Gravidez e animais de estimação: riscos e dicas de saúde para gestante
20/10/2021
Poder contar com a companhia de um animal de estimação pode ser prazeroso, mas é preciso cuidado. Veja como manter a convivência saudável com seu pet.
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Quando o assunto é gravidez e animais de estimação, muitas dúvidas podem surgir. Afinal, o período da gestação exige cuidados redobrados com a saúde da mulher.
Além disso, a adaptação do ambiente doméstico para a chegada de um novo membro da família sugere algumas mudanças e o seu pet também deve estar preparado para isso. Quais os cuidados com os animais de estimação neste período?
É verdade que gatos causam doenças em grávidas? Posso manter os meus bichinhos em casa enquanto espero o meu bebê? Neste artigo, você vai encontrar as respostas para estas perguntas e outras dúvidas relacionadas aos animais domésticos e gravidez.
Cuidados com animais domésticos: guia para gestantes
Gatos, cachorros, coelhos, aves, répteis… Na hora de escolher um amigo do mundo animal, as opções são variadas. É verdade que a presença de um bichinho pode promover o bem-estar, ajuda a reduzir o estresse e traz benefícios para as famílias, crianças e adultos.
A interação com animais, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), também faz bem para a saúde dos pequenos. Mas e para as futuras mamães?
Ter a presença de um animal de estimação durante a gestação pode promover muitos benefícios, visto que animais são companheiros e amigos, transmitindo tranquilidade e o mais puro amor. Além disso, os bichinhos acabam se tornando os primeiros amigos do bebê.
Contudo, é preciso ter cuidado, especialmente, quanto à saúde do animal, que deverá estar em dia com o veterinário e limpeza adequada do ambiente que os mesmos transitam.
Clique para ler mais sobre Cuidados com bebê recém-nascido: atenção aos ambientes da sua casa.
O que muda com a chegada de um novo membro da família?
A chegada do bebê pode ser estressante para muitos pets. Afinal, a partir daquele momento, os pais precisam se dedicar mais ao recém-nascido e é comum que o bichinho não receba a mesma atenção de antes. Isso pode trazer estresse ao seu animal e, alguns deles, o manifestam fisicamente.
Há cães que começam a marcar território (fazer xixi) fora do lugar, por exemplo, para chamar a atenção de seus tutores. Os animais também sentem as mudanças, por isso, é preciso evitar o sentimento de abandono.
Uma dica para evitar que a adaptação seja dolorosa para eles, é incluir o seu pet nos preparativos para a chegada do bebê. Deixe que eles cheirem as roupinhas, a coberta e o berço do novo membro da família. Desta forma, os animais começam a se familiarizar com o novo amigo.
Outra dica é oferecer recompensas, como petiscos, quando o seu pet interagir positivamente com a criança. Desta forma, ele saberá que continua sendo amado pela família e que o bebê não representa uma ameaça.
Toxoplasmose na gestação: riscos e como evitar
A toxoplasmose é uma doença infecciosa, causada por um protozoário, podendo a mãe transmitir para o bebê durante a gestação, situação chamada de infecção congênita.
A doença é transmitida pelos cistos do parasita Toxoplasma gondii, que podem ser encontrados em alimentos sem o cozimento ou limpeza adequados e também nas fezes de gatos contaminados.
Na maioria dos casos, quando um humano é contaminado, os riscos são mínimos e os sintomas podem nem serem percebidos. Mas quando a gestante transmite para o bebê, há riscos de má formação do feto, danos cerebrais, problemas oculares e até aborto espontâneo.
A forma de infecção humana ocorre geralmente por via oral, ou seja, quando há a ingestão destes cistos. Portanto, o simples contato com gatos não causa a doença. Após limpar as caixinhas de areia dos felinos, lave bem as mãos com água e sabão.
Se possível, durante a gestação, delegue esta tarefa a outra pessoa. E redobre os cuidados com a higienização e preparo dos alimentos.
Aproveite para aprender mais aqui sobre Exames na gravidez: saiba quais são obrigatórios.
Doenças de cachorros em humanos
Em alguns casos, cães também podem passar doenças para humanos. A raiva, por exemplo, pode ser transmitida pelo contato da saliva do animal infectado. Já a Leishmaniose visceral, é transmitida quando a fêmea do mosquito-palha pica um cachorro infectado e, em seguida, o humano.
Estas duas doenças, no entanto, são evitáveis com medidas simples de proteção e cuidados com os animais de estimação. Certifique-se de que o seu bichinho esteja com as vacinas em dia, coloque coleiras repelentes e mantenha sempre a casa e o quintal limpos.
Alergias a animais domésticos
As alergias são reações de defesa do nosso sistema imunológico à presença de antígenos ou agentes externos. Proteínas presentes em pelos, saliva ou urina de animais como cães e gatos, por exemplo, podem desencadear uma reação alérgica.
As crises alérgicas podem ser bastante incômodas. Veja alguns sintomas de alergia a animais de estimação:
- Sensação de coceira no nariz e na garganta;
- Tosse e espirros constantes;
- Dificuldade para respirar;
- Olhos vermelhos e/ou lacrimejantes;
- Bolinhas e vermelhidão na pele.
Geralmente, as crises alérgicas são aliviadas com a ajuda de um anti-histamínico receitado pelo seu médico.
No entanto, ao identificar algum destes sinais, é preciso consultar um especialista para diagnosticar corretamente o problema, o tipo de alergia e receber o tratamento e prescrição adequados.
Cuidados para toda a família: mitos e verdades
Não é novidade que os brasileiros são apaixonados por animais. O último Censo Pet, realizado pelo Instituto Pet Brasil, estima quase 140 milhões de animais de estimação no país.
As razões para isso são diversas. Conviver com os bichinhos é garantia de ter um amigo fiel é uma ótima companhia.
Dormir com gato faz mal?
Para quem não tem alergias e mantém a higiene da casa e os cuidados com a saúde do pet, não há problema em deixar o bichano dormir na sua cama. Caso você apresente sintomas alérgicos no contato com o gatinho, a recomendação é evitar.
Dormir com cachorro transmite doença?
Não há problema em deixar o seu amigo canino dormir na mesma cama que você, desde que ele esteja saudável e você não tenha alergia à pelo de cachorro.
Certifique-se de que o seu pet está com a saúde e as vacinas em dia.
3 fatores para a convivência saudável
Zelar pela saúde dos animais domésticos é fundamental para que a convivência seja benéfica a todos os envolvidos. Assim, você retribui o amor que o seu bichinho te dá, e também cuida da sua família.
Cuide da saúde do seu bichinho
Além de carinho e atenção, o animalzinho também precisa receber os cuidados básicos de saúde, como as vacinas recomendadas, vermífugos, carrapaticidas e remédios ou coleiras anti-pulgas quando recomendadas, banho, tosa e consultas periódicas ao veterinário.
Outra dica é: não deixe de castrar o seu pet, pois isso também ajuda a evitar uma série de doenças e a procriação indesejada.
Atenção à higiene e limpeza do ambiente
A decisão de ter um pet envolve responsabilidades como os cuidados com o animal e também com a higiene do ambiente doméstico.
Mantenha o seu bichinho limpo, saudável, remova pelos, corte as unhas, quando necessário, e deixe os espaços que o animal frequenta sempre limpos. Desta forma, você irá garantir uma convivência saudável entre os bichinhos e o seu bebê.
Observe a relação entre o seu pet e o seu bebê
A interação entre um animal e um recém-nascido deve ser sempre monitorada. É preciso também se lembrar que, nesta fase, a criança ainda não possui um sistema imunológico eficiente. Por isso, fique atento a possíveis manifestações alérgicas.
Com esses cuidados, especialmente com a higiene da casa, a saúde do animal e o pré-natal, a convivência entre gestantes e animais de estimação poderá ser benéfica e saudável.
Para te ajudar a manter a saúde e os cuidados enquanto espera o seu bebê, a Unimed-BH possui uma categoria dedicada exclusivamente ao universo da maternidade no Portal Viver Bem.
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