Cálculo renal: saiba o que é, quais os sintomas e como se prevenir
12/07/2021
Atualizado em 15/03/2023
A Unimed-BH preparou este conteúdo para ajudar você a prevenir o cálculo renal, mais conhecido como pedra nos rins. Saiba como pequenos cuidados fazem a diferença na sua saúde.
4 min de leitura
O cálculo renal é um problema muito comum que atinge crianças, adultos e idosos. A chance de ter o problema ao longo da vida é de 12%.
Isso significa que 1 em cada 8 pessoas, irá desenvolver a doença em algum momento, sendo que os homens têm uma pré-disposição ligeiramente mais alta do que mulheres, de desenvolverem pedra nos rins.
Saiba mais sobre o problema e veja como prevenir e tratar o cálculo renal.
Entendendo o sistema urinário
O sistema urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias – formadas por dois ureteres, bexiga e uretra. Ele é responsável pela produção e eliminação da urina.
Dentre suas várias funções, os rins regulam a pressão arterial, filtram o sangue, eliminam as toxinas, controlam a água e o sal do corpo, produzem hormônios e eliminam excessos de algumas substâncias.
A urina é formada pela água excedente, além de sais e outros produtos do nosso organismo que não devem ser acumulados no sangue, como a ureia e o ácido úrico.
O que é litíase renal?
A litíase renal ou nefrolitíase é a presença das pedras nos rins, o mesmo que cálculo renal.
Como o cálculo renal se desenvolve?
Os rins funcionam como dois grandes filtros do sangue. Além de água para formar a urina, eles retém diversos elementos como cálcio, ácido úrico e oxalato.
Quando essas moléculas aparecem em grande quantidade e há pouco líquido para dissolvê-las, surgem cristais ou agregados, que se avolumam e formam os cálculos. O tamanho, tipo e localização das pedras podem variar.
Geralmente, os cálculos são eliminados por meio da urina sem causar sintomas. Mas em alguns casos, podem ficar presos em algum lugar do sistema urinário, bloqueando o fluxo de urina, o que pode causar dor intensa e presença de sangue no xixi.
Incidência e fatores de risco
A litíase renal apresenta alta taxa de recidiva. Ao longo da vida, o reaparecimento da doença pode acontecer em 80% dos casos, sendo que 50% pode ocorrer em até cinco anos. Dos pacientes com pedra nos rins que não apresentam sintomas, 50% tornam-se sintomáticos neste período.
Pessoas obesas, sedentárias, com diabetes, que moram em locais mais quentes e com histórico da doença na família têm mais chances de desenvolver cálculo urinário.
Algumas medicações também podem predispor a formação de pedra nos rins, mas na maioria das vezes, o cálculo renal é uma doença que começa com uma má alimentação e pouca ingestão de água.
Sintomas de pedra nos rins: conheça os principais
A doença alerta sua chegada por meio de sintomas de pedras nos rins, como:
- Dor intensa na parte inferior das costas, o que pode limitar os movimentos
- Dor que irradia das costas para a virilha
- Dor ao urinar
- Coloração rosa, vermelha ou marrom na urina
- Vontade frequente de urinar
- Náuseas e/ou vômitos
Vale ressaltar que a dor da cólica renal é muito intensa e, quando ocorre, deve ser avaliada com urgência por um médico.
Qual o tratamento para cálculo renal?
O tratamento da litíase renal depende de alguns fatores como sintomas do paciente, quantidade, tamanho e localização dos cálculos, e deve ser indicado por um médico.
As opções vão desde o acompanhamento com reavaliações periódicas até cirurgias. Atualmente, quando a cirurgia é necessária, normalmente os procedimentos são minimamente invasivos, tendo altas taxas de sucesso e baixas complicações.
No entanto, é importante evitar que as pedras apareçam. Por isso, um acompanhamento médico para avaliar as causas é sempre necessário, já que a taxa de recorrência da doença chega a 80% dos casos.
Pedras nos rins: como prevenir?
Os cálculos podem ser formados por diferentes substâncias e causados por vários fatores. Identificar e tratar a causa pode evitar que novas pedras apareçam.
Uma nefrolitíase não tratada pode levar a perda completa da função renal, sendo necessário até mesmo realizar diálise ou transplante em alguns casos.
Por isso, uma avaliação médica, de preferência, fora da crise álgica, é muito importante e deve ser realizada o quanto antes.
É fundamental que os exames solicitados sejam feitos. Nos quadros de cálculo renal, podem ser necessários exames de sangue, urina e de imagem, como ultrassom e tomografia.
A realização dos exames é de extrema importância! Informações precisas e valiosas para o devido diagnóstico, podem depender de uma urina em 24 horas, por exemplo. Mesmo sendo difícil adequar a coleta à rotina diária, em alguns casos, este exame é essencial para identificar e tratar as possíveis causas de formação de cálculo renal.
Qual médico devo procurar?
As principais especialidades médicas que fazem este acompanhamento são a nefrologia e a urologia. Tratar a dor intensa e aguda provocada pelo cálculo renal é muito importante e necessário, mas evitar que ele se forme novamente é imprescindível para a sua qualidade de vida.
5 dicas para uma rotina saudável
Mudar alguns hábitos de vida também é fundamental para evitar que novas pedras se formem. Veja algumas medidas que devem ser adotadas:
- Beber muita água.
- Ingerir cálcio em quantidade recomendada para a idade.
- Reduzir o sódio (sal) na alimentação.
- Evitar ou reduzir a quantidade de alimentos que são fatores de risco para a formação de pedras nos rins como: beterraba, cacau em pó, espinafre, nozes e outros ingredientes ricos em oxalato e fosfato.
- Procurar um nutricionista para ajudar na manutenção de uma alimentação saudável e adequada às suas necessidades.
Buscar informações de fontes médicas com credibilidade, também faz parte da prevenção. Por isso, confira também os conteúdos da Unimed-BH sobre disfunção renal e doença renal crônica.