Diabetes mellitus: tudo o que você precisa saber sobre a doença
12/11/2021
O diabetes afeta milhões de pessoas e pode causar muitas complicações. Saiba como prevenir e entenda quais são os fatores de risco para os tipos de diabetes.
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O diabetes mellitus é uma doença crônica que atinge milhões de indivíduos no Brasil e no mundo. Todos os anos, a quantidade de pessoas acometidas pela condição cresce de forma alarmante, o que preocupa os especialistas em saúde.
A doença é muito séria e silenciosa e pode estar associada a fatores genéticos. Na maior parte dos casos, no entanto, hábitos saudáveis impedem o surgimento da enfermidade, que geralmente acarreta muitos problemas de saúde.
Embora a doença seja muito conhecida, muitas pessoas têm dúvidas a respeito de como ela ocorre, quais são os seus tipos, causas e como ela pode ser tratada. Pensando nisso, a Unimed-BH preparou um Guia com tudo o que você precisa saber a respeito.
Entenda o que é diabetes mellitus
A insulina é um hormônio responsável por regular a taxa de glicose no sangue. A deficiência da produção dessa substância é chamada de “diabetes mellitus”. Ela pode ser total ou parcial e surgir por fatores genéticos, hábitos alimentares inadequados, sedentarismo ou condições como a obesidade.
Quando o organismo apresenta um descontrole na glicose, a quantidade da substância no sangue pode se tornar elevada, o que causa danos aos vasos sanguíneos. Em curto e longo prazos, esse processo tem potencial para trazer diversas complicações graves para o paciente.
O diagnóstico precoce da doença e o tratamento são fundamentais para evitar que o quadro evolua e se complique, independentemente dos fatores que levaram ao desenvolvimento do quadro.
Os tipos de diabetes mellitus
Você já deve ter ouvido falar que existem tipos diferentes da doença, e os mais comuns são chamados de “diabetes tipo 1” e “diabetes tipo 2”. Entenda qual a diferença entre eles e o que cada tipo é capaz de causar.
Diabetes tipo 1
O diabetes tipo 1 é a categoria de diabetes mellitus com menor incidência, representando cerca de 10% dos casos. Essa condição apresenta uma deficiência absoluta de insulina no pâncreas, desregulando a glicose no sangue.
Aliada ao alto consumo de carboidratos, a perda dessa função pode fazer com que os níveis de glicose no sangue cresçam de forma insustentável. Existe a possibilidade de os pacientes sofrerem com várias complicações graves, incluindo cetoacidose diabética.
Esse tipo de diabetes tem influência genética e, por isso, é a condição que mais recebe diagnósticos na infância e na adolescência. O diabetes tipo 1 pode destruir as células responsáveis por sintetizar e excretar a insulina para “realizar o seu trabalho” – células beta pancreáticas.
Diabetes tipo 2
O diabetes tipo 2 representa uma maior incidência em diagnósticos e pode se desenvolver por dois motivos. No primeiro deles, o pâncreas consegue produzir uma quantidade suficiente de insulina, mas o organismo não é capaz de utilizá-la da forma necessária.
Esse tipo da doença também pode ser causado quando o órgão não é capaz de produzir quantidades suficientes de insulina para regular de forma satisfatória a glicose no sangue.
Além disso, o diabetes tipo 2 afeta o organismo de forma progressiva e é possível de ser detectado por meio de exames, ainda na fase chamada “pré-diabetes”.
Diabetes gestacional
Por fim, existe o diabetes gestacional, que se dá quando a ação da insulina no corpo da mulher acaba sendo inibida por hormônios que comumente são produzidos durante a gravidez.
De modo geral, a doença se estabiliza algumas semanas após o parto, mas é necessário fazer o tratamento correto durante a gestação. Sem o acompanhamento correto, ela pode evoluir para o diabetes tipo 2.
Prevenção e fatores de risco
Vários fatores de risco podem fazer um organismo desenvolver diabetes mellitus. Citamos anteriormente que o diabetes tipo 1 está associado a questões genéticas, o que dificulta um trabalho de prevenção.
A situação é diferente com relação ao tipo 2, já que o paciente pode controlar fatores de risco e comportamentais que têm possibilidade de retardar a evolução da doença.
Hábitos mais saudáveis, principalmente relacionados à alimentação, melhoram a qualidade de vida e previnem contra o diabetes. Existem, no entanto, alguns fatores de risco. É importante se atentar a algumas condições, como:
- Obesidade, hipertensão ou doença renal crônica: essas condições são associadas ao diabetes.
- Pacientes diagnosticados com pré-diabetes ou que apresentaram alterações em exames de glicose em jejum no sangue.
- Pessoas que sofreram elevação no colesterol ou alteração na taxa de triglicérides.
- Predisposição genética para a doença (pais ou irmãos diagnosticados).
- Pacientes que tiveram diabetes gestacional ou bebê com mais de 4 quilos.
Fique atento! Se você identificar um ou mais fatores de risco, procure o médico e faça um acompanhamento.
Manter hábitos saudáveis e cuidar da alimentação traz benefícios para todos, independentemente do diagnóstico de diabetes mellitus ou qualquer outra doença. O Viver Bem da Unimed-BH traz uma série de dicas para o cuidado da alimentação, incluindo um Guia para a Reeducação Alimentar.
Dia Mundial de Combate ao Diabetes
Milhões de pessoas vivem com o diabetes no Brasil e no mundo, e o crescimento dos casos preocupa profissionais de saúde. Com o objetivo de conscientizar a população para a importância da luta contra a doença, foi criado o Dia Mundial de Combate ao Diabetes.
Ele é celebrado anualmente no dia 14 de novembro e convida pessoas e organizações a abordar o tema, falando sobre os fatores de risco e as complicações que a condição pode trazer às pessoas.
Além disso, a data visa apoiar os portadores da diabetes mellitus, reunindo dicas e informações valiosas para seu bem-estar e qualidade de vida.
Os sintomas da doença
É importante destacar que a diabetes mellitus é uma doença que muitas vezes é silenciosa. Por isso, todos nós devemos ficar atentos aos fatores de risco citados anteriormente.
A doença, no entanto, pode causar alguns sintomas que ajudam no diagnóstico de um paciente – que só pode ser confirmado por um médico. Fique alerta em caso de sintomas como:
- Necessidade e urgência para urinar com frequência.
- Sede excessiva.
- Perda de peso e aumento do apetite.
- Visão embaçada.
Complicações do diabetes.
Nos casos em que o diabetes está descontrolado, e a glicose elevada persiste no sangue, há a possibilidade de os pacientes sofrerem com várias complicações. As lesões nos vasos sanguíneos podem se estender a vários órgãos do corpo e causar:
- Doenças cardiovasculares, incluindo AVC, infarto do miocárdio e doença coronariana.
- Nefropatia diabética, que chega a provocar doença renal crônica.
- Neuropatia diabética, causando danos no sistema nervoso periférico.
- Pé diabético, efeito da neuropatia que pode causar amputação dos pés.
- Retinopatia diabética, que muitas vezes compromete a visão e faz com que o paciente veja borrões e tenha dificuldades para distinguir cores.
Há casos em que a doença também causa a cetoacidose diabética, isto é, complicação aguda da doença que surge com o descontrole dos níveis de glicemia e o consumo excessivo de fontes de glicose.
O uso das medicações contra o diabetes precisa ser feito de forma regular. A utilização desregulada pode causar hipoglicemia, ou seja, a queda vertiginosa de açúcar no sangue.
A Unimed-BH preparou um Guia com tudo o que você precisa saber sobre as complicações do diabetes, como identificá-las e quais são suas consequências. Acesse aqui.
Tratamento
O diabetes mellitus não tem cura, mas há a possibilidade de a doença ser controlada; em função disso, existem tratamentos para cada um dos tipos. Os casos são tratados de forma individual, a depender do estágio da doença. Apenas um médico é capaz de fazer esse diagnóstico.
Dentre as principais medidas para o controle do diabetes, estão as mudanças nos fatores comportamentais e o uso de medicamentos.
- Adoção de hábitos saudáveis
Falamos anteriormente da importância de manter hábitos saudáveis. Os especialistas indicam que a prática de atividades físicas e o controle do peso e da gordura abdominal são primordiais. É indicado que o consumo excessivo de álcool e o tabagismo sejam abandonados.
- Mudança na rotina alimentar
Uma dieta saudável é fundamental para o bem-estar do organismo e é considerada uma das maiores armas contra o diabetes. Além de uma dieta balanceada, a contagem de carboidratos pode ser necessária – saiba tudo sobre o assunto aqui.
- Controle da glicose e autoavaliação diária de lesões nos pés.
- Uso correto das medicações prescritas pelo profissional de saúde.
- Acompanhamento médico de rotina e exames em dia.
- Atenção para a identificação de problemas como a hipoglicemia e a cetoacidose diabética.
Pense Saúde I Atividade Física e Alimentação Saudável
Dicas de ouro da Unimed-BH
Falamos neste artigo sobre a importância de manter a atenção redobrada aos sintomas do diabetes mellitus, mas a melhor forma de prevenir os tipos mais comuns da doença está na mudança de hábitos.
Manter uma alimentação saudável é necessário para o bem-estar do organismo e pode ajudá-lo na melhora da qualidade de vida. Além da diminuição da ingestão de doces e da contagem de carboidratos, outros cuidados com a dieta são benéficos à saúde.
A Unimed-BH compartilha frequentemente dicas de ouro para uma alimentação balanceada e indicações sobre atividades físicas de qualidade, além de diversos outros temas que envolvem bem-estar e saúde. Confira todas as dicas no site Viver Bem.