Refluxo em bebê: o que causa, como prevenir e como tratar

Maternidade

28/02/2023

O refluxo em bebê é uma preocupação comum entre os pais. Saiba o que causa a condição e conheça as formas de prevenção e tratamento.

4 min de leitura

Refluxo em bebê: o que causa, como prevenir e como tratar

Seu filho acabou de se alimentar e regurgitou parte do leite. Esse é um acontecimento comum nos primeiros meses de vida, mas traz preocupação para os pais: o refluxo em bebê.

Na maior parte das vezes, não se trata de um caso preocupante e desaparece com o tempo. É importante, no entanto, conhecer melhor essa condição para saber identificar quando pode ser necessário procurar ajuda médica.

Refluxo gastroesofágico: o que é?

O refluxo gastroesofágico é representado pela volta do conteúdo do estômago para o esôfago. Entre esses dois órgãos, há uma região do corpo que tem a função de controlar esse retorno.

Em alguns momentos, no entanto, ela se abre e permite a volta de alguns alimentos. Muitas vezes, esse refluxo é ácido, já que, além dos alimentos ingeridos, o ácido clorídrico é secretado no estômago , sendo necessário para que a digestão aconteça corretamente.

Embora seja mais comum em bebês, qualquer pessoa, independentemente da idade, pode apresentar um pouco de refluxo, principalmente depois das refeições. Geralmente, são momentos curtos e considerados normais.

Por que o refluxo em bebê é mais frequente?

O bebê ainda apresenta imaturidade nos principais mecanismos antirregurgitação, o que se associa ao fato de ficar na posição mais deitada e sempre consumir maior quantidade ou volume de alimentos.

Eles ingerem um grande volume de leite, principalmente quando mamam exclusivamente no seio da mãe.

Por essa razão, é comum que crianças pequenas apresentem mais episódios de refluxo. O leite pode ficar no esôfago do bebê e voltar à garganta ou até mesmo sair pela boca – o vômito ou a regurgitação.

Esse quadro é mais frequente entre os dois e os quatro meses de vida. Com o crescimento, os episódios diminuem e, na maior parte das vezes, se resolvem totalmente até o primeiro ano de vida.

Prevenindo o refluxo

É possível tomar algumas ações para prevenir o refluxo em bebê. Conheça algumas medidas de prevenção:

  • Mantenha o bebê inclinado ao mamar, com a cabeça mais elevada que o tronco.
  • Mantenha-o em pé, após a amamentação, sem balançar ou dar tapinhas nas costas dele, para que ele possa arrotar.
  • Deixe a cabeceira do berço inclinada ou utilize travesseiros específicos que mantenham a cabeça e o tórax do bebê elevados.
  • Não utilize roupas e fraldas apertadas.
  • Evite troca de fraldas e banhos posteriormente à amamentação.

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Quando o refluxo se torna uma doença

Como você viu, episódios de refluxo são comuns entre os bebês nos primeiros meses depois do nascimento. Além disso, os recém-nascidos, claro, não conseguem se comunicar e explicar o que estão sentindo.

Em alguns casos, os episódios de refluxo em bebê começam a prejudicar seu crescimento e desenvolvimento e pioram sua qualidade de vida. A presença da doença está relacionada a questões como:

  • Perda de peso ou dificuldade para ganhar peso.
  • Recusa alimentar.
  • Irritabilidade.
  • Anemia.
  • Vômitos com sangue.

Cabe ao pediatra identificar o refluxo fisiológico caracterizado como doença. Esse segundo caso pode provocar complicações, o que faz com que um tratamento indicado pelo profissional de saúde seja necessário.

Refluxo em bebê: o que causa, como prevenir e como tratar

Complicações

O ácido clorídrico que volta do estômago pode começar a fazer mal ao esôfago, provocar alguma lesão e desencadear alguns dos sintomas relacionados à “doença do refluxo”.

Esse ácido pode causar a inflamação do órgão, chamada esofagite, provocando dor, queimação e até vômito no bebê. Quando a dor é muito intensa, muitas vezes ele se recusa a comer, o que pode prejudicar o ganho de peso e a sua saúde como um todo.

Além disso, quando o conteúdo volta à garganta ou à região de entrada do ar para a respiração, a criança pode manifestar uma pneumonia de aspiração.

Fatores de risco

Existem fatores de risco para a doença do refluxo, e ela é mais comum em alguns grupos:

  • Crianças com problemas neurológicos.
  • Bebês prematuros, obesos ou portadores de doenças pulmonares.
  • Crianças com malformações congênitas do sistema digestório.

Quando procurar ajuda?

É fundamental levar o bebê ao pediatra quando sentir que ele está apresentando mais irritabilidade, está mais choroso e demonstra desconforto. O acompanhamento regular é importantíssimo, inclusive para que o profissional identifique alterações de peso não esperadas para a idade.

O choro e o incômodo dos bebês podem ter outras causas e, muitas vezes, coincidem com as “golfadas” ou vômitos. Por isso, tire todas as suas dúvidas no consultório de pediatria.

Diagnóstico confirmado. E agora?

Se o refluxo for confirmado como uma doença, é necessário iniciar um tratamento com medicamentos prescritos pelo pediatra. Normalmente são utilizadas medicações para diminuir as dores e a produção do ácido que prejudica o esôfago.

Medicações para curar possíveis inflamações causadas pela condição também podem ser indicadas. Cada caso é tratado de uma forma e é primordial levar em consideração as orientações do seu médico e jamais iniciar tratamentos sem a supervisão dele.

A importância do acompanhamento regular

Você viu que o refluxo em bebê é comum e, na maior parte dos casos, não significa a presença de uma doença. Durante o crescimento e o desenvolvimento, é imprescindível manter o acompanhamento regular para garantir a saúde e o bem-estar do seu filho.

As consultas de rotina são muito necessárias para assegurar que tudo está correndo da melhor maneira possível. O Viver Bem preparou um material específico sobre esse assunto, para que você se informe e saiba quando é necessário procurar ajuda.

Acesse: Consulta pediátrica: a importância do acompanhamento regular

Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
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