Herpes labial: como identificar, amenizar sintomas e evitar a disseminação?

Prevenção e Controle

20/08/2021

Apresenta sintomas da herpes com frequência e quer saber como amenizar o problema? Este artigo é para você. Saiba como aliviar os sintomas da herpes labial e evitar os gatilhos para o surgimento da doença.

4 min de leitura

Herpes labial: como identificar, amenizar sintomas e evitar a disseminação?

Quando se fala em herpes labial, muitas pessoas associam a doença a um de seus sintomas mais conhecidos: o surgimento de lesões e bolhas agrupadas nos lábios.

Saiba que é possível evitar a recorrência do herpes labial, por meio da prevenção dos fatores que costumam desencadear as crises. Para isso, o primeiro passo é se informar sobre o assunto. Continue lendo este artigo sobre o herpes labial.

O que é herpes labial?

O herpes labial é uma doença contagiosa causada pelo vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1). O contato com o vírus ocorre geralmente na infância, mas muitas vezes a doença não se manifesta nesta época. O vírus atravessa a pele e, percorrendo um nervo, se instala no organismo de forma inativa, até que venha a ser reativado.

A reativação do vírus pode ocorrer devido a diversos fatores desencadeantes, tais como:

  • Exposição à luz solar intensa;
  • Fadiga física e mental;
  • Períodos de estresse;
  • Febre ou outras infecções que diminuam a resistência orgânica.

Algumas pessoas têm maior possibilidade de apresentar os sintomas do herpes. Outras, mesmo em contato com o vírus, nunca apresentam a doença, pois sua imunidade não permite o seu desenvolvimento.

Os sinais mais comuns são o surgimento de bolhas, lesões, manchas vermelhas e feridas dolorosas nos lábios. Mas a infecção também pode acometer a gengiva, faringe, língua, céu da boca, interior das bochechas e, às vezes, até a face e o pescoço.

Como é transmitida?

O herpes labial é transmitido por meio do contato direto com a região afetada de alguém contaminado com a doença. Ou seja, a forma de contágio pode acontecer por meio de:

  • Gotículas de saliva;
  • Beijo;
  • Contato com objetos contaminados;
  • Contato com lesões, feridas ou líquidos de bolhas de uma pessoa com herpes.

Porém, a maioria das pessoas se contaminam com o vírus herpes simplex tipo 1 ainda na infância, quando o contato com secreções orais é muito comum.

Sintomas do herpes labial

As típicas lesões do herpes labial surgem nas reativações do vírus. Alguns pacientes conseguem saber quando uma reativação do herpes está a caminho.

Geralmente, esse aviso vem em forma de formigamento, dor, queimação e/ou coceira nos lábios, ou em outro local da pele onde podem acontecer as lesões características da doença. Na sequência, o herpes se apresenta da seguinte forma:

  • Formam-se pequenas bolhas agrupadas como num buquê sobre área avermelhada e inchada;
  • As bolhas rompem-se liberando líquido rico em vírus e formando uma ferida. É a fase de maior perigo de transmissão da doença;
  • A ferida começa a secar formando uma crosta que dará início à cicatrização.

Em geral, as manifestações do herpes duram cerca de 5 a 10 dias.

O herpes labial pode apresentar várias recorrências durante um ano ou apenas uma ou duas durante toda a vida. Esta frequência é determinada por vários fatores, entre eles a competência do sistema imune do paciente e o tipo de vida que o mesmo leva. Conforme os anos vão passando, as recorrências vão ficando cada vez mais fracas e espaçadas.

Herpes simples labial: como tratar?

Nas reativações do herpes labial, o tratamento vai depender do quão frequentes são as recorrências e da intensidade dos sintomas. O médico, ao analisar cada caso individualmente, determina os melhores medicamentos.

Pacientes com crises raras e pouco sintomáticas podem não precisar de tratamento algum, no máximo alguma pomada com anestésico para reduzir a dor.

Os pacientes com recorrências mais frequentes, principalmente aqueles que apresentam sinais de aviso antes das lesões surgirem, podem se beneficiar do uso precoce de antivirais.

Em geral, os melhores resultados são obtidos com medicamentos por via oral, iniciados o mais rapidamente possível após os primeiros sintomas. Os remédios antivirais em forma de pomada apresentam eficácia menor do que o uso de antivirais por via oral.

O tratamento é individualizado, por isso busque a orientação de um profissional e procure manter o estilo de vida saudável.

Prevenção das infecções pelo herpes

Como a infecção pelo herpes é contagiosa, as pessoas com infecção dos lábios devem adotar alguns hábitos para a prevenção da transmissão da doença, como:

  • Evitar beijar assim que sentirem o primeiro formigamento (ou, se nenhum formigamento for sentido, quando aparecer uma bolha) até que a ulceração esteja totalmente curada;
  • Não compartilhar objetos pessoais como copos, talheres, batom e, se possível, não devem tocar nos lábios;
  • Evitar o sexo oral; e
  • Higienizar sempre bem as mãos após manipular as feridas pois a virose pode ser transmitida para outros locais de seu próprio corpo, especialmente as mucosas oculares, bucal e genital.

Para prevenir as reativações, as pessoas com infecção pelo vírus herpes simplex, devem evitar atividades e outros fatores conhecidos por originar as reincidências.

Por exemplo, pessoas com infecção oral por HSV desencadeada por raios solares, devem evitar ao máximo a exposição ao sol ou usar um protetor solar quando isso não puder ser evitado.

A adoção de hábitos saudáveis é importante para potencializar a imunidade e evitar o aparecimento recorrente dos sintomas do herpes. Além disso, altos níveis de estresse também são fatores desencadeantes de crises de herpes.

Por isso, cuidar da saúde é fundamental, inclusive, da saúde mental. A Unimed-BH preparou um conteúdo especial focado nesse tipo de cuidado: Como cuidar da saúde mental.

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Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
Conteúdo validado por Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH

Equipe responsável por prover conteúdos em soluções assistenciais para clientes, profissionais e prestadores da Unimed-BH, assim como para a sociedade como um todo.

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