Transplante renal: guia completo com tudo o que você precisa saber
13/05/2021
O transplante renal é uma das alternativas de tratamento para pacientes com perda da função renal. Conheça mais sobre essa modalidade a seguir.
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Pacientes que sofrem com a perda da função renal enfrentam diversos desafios para lidar com esse problema. Por se tratar de órgãos fundamentais para o organismo, o mau funcionamento dos rins pode acarretar diversas complicações de forma progressiva e irreversível.
Os rins regulam os índices de líquidos corporais, filtram toxinas presentes no sangue e garantem o equilíbrio químico do corpo. Pacientes que apresentam disfunção renal precisam encontrar terapias de substituição renal para garantir que esse trabalho seja feito.
O transplante renal se apresenta como uma alternativa de tratamento para esses casos. Por meio desse procedimento, pacientes que sofrem de perda da função renal podem ter menos restrições, mais qualidade de vida e liberdade no dia a dia.
Quer conhecer mais sobre o assunto? Continue lendo e fique por dentro.
O que é transplante renal?
Afinal, o que é transplante renal? Esse tipo de transplante é uma opção de terapia para pacientes que sofrem com a perda da função renal. Infelizmente, não significa a cura da doença, mas uma modalidade de tratamento que possibilita mais qualidade de vida ao transplantado.
O transplante renal pode ser indicado antes de outros tipos de terapia de substituição renal. Entretanto, na maioria dos casos, ele é feito após o paciente começar a terapia dialítica.
O transplante renal é uma modalidade de tratamento regulamentada pela legislação brasileira, e a doação do órgão só pode ser viabilizada de duas formas:
- por meio da doação de um rim de um familiar com parentesco até o 4º grau, em vida;
- por meio do recebimento de um rim de doador desconhecido, após falecimento.
Para receber um rim de um doador desconhecido, o paciente com perda de função renal deverá estar inscrito na lista única de receptores de rim, da Central de Transplantes do Estado.
Nos casos em que o doador não se encaixe em uma das disposições previstas por lei, é preciso analisar individualmente e solicitar uma autorização judicial para que a doação seja feita.
Qualquer paciente pode realizar o transplante renal?
O transplante renal é um procedimento delicado e requer inúmeros cuidados no pós-operatório. Por isso, não é indicado para todos os pacientes com disfunção renal. Para decidir se o paciente é elegível ou não para o transplante renal, o médico assistente faz uma análise clínica inicial.
Se, a partir dessa análise, for concluído que o paciente está apto, ele será encaminhado a um centro transplantador para fazer outras avaliações específicas.
O paciente somente poderá ser inscrito na lista única de receptores de rim após todas as avaliações. Algumas condições clínicas podem impedir que o paciente seja inscrito na fila de transplante renal: desnutrição grave, distúrbios psiquiátricos e condições hepáticas, cardíacas e infecciosas não controladas são alguns exemplos.
Situações sociais também podem impedir a realização do transplante renal, como uso de drogas e falta de estrutura familiar. Isso porque esses cenários podem comprometer o uso correto das medicações e o acompanhamento médico no pós-operatório.
Por se tratar de um procedimento delicado, a falta desses cuidados pode colocar a vida do paciente em risco.
Quais são as etapas do transplante renal?
É fundamental conhecer e se atentar a cada uma das etapas do transplante renal. Por se tratar de um procedimento delicado, no qual há a implantação de um novo órgão no organismo, é importante cuidar do pós-operatório para evitar infecções e observar sinais de rejeição do rim transplantado.
Compatibilidade com o doador
Independentemente da forma de doação – se por doador anônimo falecido ou familiar em vida –, antes de o paciente se submeter ao transplante renal são realizados diversos exames para confirmar se há compatibilidade.
Como funciona o transplante renal
O transplante renal é o procedimento de substituição do órgão que apresenta disfunção renal por um saudável. Após confirmada a compatibilidade entre doador e receptor, é realizada a cirurgia na qual o rim doado é implantado na cavidade abdominal do paciente.
Depois da cirurgia, entretanto, são necessárias inúmeras medidas para garantir que o transplante renal seja um sucesso e que não haja rejeição do novo órgão no organismo do paciente.
Cuidados com o rim transplantado
O transplante renal é um procedimento com altos índices de sucesso, mas, para evitar os riscos, os cuidados com o rim transplantado devem começar logo após a cirurgia e permanecer por toda a vida.
As principais complicações podem ser cirúrgicas, imunológicas ou infecciosas. Portanto, conversar com o seu médico sobre isso é muito importante.
Para diminuir as chances de rejeição após o transplante renal, é preciso fazer uso de imunossupressores, medicações que têm o objetivo de diminuir a imunidade do corpo no pós-operatório e, com isso, possibilitar uma recuperação eficaz.
Os efeitos colaterais dos imunossupressores após o transplante renal incluem o aumento das chances de infecções bacterianas e virais justamente por se tratarem de medicamentos que reduzem a imunidade do paciente.
Por isso, ao mesmo tempo que é importante manter o uso contínuo e regular do remédio, é fundamental redobrar os cuidados para evitar a incidência de infecções no pós-operatório.
Após o transplante renal, o acompanhamento médico continua sendo fundamental para avaliar a evolução do pós-operatório, realizar exames de rotina, garantir o controle de sintomas e outras medidas que assegurem o bem-estar e uma vida equilibrada.
Transplante renal: cuidado para toda a vida
O transplante renal é um processo que envolve diversos fatores clínicos, sociais e psicológicos, que devem ser avaliados cautelosamente. Contar com a equipe médica para orientar quanto aos riscos e aos cuidados a serem tomados em todas as etapas desse procedimento é o melhor caminho para garantir o sucesso do tratamento.
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