Sintomas de insuficiência cardíaca: como reconhecer os sinais

Prevenção e Controle

09/03/2021

Atualizado em 29/09/2022

Você conhece os sintomas de insuficiência cardíaca? Entenda a importância de reconhecer os sinais e saiba tudo sobre a condição neste artigo do Viver Bem.

6 min de leitura

Sintomas de insuficiência cardíaca: como reconhecer os sinais

Distinguir os sintomas de insuficiência cardíaca é fundamental para que sejam detectados eventuais sinais da condição. Trata-se de uma doença que requer alerta e cuidados constantes.

A síndrome afeta o funcionamento do coração e impede que ele bombeie e direcione o sangue e o oxigênio para atender às necessidades do corpo de forma eficaz. Por prejudicar um órgão vital, o diagnóstico pode causar preocupação e insegurança no paciente e em seus familiares.

É possível, no entanto, manter a qualidade de vida e o bem-estar e conviver com a doença. Continue lendo este artigo e conheça os sintomas de insuficiência cardíaca, o tratamento, a medicação utilizada e outros detalhes importantes.

Sintomas de insuficiência cardíaca

Saber quais são os sintomas de insuficiência cardíaca é fundamental para atuar de forma preventiva e evitar episódios de descompensação cardíaca. Entre as causas mais comuns da condição, estão: hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares (como doença arterial coronariana e cardiopatia congênita).

Alguns fatores como idade avançada, obesidade, sedentarismo, tabagismo e alcoolismo também podem contribuir para o surgimento do distúrbio. Doenças cardiovasculares associadas a fatores comportamentais geralmente apresentam risco maior para o paciente.

Entre os sintomas de insuficiência cardíaca, estão:

● Dificuldade respiratória, principalmente ao se deitar.
● Respiração curta e ofegante, mesmo sem esforço físico.
● Tosse seca.
● Fraqueza e cansaço extremos.
● Retenção de líquido e inchaço nos pés, tornozelos, pernas e abdômen e consequente ganho de peso.
● Náuseas, saciedade rápida e perda de apetite constante.
● Dificuldade de concentração.
● Batimento cardíaco rápido ou irregular.

Na presença de dois ou mais sintomas de insuficiência cardíaca, um médico especializado em cardiologia deverá realizar exames físicos para uma análise completa.

Exames de imagem auxiliam na identificação da função ventricular e de outras características importantes para o funcionamento do coração e também podem ser solicitados.

Insuficiência cardíaca descompensada

A insuficiência cardíaca descompensada, ou descompensação cardíaca, é uma alteração do quadro clínico do paciente, levando-o à necessidade de tratamentos urgentes.

Ela pode ocorrer por causa do agravamento de sintomas de insuficiência cardíaca em pacientes crônicos, ou seja, já diagnosticados com a doença, mas também em pessoas sem sinais prévios da condição.

Pacientes diagnosticados com insuficiência crônica podem identificar um quadro da descompensação cardíaca quando há aumento de sinais e sintomas mesmo em repouso, como respiração ofegante, batimento cardíaco irregular e pressão arterial elevada.

Há o risco de pessoas que não têm diagnóstico da condição apresentarem episódios de descompensação cardíaca associados a crises hipertensivas, a infarto agudo do miocárdio, entre outras situações clínicas relacionadas.

Tratamento de insuficiência cardíaca

Viver com insuficiência cardíaca requer alguns cuidados e medidas para controlar a condição e evitar episódios de descompensação. O acompanhamento médico regular e uma postura de cuidado ativo vão garantir qualidade e bem-estar ao paciente.

O tratamento consiste em três pontos básicos: hábitos saudáveis, uso de medicações e acompanhamento médico, a fim de identificar qualquer ponto que signifique piora da condição.

Entre os hábitos saudáveis que devem ser cultivados para controlar a doença e prevenir episódios de insuficiência cardíaca descompensada, estão:

1 – Praticar atividades físicas

A prática de atividade física regular orientada por um médico de confiança – nesse momento, em alguns casos, pode ser indicada a busca pela perda de peso, a inclusão de uma dieta regrada e sem excesso de sal e gorduras e o cuidado com a saúde mental, já que o estresse e a ansiedade têm efeitos negativos na função cardíaca.

2 – Evitar o cigarro e o álcool

Evitar o uso de tabaco e álcool também é fundamental para combater os sintomas de insuficiência cardíaca e a evolução dos quadros.

3 – Fazer acompanhamento médico

O acompanhamento médico para pessoas com a condição tem o objetivo de formular o plano de tratamento, orientá-lo a respeito do uso correto de medicamentos, prescrever e analisar exames de rotina e indicar exercícios, dietas e restrições necessárias para manter o quadro estável.

4 – Manter a checagem diária do quadro

A checagem diária de pacientes diagnosticados é fundamental para detectar qualquer evolução de sinais e sintomas de insuficiência cardíaca. Para tanto, inclui o registro diário de peso e o controle da pressão arterial e da frequência cardíaca.

É importante que o paciente reserve um tempo para fazer essa checagem diariamente e compare a disposição para realizar tarefas, a qualidade do sono e a respiração ao se deitar.

Como detectar episódios de descompensação cardíaca?

A insuficiência cardíaca descompensada pode ocorrer em pacientes com diagnóstico prévio de IC e em pacientes que não apresentem casos crônicos da doença. Em qualquer uma das hipóteses, o atendimento médico de urgência é crucial para evitar consequências graves e até mesmo o óbito.

No caso da presença dos sintomas de insuficiência cardíaca citados anteriormente, é preciso ficar atento e conversar com um médico de confiança.

Alguns sinais mais sérios de insuficiência cardíaca, porém, podem representar pioras significativas no quadro. Por isso, é necessário procurar atendimento médico imediatamente ao verificar os seguintes sinais:

● Falta de ar grave e constante, mesmo em repouso.
● Dor no peito e dificuldade para respirar.
● Confusão mental.
● Batimento cardíaco irregular e/ou acelerado.

Atenção e cuidado são essenciais! O atendimento de urgência é crucial para o sucesso de tratamentos de insuficiência cardíaca descompensada e pode salvar vidas.

Sintomas de insuficiência cardíaca
Medicamentos para tratar a insuficiência cardíaca

Entre os cuidados para evitar a piora do quadro e os sintomas de insuficiência cardíaca está o uso de medicações. É fundamental seguir à risca as orientações médicas e não interromper a administração dos medicamentos, mesmo durante as férias ou os fins de semana.

Alguns dias sem a medicação correta para essa condição podem interferir na eficácia do tratamento previsto, ocasionando a evolução da doença e impactando negativamente a qualidade de vida do paciente.

É fundamental entender que os medicamentos para insuficiência cardíaca são tomados para o resto da vida. Ao longo do tratamento, eles precisarão ser ajustados, principalmente nos primeiros meses de uso ou caso os sintomas piorem. Em muitos casos, é necessário tomar diferentes remédios ao mesmo tempo.

Adesão medicamentosa para insuficiência cardíaca

A adesão medicamentosa para insuficiência cardíaca é essencial para o bom gerenciamento do distúrbio. Isso porque os medicamentos são muito importantes no tratamento dessa condição e ajudam no combate aos sintomas de insuficiência cardíaca e na evolução do quadro.

● O coração bate melhor.
● Os sintomas como acúmulo de líquidos e falta de ar são controlados.
● A progressão da doença passa a ser mais lenta.
● O paciente se mantém longe do hospital e vive mais e melhor.

O medicamento indicado varia conforme o histórico do paciente e o tipo de insuficiência cardíaca que ele apresenta. Quem vai definir como será o tratamento, bem como os remédios que vão compor a terapia, será o profissional de saúde.

Recomendações

A indicação médica é de que o paciente nunca interrompa a medicação por conta própria. Confira as recomendações para a administração correta dos medicamentos para a insuficiência cardíaca.

1. Aprenda sobre os medicamentos que você usa

Esclareça todas as suas dúvidas com seu médico e pergunte sobre a finalidade e os benefícios do uso do medicamento, os possíveis efeitos colaterais, as reações adversas ou os riscos.

2. Exponha sua preferência ao médico e veja se é possível ajustá-la de acordo com sua rotina

Certifique-se sobre as instruções de uso do medicamento: dosagem, intervalo, horários e outros detalhes. Procure saber como o medicamento pode afetar sua rotina diária e se o uso deve ser interrompido em razão de algum efeito inesperado.

3. Procure ingerir o medicamento todos os dias e no mesmo horário

Além de ser uma prática importante para a efetividade do tratamento, isso ajuda a criar uma rotina e evitar o esquecimento. Você pode utilizar alguns métodos para sempre ficar atento e não deixar de tomar o medicamento: marcar em um calendário os medicamentos e as doses, deixar bilhetes com lembretes bem visíveis, mensagens e alarmes no celular.

4. Também existem aplicativos desenvolvidos especificamente para essa finalidade.

Não pule nenhuma dose do medicamento, não pare de tomá-lo ou não faça alteração sem consultar seu médico
Fale com sua equipe médica e verifique a possibilidade de substituir um medicamento em casos de intolerância ou dificuldade em adquiri-lo.

5. Não deixe seu remédio acabar

Esteja atento à quantidade e à validade das receitas médicas. Mantenha uma cartela de reserva para cada medicação. Ao comprar uma nova, utilize-a. Assim, em caso de uma emergência, você ainda terá algum tempo para adquirir uma nova cartela.

Cuidado com o uso de medicamentos

Falamos neste artigo sobre os sintomas de insuficiência cardíaca e de seu tratamento. É crucial lembrar, no entanto, que os cuidados com os medicamentos devem existir em qualquer ocasião, independentemente da finalidade.

Além de utilizá-los apenas com indicação médica, é necessário tomar uma série de outras precauções, como o armazenamento correto, o descarte adequado, a administração prevista na receita, entre outras questões primordiais.

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Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
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