Câncer de bexiga: sintomas, diagnóstico e tratamento

Prevenção e Controle

10/10/2023

A informação é um sinônimo de prevenção. Informe-se neste artigo sobre o que é câncer de bexiga, quais são os sintomas, os tratamentos e as maneiras de evitá-lo.

4 min de leitura

Câncer de bexiga: sintomas, diagnóstico e tratamento

O câncer de bexiga é uma condição de saúde que afeta milhares de brasileiros todos os anos. Por isso, é fundamental se informar a respeito dessa doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, que se baseou em dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que 11.370 pessoas tenham sido diagnosticadas com câncer de bexiga apenas em 2022.

Neste artigo especial do Viver Bem, o portal de saúde da Unimed-BH, você vai saber o que é o câncer de bexiga, quais são as causas, os fatores de risco, os sintomas e os tratamentos, entre outros detalhes. Aproveite a leitura!

O que é o câncer de bexiga?

A bexiga é um órgão que tem a função de armazenar a urina produzida pelos rins até que ela seja eliminada do corpo. O câncer de bexiga, por sua vez, é representado por tumores que se desenvolvem nas células que cobrem esse órgão.

Tipos

A doença é classificada em três tipos, que variam de acordo com a célula afetada. São eles:

  • Carcinoma de células de transição: também chamado de “carcinoma urotelial”, representa a maior parte dos casos de câncer de bexiga e tem início nas células do tecido interno do órgão.
  • Carcinoma de células escamosas: este tipo se desenvolve nas células delgadas e planas que surgem na bexiga após episódios prolongados de infecção ou irritação.
  • Adenocarcinoma: neste caso, o câncer tem início nas células glandulares, que também podem se formar no órgão posteriormente a infecção ou irritação prolongada.

Nas situações em que está limitado ao revestimento do órgão, o câncer de bexiga é considerado superficial. Por outro lado, quando ele tem início nas células de transição, é possível que a doença seja mais invasiva e tenha maior chance de se disseminar, afetando órgãos próximos ou gânglios linfáticos.

Fatores de risco

Determinados fatores aumentam o risco do desenvolvimento do câncer. São eles:

  • Raça, gênero e idade: homens com faixa etária mais avançada e brancos.
  • Tabagismo: o cigarro, de acordo com o Ministério da Saúde, triplica o risco do câncer de bexiga.
  • Exposição a compostos químicos: o risco também aumenta para a população exposta a determinadas substâncias, como azocorantes, benzeno, benzidina, cromo/cromatos, aminas aromáticas, entre outras.

Em razão do contato com compostos químicos que se relacionam ao câncer de bexiga, são considerados do grupo de risco pessoas que trabalham nas seguintes áreas:

  • Agricultura
  • Fundição
  • Extração de óleos e gorduras animais
  • Construção
  • Mineração e siderurgia
  • Indústria têxtil
  • Manufatura de eletroeletrônicos
  • Entre outros

Sinais e sintomas do câncer de bexiga

Alguns sintomas são comuns em casos de câncer de bexiga. Entre eles, a presença de sangue na urina é o mais comum, mas os pacientes também podem queixar-se de dor durante o ato de urinar e necessidade frequente de ir ao banheiro.

É importante destacar que esses são apenas sinais de alerta, mas eles podem representar a presença de outros problemas. É fundamental procurar ajuda médica tanto para confirmar quanto para descartar o diagnóstico.

Como é feito o diagnóstico?

Para fazer o diagnóstico do câncer, são realizados exames de urina e de imagem, entre eles tomografia computadorizada e cistoscopia – este último é utilizado para fazer uma investigação interna do órgão, podendo também retirar células para biópsia.

As chances de cura são muito maiores nos casos em que o diagnóstico é precoce. Portanto, não deixe de se consultar com um médico para averiguar os sintomas.

Câncer de bexiga: sintomas, diagnóstico e tratamento
Tratamento

Os tratamentos para o câncer de bexiga vão variar de acordo com o grau de evolução da doença no organismo, entre outros detalhes. Uma cirurgia pode ser necessária. Conheça três opções de procedimentos:

  • Ressecção transuretral: nesse caso, o médico faz a remoção do tumor por via uretral.
  • Cistectomia parcial: uma parte da bexiga é retirada na cirurgia.
  • Cistectomia radical: o órgão é totalmente removido e, posteriormente, a equipe médica constrói um novo órgão para armazenamento de urina.

Nas situações em que as lesões estão em estágio inicial, não exigindo a retirada de todo o órgão, o médico também pode fazer a administração da vacina BCG dentro da bexiga do paciente, após a remoção do tumor, para evitar a recorrência da doença.

A radioterapia e a quimioterapia também são opções de tratamento e vão ser usadas a depender da gravidade e da extensão da doença. Após o tratamento, é necessário fazer um acompanhamento médico regular.

Formas de prevenção

É possível apostar em formas de prevenção para evitar o câncer de bexiga. Um dos pontos principais é não fumar e evitar o tabagismo passivo, já que ele também expõe o indivíduo ao risco de desenvolver a doença.

Evitar a exposição aos derivados do petróleo, inclusive tintas, também é uma maneira de se prevenir. Confira o artigo sobre o tabagismo no Viver Bem:

Cessação do tabagismo: 8 dicas para parar de fumar

Cuidado com o uso de medicamentos

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Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
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