Dor abdominal: conheça as principais causas e saiba como evitar

Prevenção e Controle

05/09/2024

Quais são as causas da dor abdominal? Como diagnosticar? Informe-se e receba dicas para cuidar melhor da sua saúde digestiva.

4 min de leitura

Dor abdominal: conheça as principais causas e saiba como evitar

A dor abdominal, também conhecida como “dor de barriga”, é uma das queixas mais comuns entre pessoas de todas as idades. Ela pode variar desde um leve desconforto até uma dor intensa, que muitas vezes assusta e preocupa.

Essa é uma manifestação que pode estar associada a diversas causas, desde problemas digestivos simples até condições médicas graves que requerem intervenção imediata de um profissional de saúde.

Neste artigo, o Viver Bem explica quais são as principais causas da dor abdominal, os tratamentos mais indicados e dicas para você melhorar sua saúde digestiva.

Dor abdominal: conheça os tipos

A dor abdominal pode se originar em diferentes partes do abdômen e do tórax e está associada a diversas causas. Essas dores podem ser classificadas em três tipos principais: visceral, somática e referida. Continue lendo para conhecer cada um deles.

Dor visceral:

surge dos órgãos internos da cavidade abdominal e geralmente é difícil de localizar. Ela pode ser causada pelo aumento do volume de um órgão ou pela contração dos músculos ao redor. Exemplos de condições que causam dor visceral incluem gastrite e diverticulite.

Dor somática:

aguda e resulta da irritação ou lesão do peritônio, a membrana que reveste a cavidade abdominal. Essa dor é mais fácil de localizar e pode indicar inflamações ou infecções graves. A apendicite aguda pode evoluir com acometimento do peritônio e causar uma dor somática. Nesse estágio, a apendicite deve ser abordada de forma mais rápida.

Dor referida:

é aquela que se manifesta em uma área distante da fonte original do problema. Por exemplo, uma doença da vesícula biliar pode causar dor na escápula, embora a vesícula esteja localizada no abdômen.

O que pode causar dor abdominal?

A dor abdominal pode ter diversas causas. Para que você se mantenha informado, reunimos algumas das principais abaixo.

  1. Problemas relacionados à digestão: quando ingerimos alimentos mais gordurosos ou quando existe algum tipo de intolerância, é possível haver dor e distensão abdominal, além de eructação (arroto) e aumento de gases.
  2. Úlceras gástricas: é chamada de “gastrite” e, se houver uma região mais inflamada e com lesão localizada, muitas vezes associada a sangramentos, denominamos esse quadro de “úlcera”. A úlcera gástrica pode causar dor abdominal de forte intensidade, geralmente descrita como queimação.
  3. Apendicite: a inflamação do apêndice é uma emergência médica comum, caracterizada por dor inicialmente na região do umbigo que posteriormente se localiza no lado inferior direito do abdômen.
  4. Pancreatite: a inflamação do pâncreas é uma condição grave que provoca dor intensa no abdômen superior, frequentemente irradiando para as costas. Essa dor piora com a alimentação e pode estar associada a vômitos.

Em casos de outras doenças, o indivíduo pode ser acometido pela peritonite, ou seja, uma condição secundária. Trata-se da inflamação do peritônio, uma condição grave e dolorosa e que geralmente indica um problema abdominal sério, como a ruptura de um órgão ou infecção grave.

Vale destacar que essas são apenas algumas das possíveis causas da dor abdominal. Existem diversos outros fatores que podem contribuir para manifestações do tipo. Por essa razão, é fundamental ficar atento aos sinais de alerta e procurar ajuda especializada.

A gastroenterite aguda também pode causar dor abdominal. Leia este artigo:

Gastroenterite aguda: sintomas, prevenção e tratamento

Sinais de alerta: quando procurar ajuda médica

Embora muitas dores abdominais não apresentem riscos à saúde e se resolvam sozinhas, algumas podem sinalizar problemas graves que exigem intervenção médica imediata. É extremamente importante estar atento aos sinais de alerta, como:

  • Dor intensa e súbita: dores que surgem de forma abrupta e intensa podem indicar condições graves, como uma apendicite ou uma perfuração intestinal. Normalmente essas dores não aliviam com o uso de medicação habitual.
  • Sinais de choque: sintomas como sudorese excessiva, confusão, baixa pressão arterial e frequência cardíaca acelerada podem indicar choque, uma condição médica de emergência.
  • Parada de eliminação de flatos e fezes: junto com distensão abdominal, esses sintomas podem indicar obstrução intestinal.

Nesses casos, a recomendação é buscar atendimento médico imediato para uma avaliação detalhada. Em outras situações, mesmo que o problema não pareça grave, é indicado consultar um médico a fim de investigar as causas e fazer eventuais tratamentos.

doutor falando e mostrando resultado de exame para  paciente

Exames para diagnóstico

O diagnóstico da dor abdominal começa com uma história clínica detalhada e um exame físico minucioso. O médico avaliará a localização, a natureza e a intensidade da dor, além de quaisquer sintomas associados, como náusea, vômito ou febre.

Com base nessas informações, o médico pode iniciar o tratamento diante da suspeita clínica. Em algumas situações, serão necessários exames complementares.
Os exames de sangue, facilmente acessíveis e pouco invasivos, geralmente ajudam em algumas situações, como no diagnóstico de pancreatite ou no de alguma infecção abdominal.

Exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada e endoscopia, podem ser solicitados em situações específicas para auxiliar no diagnóstico.

Prevenção e cuidados para manter a qualidade de vida

Embora determinadas causas de dor abdominal sejam imprevisíveis, muitas outras podem ser prevenidas com mudanças simples no estilo de vida e no dia a dia.

Manter uma alimentação equilibrada, rica em fibras e com pouca gordura, certamente previne problemas como refluxo, gastrite e constipação. Além disso, a prática regular de exercícios físicos contribui para a saúde digestiva e sem dúvida evita o excesso de gases e a obesidade, ambos fatores de risco para várias condições abdominais.

Evitar o uso abusivo de álcool e o tabagismo também são medidas importantes para prevenir doenças hepáticas e outras complicações gastrointestinais. Por fim, mas também muito relevante: é fundamental não fazer a automedicação. Medicamentos só devem ser administrados sob orientação médica.

Leia também:

Saúde digestiva: 7 cuidados indispensáveis

E-book gratuito sobre o uso de medicamentos

Como você viu, o uso de medicamentos é um assunto sério. Diante desse cenário, o Viver Bem preparou um e-book completo para tirar todas as suas dúvidas sobre administração e armazenamento de medicamentos. Você pode acessar o conteúdo gratuitamente agora! Clique aqui ou na imagem abaixo.

Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
Conteúdo validado por Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH

Equipe responsável por prover conteúdos em soluções assistenciais para clientes, profissionais e prestadores da Unimed-BH, assim como para a sociedade como um todo.

Esse conteúdo foi útil para você?
Sim Não
×

Comentários