Inhotim: tudo sobre o museu e motivos para conhecer
23/02/2022
Já pensou em como deve ser a experiência de contemplar a arte em meio à natureza exuberante? Assim é uma visita ao Inhotim. Veja todas as dicas para aproveitar o passeio!
7 min de leitura
Se você ainda não conhece o Inhotim, museu a céu aberto em Brumadinho, pertinho de BH, continue lendo este artigo e veja o que está perdendo.
E se você já visitou o local, sabe que um dia só para visitação nunca é suficiente. Afinal, o espaço grandioso reúne um acervo único de arte contemporânea e espécies botânicas raras que atraem turistas do mundo inteiro.
Além das instalações fixas, há também as obras e exposições itinerantes, fazendo com que cada visita seja única e cheia de novidades.
Inhotim: o que significa?
A origem do nome Inhotim é incerta. Mas a teoria que mais se popularizou entre os moradores é que o nome remete a um minerador inglês conhecido como Sir Timothy que teria morado na região.
Traduzindo, então, a alcunha do senhor Tim para o “mineirês”, ele se tornou o Nhô Tim, ou simplesmente, Inhotim.
Quando foi fundado o Instituto?
O museu foi fundado em 2002 sob o nome de Instituto Cultural Inhotim, com o objetivo de concentrar a produção e exposição de obras de arte. Mas o espaço só foi aberto ao público em 2006.
Por que você deve conhecer?
Há inúmeros fatores que tornam o Museu do Inhotim uma atração turística única. Não por acaso, o espaço recebe, anualmente, milhares de visitantes de todos os lugares do Brasil e do mundo.
Para se ter uma ideia, somente em 2019, foram contabilizados 267.932 de visitantes, segundo o relatório institucional do Inhotim. Além disso, cerca de 3 milhões de pessoas já passaram por lá, desde 2006.
Veja alguns motivos para conhecer o Inhotim:
- Localização privilegiada, abarcando as vegetações da Mata Atlântica e do Cerrado.
- Aproximadamente 700 obras de mais de 60 artistas, vindos de 40 países.
- Jardim botânico com mais de 4.300 espécies botânicas raras, acervo originado de todos os continentes.
Ou seja, você irá conhecer obras de artistas nacionais e internacionais, amostras de vegetação nativa de todas as regiões do mundo, além de ter a experiência única de contemplar a arte integrada à natureza.
Onde fica Inhotim: como chegar e onde ficar?
O museu fica em Brumadinho, a cerca de 60 quilômetros de BH, o que dá, em média, 1h15 de carro saindo da capital mineira para visitar o local.
Por isso, é possível fazer um bate-volta e conhecer um pouquinho do Instituto em apenas um dia. Mas será que este período é suficiente diante de tudo o que há para ver em Inhotim?
Principais meios de transporte
Se você quer saber como ir de Belo Horizonte a Inhotim, saiba que o carro não é a única opção.
Mas neste caso, o melhor acesso é pela BR-381, passando por Mário Campos, ou pela BR-040, passando por Piedade do Paraopeba. E o estacionamento no local é gratuito para visitantes.
Para ir de ônibus ao Inhotim, a opção é o Transfer Belvitur, que sai da Savassi nos dias úteis, fins de semana e feriados, às 8h, e retorna por volta das 17h. A passagem deve ser comprada com pelo menos um dia de antecedência à data que pretende visitar, por meio deste link.
Também é possível ir em um ônibus de viagem, da viação Saritur, saindo direto da rodoviária de Belo Horizonte, ou da avenida do Contorno, no bairro Santa Efigênia. Você pode comprar a passagem pela internet, ou de forma presencial, direto na bilheteria da rodoviária.
Hospedagem e staycation
Em um espaço de 140 hectares de natureza, obras, exposições e instalações artísticas, cultura e história, a dica é dedicar mais do que apenas um dia para conhecer o museu a céu aberto.
Esta é uma boa oportunidade para fazer o staycation, a prática de turistar perto de casa. Assim, você também pode aproveitar e visitar locais na região que proporcionam uma bela vista da Serra da Moeda.
Em Brumadinho e nas cidades vizinhas, há opções de hospedagem para todos os gostos, bolsos e famílias.
Museu Inhotim: o que ver, fazer e como visitar
Programe-se para visitar o Inhotim! Em meio a tantas atrações, é até difícil escolher o que visitar primeiro. Por isso, preparamos um guia prático para te ajudar nessa missão.
Atrações imperdíveis para conhecer em um dia!
Quando falamos no Instituto Inhotim, lembramos de algumas instalações clássicas do espaço, como as famosas paredes coloridas no meio do jardim. E esta é somente uma das obras que você precisa conhecer.
Galeria Praça
Geralmente, é o primeiro espaço a ser visitado, já que se situa bem perto da recepção. Além de um espaço para instalações temporárias, ela também abriga obras fixas de três artistas, como a Forty Part Motet, de Janet Cardiff, uma instalação sonora em 40 canais cantada pelo coro da catedral de Salisbury.
As outras obras são “Abre a porta” e “Rodoviária de Brumadinho”, murais com representações de um cortejo religioso de matriz africana e do terminal rodoviário da cidade, respectivamente. Elas são de autoria dos artistas John Ahearn e Rigoberto Torres.
Instalações vermelhas
Há duas obras fixas no local, conhecidas pela predominância do tom vermelho. Uma delas é a instalação “True Rouge”, do artista Tunga, montada com redes, recipientes de vidro, tinta vermelha, esponja, bolas de sinuca e outros objetos.
A outra instalação é o “Desvio para o vermelho I, II e III”, de Cildo Meireles. São três ambientes interligados e decorados com objetos predominantemente vermelhos, incluindo o chão, móveis e demais ferramentas.
O som da terra
A instalação Sonic Pavilion, do artista Doug Aitken, é uma obra mais afastada das demais. Trata-se de um pavilhão construído em aço e vidro e com um poço tubular de mais de 200 metros de profundidade e equipamentos de amplificação sonora, que dão a sensação de ouvir os sons das profundezas da terra.
Paredes coloridas
A instalação externa tão presente nas fotos de quem visita o Museu Inhotim, composta por paredes coloridas, é a Invenção da Cor, Penetrável Magic Square #5, de Hélio Oiticica.
Cosmococa
A galeria Cosmococa possui cinco ambientes desenvolvidos pelos artistas Hélio Oiticica e Neville D’Almeida, que abarca instalações diversas, incluindo projeções audiovisuais.
Algumas obras são interativas e sensoriais, ou seja, o público passa a integrar as instalações de forma ativa, trabalhando os seus sentidos.
A instalação CC4 Nocagions, por exemplo, conta com uma piscina iluminada e projeções visuais e sonoras, que oscilam em intensidade e volume.
5 dicas de ouro: a Unimed-BH ajuda a planejar seu tour
Agora que você já viu alguns dos muitos motivos para conhecer o Inhotim, é hora de planejar a sua visita.
1. Visitação e funcionamento
O Inhotim está aberto para visitação de quarta a sexta-feira, das 9h30 às 16h30, e também nos finais de semana e feriados, entre 9h30 e 17h30.
A capacidade do espaço é limitada a 1500 pessoas por dia durante a pandemia e os ingressos devem ser comprados de forma antecipada pela internet, neste link.
2. Valor de entrada
Para um dia de visitação, a entrada custa R$ 22 (meia) e R$ 44 (inteira), mas na última sexta-feira de cada mês, ela é gratuita. Mesmo assim, é preciso retirar o ingresso de forma antecipada por meio deste link. Crianças até 5 anos não pagam.
3. Tour e aluguel de carrinho
Pessoas com restrições de mobilidade ou que preferem não percorrer grandes distâncias no Inhotim, podem agendar o uso de um transporte interno, espécie de “carrinho de golfe” para se locomover no espaço.
O agendamento do carrinho, que pode ser usado pelo visitante e seu acompanhante, deve ser feito na recepção do museu com 50 minutos de antecedência à visita. O Instituto também disponibiliza o empréstimo de cadeiras de rodas para pessoas com mobilidade reduzida.
E para quem prefere ter a visita guiada no espaço, é possível aproveitar a mediação dos educadores do Inhotim. Há opções de visitas mediadas no Instituto Inhotim, desde as focadas na botânica do espaço, até as que abrangem as novas instalações do acervo.
Elas são gratuitas com partida na recepção do parque, onde o visitante pode obter mais informações sobre os tipos de visitas e o horário de saída do próximo grupo.
4. Opções de alimentação
Não é permitido levar alimentos e bebidas alcoólicas para o Inhotim, tampouco, realizar piqueniques no espaço.
Para fazer um lanche, tomar um café ou almoçar, o museu conta com 6 estabelecimentos em diversos pontos do Instituto. Eles estão sinalizados e também indicados no mapa que o visitante recebe ao chegar na recepção.
5. O que levar e a importância de usar looks confortáveis
Para quem deseja a experiência completa do Inhotim, percorrendo todas as distâncias e aproveitando para contemplar a paisagem e a vegetação do local, é importante se preparar para a caminhada!
Por isso, dê preferência a roupas leves e calçados confortáveis, tenha uma garrafinha de água em mãos, use protetor solar e, nos dias de mais calor, utilize também bonés, chapéus e/ou óculos escuros.
Na pandemia, é importante se atentar a alguns protocolos estabelecidos para a segurança dos visitantes e funcionários. O serviço de guarda-volumes está suspenso, portanto, opte por levar somente o necessário.
Sendo assim, prefira uma mochila compacta ou bolsa leve que comporte sua carteira, documentos, óculos, celular e garrafinha de água.
Além disso, é preciso usar máscara de proteção durante toda a visita e em todos os espaços, exceto durante a alimentação. No local, há diversos displays de álcool em gel para uso dos visitantes.
Já conhece o Inhotim? Deixe um comentário contando a sua experiência.
Se você já visitou o Museu Inhotim, mas não conseguiu conhecer todos os ambientes, ou se ainda não foi e quer uma pista das atrações, veja a série documental Inhotim na plataforma de streaming Netflix, onde curadores e diversos artistas revelam particularidades sobre o trabalho.
Ela foi premiada no 18º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e possui 13 episódios que, embora não substituam a visita presencial, constituem um adendo para quem se interessa por grandes obras da arte contemporânea.
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