DIU: o que é, quais os tipos e eficácia?
22/09/2021
Atualizado em 04/04/2024
Entre os muitos métodos contraceptivos, o DIU se popularizou muito nos últimos anos. Neste artigo, você vai conhecer os tipos e a eficácia do Dispositivo Intrauterino.
4 min de leitura
Considerado o método anticoncepcional reversível mais usado no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o DIU – sigla para Dispositivo Intrauterino – é utilizado por mulheres que desejam prevenir a gravidez de forma segura.
Dentre os vários métodos contraceptivos femininos, como as pílulas anticoncepcionais, o diafragma e o anel vaginal, o dispositivo destaca-se pela praticidade e inserção relativamente simples, geralmente, sem a necessidade de anestesia.
O Viver Bem, portal de saúde da Unimed-BH, responde, neste artigo, às principais dúvidas relacionadas ao DIU. Você vai entender exatamente do que se trata, como ele funciona, quais são os tipos e se, de fato, é considerado eficaz.
O que é DIU?
O Dispositivo Intrauterino é um objeto flexível de plástico em formato de T ou Y e mede cerca de 3 centímetros. Ele é inserido na cavidade uterina, onde pode permanecer por 5 a 10 anos, e não interfere nas relações sexuais. O procedimento é feito em consultório por um médico.
O DIU é considerado um método contraceptivo de longa duração, embora não seja permanente. Isso significa que, ao ser retirado, a fertilidade da mulher não é comprometida.
Aproveite para ler outro artigo do Viver Bem:
Métodos contraceptivos femininos: quais são e o que eu preciso saber sobre o assunto
Como funciona o DIU?
Ele impede que os espermatozoides encontrem o óvulo para fazer a fecundação. Isso ocorre por causa da ação dos DIUs hormonais, que tornam o útero um ambiente hostil aos gametas masculinos.
E também pela ação dos DIUs de cobre que, embora não liberem hormônios, impedem a fecundação graças a uma espécie de “intoxicação” que o material causa aos espermatozoides.
Conheça os tipos de DIU
No Brasil, atualmente, há dois tipos de DIU comumente utilizados: os de metal – DIU de cobre – e o DIU Mirena®, que libera hormônios para impedir a fecundação.
O DIU Mirena também pode ser denominado de SIU, que significa Sistema Intrauterino. Ao ser inserido no útero, ele libera um tipo de progesterona sintética, o levonorgestrel, que torna o muco cervical mais espesso, impedindo o encontro do óvulo com o espermatozoide.
O dispositivo de cobre não libera hormônios, mas inviabiliza a sobrevivência do gameta masculino da mesma forma em razão do seu material. O cobre provoca uma inflamação no endométrio, criando um ambiente tóxico para os espermatozoides.
Por não ter hormônios, o DIU de cobre apresenta menos efeitos colaterais, enquanto o Mirena pode causar alterações de humor, na libido e no peso. Por outro lado, o dispositivo hormonal pode ajudar a aliviar as dores de cólica.
Qual o DIU mais indicado?
Para saber qual tipo de DIU é o melhor para você, é preciso se consultar com o seu ginecologista. Somente um médico poderá recomendar o dispositivo correto ao investigar o histórico da paciente.
3 dúvidas sobre o Dispositivo Intrauterino
Dentre as várias formas de se evitar uma gestação, o DIU se destaca como uma opção segura e prática. Ainda assim, algumas dúvidas podem surgir ao escolher passar pelo procedimento.
A seguir, o Viver Bem responde às 3 principais perguntas relacionadas.
1. Quem pode usar DIU?
O dispositivo pode ser inserido em adolescentes e mulheres, mesmo após os 40 anos. No entanto, nem todo corpo se adapta a ele.
Por isso, é fundamental se consultar com um ginecologista antes de determinar a escolha do DIU como forma de evitar uma gravidez. Desta forma, você saberá se esse é o melhor método contraceptivo para o seu caso, conforme o histórico clínico.
2. O DIU é eficaz?
Considerado um dos métodos contraceptivos mais eficientes para evitar uma gestação, a eficácia do DIU gira em torno de 99%.
Vale lembrar, no entanto, que o dispositivo não previne as DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) tampouco as ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Por isso, a camisinha é sempre recomendada, independentemente do tipo de contraceptivo escolhido pela mulher.
Leia também:
Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs): o que são e como prevenir
3. Os planos de saúde cobrem a colocação do DIU?
De acordo com a Resolução Normativa nº 465/21 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o implante dos dois tipos de DIU (hormonal e não hormonal) mencionados neste texto), consta no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde vigente. Os planos de saúde, portanto, devem cobrir o procedimento.
Geralmente, os beneficiários de planos de saúde podem solicitar o implante do dispositivo por meio de um encaminhamento do médico ginecologista.
É cliente Unimed-BH? Confira as orientações
Na Unimed-BH, a paciente pode receber orientações sobre o procedimento e o encaminhamento diretamente com o ginecologista. Caso deseje obter mais informações sobre o assunto, basta entrar em contato por meio do número 4020-4020, que também funciona pelo WhatsApp.
Para fazer o procedimento, é necessário que a beneficiária realize uma consulta com o ginecologista. Deste modo, após avaliação médica, havendo a indicação para tal método contraceptivo, o médico cooperado solicita o Dispositivo Intrauterino.
Na Unimed-BH, a paciente não paga pela coparticipação pelo produto, apenas pelo procedimento de implante, caso o contrato do seu plano de saúde seja coparticipativo.
Vale lembrar que o profissional de saúde não coloca o DIU na primeira consulta, visto que é necessário a paciente passar previamente por exames e preparação para o procedimento.
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