Fumante passivo: os riscos para a saúde do bebê
17/08/2023
O tabagismo é prejudicial à saúde — não apenas de quem fuma, mas também do fumante passivo. Informe-se sobre esse assunto neste artigo do Viver Bem.
4 min de leitura
O tabagismo é um grande problema de saúde pública em todo o mundo. Além dos riscos bastante claros para os fumantes, é importante destacar os perigos do cigarro também para quem é fumante passivo, inclusive os bebês.
Os prejuízos ao organismo causados pelo tabaco já são muito conhecidos e costumam ser lembrados em muitas campanhas de conscientização. Nem sempre, no entanto, essas campanhas citam os riscos para quem convive com alguém que fuma.
Neste artigo, o Viver Bem, portal de saúde da Unimed-BH, vai explorar esse assunto. Você vai conhecer os perigos do cigarro para quem é fumante passivo e entender como o cigarro coloca em risco a saúde dos bebês.
O que é um fumante passivo?
Ao fumar um cigarro, uma pessoa traga apenas uma parte da fumaça gerada. De acordo com informações do Ministério da Saúde, isso significa que aproximadamente ⅔ dessa fumaça é lançada no ambiente.
Com isso, uma outra pessoa que compartilha do mesmo ambiente acaba se tornando fumante passivo, estando exposta aos componentes cancerígenos e tóxicos existentes no cigarro e presentes na fumaça. Essa fumaça jogada no ambiente tem praticamente a mesma composição daquela tragada pelo fumante.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) indica que o cigarro contém cerca de 7 mil compostos e substâncias químicas — sendo que aproximadamente 69 deles são cancerígenos.
Por isso, o chamado “tabagismo passivo” é uma das causas principais de determinadas doenças em pessoas não fumantes, como o câncer de pulmão, por exemplo.
Os riscos do cigarro
Já que o assunto são os riscos à saúde do fumante passivo, vale lembrar quais são os perigos provocados pelo tabagismo que também vão atingir essa população. Existem mais de 50 doenças relacionadas ao uso do cigarro e, entre as mais comuns, estão:
- Câncer de pulmão;
- Infarto;
- Bronquite crônica;
- Enfisema pulmonar;
- Asma;
- Outros tipos de câncer, como câncer de bexiga.
Perigos maiores para bebês e crianças
As pessoas que fazem uso do cigarro são as que correm mais risco de desenvolver as doenças citadas no tópico anterior. Quem está por perto e apenas inala a fumaça presente no ambiente, o fumante passivo, no entanto, também poderá sofrer essas complicações.
O Ministério da Saúde afirma que os bebês e as crianças são ainda mais suscetíveis aos perigos provocados pelo tabagismo. Muitas vezes, os pais ou pessoas próximas são fumantes e acabam deixando os pequenos expostos à fumaça do ambiente.
A exposição é mais maléfica na infância em razão do desenvolvimento ainda incompleto do aparelho respiratório. Além disso, a relação entre o volume das substâncias inaladas com o peso do bebê ou da criança também interfere, resultando em uma situação ainda mais preocupante.
Fumante passivo: riscos para gestantes e bebês em fase de amamentação
Gestantes expostas à fumaça de cigarro correm o risco de terem bebês com alguns problemas específicos, incluindo malformações congênitas e baixo peso ao nascer.
Estudos apresentados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) ainda sugerem que bebês em fase de amamentação expostos à fumaça do cigarro correm mais risco de morte súbita e também podem sofrer com grave acometimento respiratório e imunológico ou ter menos capacidade intelectual.
Efeitos imediatos
O Ministério da Saúde informa que quem é fumante passivo pode sofrer com os efeitos imediatos da inalação de fumaça provocada pelo cigarro. Entre eles, estão:
- Tosse;
- Dor de cabeça;
- Alergias;
- Irritação nos olhos.
Além disso, as crianças também podem apresentar infecções respiratórias mais frequentes, além de correrem o risco de elevação da pressão arterial.
Benefícios de parar de fumar
Como você viu, um indivíduo que é fumante passivo pode sofrer com diversas consequências. Parar de fumar é positivo para cuidar da saúde das pessoas ao redor, especialmente os bebês e as crianças menores.
Vale, no entanto, destacar os benefícios de parar de fumar para o próprio fumante:
- Cerca de 20 minutos depois de parar de fumar, a pressão sanguínea e a pulsação retornam ao estado normal;
- Duas horas depois, não há mais nicotina circulando no sangue;
- Após 8 horas, o nível de oxigênio se normaliza no sangue;
- De 12 a 24 horas depois, os pulmões melhoram o funcionamento.
Em longo prazo, o organismo vai apresentando outras alterações positivas, como uma melhora do olfato e do paladar, redução do risco cardiovascular e diminuição da chance de infarto.
8 dicas para parar de fumar
Parar de fumar proporciona muitos benefícios à saúde, inclusive para quem vive ao seu redor. O Viver Bem elaborou um artigo especial a respeito deste assunto para quem deseja parar de fumar ou se informar melhor a respeito.
Além de informações úteis e seguras, você vai ler 8 boas dicas para cessar o tabagismo. Acesse agora clicando no link abaixo.
Cessação do tabagismo: 8 dicas para parar de fumar
Podcast sobre dependência
Neste artigo, além de entender os perigos da fumaça do cigarro para os bebês, você também viu como o tabagismo prejudica a saúde. E a dependência do cigarro e do álcool foi tema do 5º episódio do ‘Pod Isso, Doutor?’, podcast do Viver Bem.
Nele, o Dr. Alberlúcio Pessoa, médico cooperado Unimed-BH, recebe o psicólogo, professor e doutorando em Psicologia Clínica Paulo Aguiar e a médica cardiologista cooperada da Unimed-BH Alba Machado.
Eles falam sobre como é possível notar os sinais da dependência química, quais são as formas mais eficazes no combate aos vícios, os perigos do cigarro eletrônico e do narguilé, como procurar ajuda, entre outros assuntos relacionados.
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