uma avaliação clínica e o diagnóstico da doença, que é confirmado por meio de exames laboratoriais.

Em caso de suspeita de comprometimento neurológico em recém-nascidos, é necessária a realização de investigação mais aprofundada.

Todos os casos suspeitos, confirmados e óbitos devem, obrigatoriamente, ser notificados ao Serviço de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Tratamento

Até o momento, não existe um antiviral específico utilizado no tratamento do Zika Vírus. Quando o indivíduo infectado apresenta sintomas, são recomendações médicas:

  • Repouso, especialmente enquanto durar a febre;
  • Hidratação controlada por meio da ingestão de líquidos;
  • Medicamentos analgésicos e anti-histamínicos (de acordo com a orientação médica).

Pacientes que tenham recebido alta, mas apresentem novas manifestações, como sensação de formigamento de membros ou mesmo alterações nos níveis de consciência, devem retornar imediatamente ao hospital.

Mulheres gestantes com suspeita da doença devem ser acompanhadas durante todo o pré-natal, de acordo com os protocolos vigentes.

Formas de prevenção

Além de não existir um antiviral específico, também não há uma vacina disponível que proteja a população contra o Zika Vírus. A melhor forma de prevenção é controlar a proliferação dos vetores, mosquitos responsáveis por transmitir o vírus.

Algumas recomendações úteis e importantes para combater o Aedes aegypti e prevenir as picadas são:

  • Eliminar locais que possam acumular água, como capas, telas, tampas e vasos, por exemplo;
  • Cuidados com o lixo, amarrando bem os sacos de lixo e fazendo a limpeza de calhas das casas;
  • Usar telas em portas e janelas;
  • Proteger áreas do corpo que possam ser picadas pelo mosquito;
  • Se possível, utilizar mosquiteiros sobre a cama.

Uma outra recomendação é utilizar no corpo repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou icaridina.

O uso em crianças requer atenção especial e, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, as recomendações para o uso seguro de repelente requer cuidados como não aplicar o produto na pele com lesões ou ferimentos nos olhos e na boca. O adulto deve aplicar os produtos nas mãos e depois aplicar na pele da criança, com cuidado para que a criança não manipule o repelente.

Além disso, cada produto varia suas recomendações, então é muito importante ler sempre a bula e seguir as recomendações quanto à idade. A maioria dos repelentes pode ser usada em crianças maiores de 2 meses. Já nas menores de 2 meses, utilize a proteção mecânica com mosquiteiros e roupas compridas.

A imagem abaixo representa como um vaso de planta com água acumulada pode se tornar um foco de transmissão. Vasos e outros objetos do tipo não devem ser mantidos dessa forma:

Zika Vírus: transmissão, sintomas, tratamento e prevenção

Cuidado com o uso de medicamentos

O uso de medicamentos para aliviar os sintomas do Zika Vírus e de outras doenças devem seguir recomendações médicas. Além disso, é muito importante se informar sobre esse assunto tão relevante.

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