DIU: o que é, quais os tipos e eficácia?
22/09/2021
Atualizado em 07/10/2025
Entre os muitos métodos contraceptivos, o DIU se popularizou muito nos últimos anos. Neste artigo, você vai conhecer os tipos e a eficácia do Dispositivo Intrauterino.
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Considerado o método anticoncepcional reversível mais usado no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o DIU (Dispositivo Intrauterino) – é usado por mulheres que desejam prevenir a gravidez de forma segura.
Considerado um método anticoncepcional de longa duração, seguro e reversível, ele é indicado para mulheres que desejam prevenir a gravidez com praticidade e eficácia. O dispositivo se destaca pela praticidade e pela inserção relativamente simples, geralmente, sem a necessidade de anestesia.
O Viver Bem, portal de saúde da Unimed-BH, responde, neste artigo, às principais dúvidas relacionadas ao dispositivo. Você vai entender exatamente do que se trata, como ele funciona, quais são os tipos de DIU e se, de fato, esseé considerado eficaz.
O que é DIU?
O Dispositivo Intrauterino é um objeto flexível de plástico, geralmente em formato de T ou Y, e mede cerca de 3 centímetros. Ele é inserido na cavidade uterina, onde pode permanecer por 5 a 10 anos, dependendo do modelo, e não interfere nas relações sexuais. O procedimento é feito em consultório por um médico.
O DIU é considerado um método contraceptivo de longa duração, embora não seja permanente. Isso significa que, ao ser retirado, a fertilidade da mulher não é comprometida.
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Métodos contraceptivos femininos: quais são e o que eu preciso saber sobre o assunto
Como funciona o DIU?
Ele impede que os espermatozoides encontrem o óvulo para fazer a fecundação. Isso ocorre por causa da ação dos DIUs hormonais, que tornam o útero um ambiente hostil aos gametas masculinos.
E também pela ação dos dispositivos de cobre que, embora não liberem hormônios, impedem a fecundação graças a mudanças no endométrio (parede do útero) pela liberação de íons de cobre na cavidade uterina, levando a uma ação inflamatória e citotóxica com efeito espermicida, ou seja, impedindo a passagem dos espermatozoides, agindo portanto antes da fecundação.

Conheça os tipos de DIU
No Brasil, os principais tipos de Dispositivo Intrauterino são o de cobre e o hormonal. Os dois devem ser recomendados por um especialista em ginecologia, que leva em consideração o histórico de saúde e as necessidades da paciente.
DIU de cobre
É um contraceptivo sem hormônio, revestido com cobre. Ele libera substâncias que tornam o útero hostil aos espermatozoides, impedindo a fecundação. Pode durar até 10 anos. Existe também o DIU de cobre com prata, que ajuda a reduzir a oxidação do cobre e possíveis efeitos colaterais, como aumento do fluxo menstrual.
DIU hormonal
Trata-se de um sistema intrauterino que libera pequenas doses de hormônio (levonorgestrel), altera o muco cervical, a motilidade do espermatozoide e a parede do útero (endométrio), dificultando a passagem dos espermatozoides e a implantação do óvulo.
Além de evitar a gravidez, ele pode ajudar na redução do fluxo menstrual e aliviar cólicas. O DIU de Levonorgestrel têm duração de até 5 anos e costuma ser indicado também para tratar algumas patologias, como miomas, adenomiose e endometriose.
Informações importantes sobre os dispositivos
O dispositivo de cobre não libera hormônios, mas inviabiliza a sobrevivência do gameta masculino. O cobre provoca uma inflamação no endométrio, criando um ambiente tóxico para os espermatozoides. Outro ponto a destacar é que o cobre também aumenta a espessura do muco cervical, servindo como uma barreira física para os espermatozoides.
Por não ter hormônios, o DIU de cobre apresenta menos efeitos colaterais sistêmicos, enquanto o DIU hormonal pode causar alterações de humor, na libido e no peso. Por outro lado, o dispositivo hormonal pode ajudar a aliviar as dores de cólica.
Qual o DIU mais indicado?
O dispositivo pode ser inserido em adolescentes e mulheres, mesmo após os 40 anos. No entanto, nem todo corpo se adapta a ele;é preciso ter conhecimento de que existem outras situações em que ele não é indicado.
Para saber qual é a melhor alternativa para você entre os tipos de DIU, é necessário se consultar com o seu ginecologista. Somente um médico poderá recomendar o dispositivo correto ao investigar o histórico da paciente.
FAQ: DIU: perguntas frequentes
A seguir, respondemos às principais dúvidas de quem está considerando o uso do Dispositivo Intrauterino (DIU).
1. O que é DIU?
É um método contraceptivo reversível, de longa duração, inserido dentro do útero, que impede a fecundação. Pode ser com ou sem hormônio e deve ser indicado por um médico ginecologista.
2. Como o Dispositivo Intrauterino funciona?
O DIU impede que os espermatozoides encontrem o óvulo. Isso pode ocorrer por liberação hormonal (no caso dos DIU hormonais) ou pela ação do cobre (no DIU não hormonal).
3. DIU de cobre tem hormônio?
Não. O DIU de cobre não tem hormônio em sua composição. Sua ação transforma o útero num ambiente hostil aos espermatozoides.
4. Qual o melhor DIU?
Depende de cada pessoa. O mais indicado Dispositivo Intrauterino é o que se adapta melhor ao organismo e ao estilo de vida da paciente. O ginecologista é quem deve orientar essa escolha.
5. DIU incomoda na hora da relação?
Esse não é um sintoma comum. Se houver desconforto, é importante procurar o médico para verificar se está tudo certo com a posição do dispositivo.
6. Posso tirar o DIU quando quiser?
Sim. Ele pode ser retirado a qualquer momento por um profissional de saúde, caso a paciente deseje interromper o uso ou trocar o método.
7. DIU engorda ou dá efeitos colaterais?
O DIU de cobre não interfere no peso. Já os hormonais podem, em alguns casos, causar leve retenção de líquidos, acne ou alteração de humor.
8. Pode ter relação após colocar o DIU?
Sim. Após a colocação e a liberação médica, é possível ter relações normalmente. A recomendação é aguardar alguns dias, a fim de garantir a boa fixação do dispositivo.
9. DIU e endometriose: é indicado?
Sim. O DIU hormonal pode ser uma alternativa recomendada a mulheres com endometriose, uma vez que ajuda a reduzir o fluxo menstrual e as cólicas.
10. Os planos de saúde cobrem a colocação do DIU?
De acordo com a Resolução Normativa nº 465/21 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o implante dos dois tipos de DIU (hormonal e não hormonal) mencionados neste texto, consta no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde vigente. Os planos de saúde, portanto, devem cobrir o procedimento. Geralmente, os beneficiários de planos de saúde podem solicitar o implante do dispositivo por meio de um encaminhamento do médico ginecologista.
11. O DIU é eficaz?
Considerado um dos métodos contraceptivos mais eficientes para evitar uma gestação, a eficácia do DIU gira em torno de 99%.
Vale lembrar, no entanto, que o dispositivo não previne as ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Por isso, a camisinha é sempre recomendada, independentemente do tipo de contraceptivo escolhido pela mulher.
Leia também:
Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs): o que são e como prevenir
Como funciona o processo na Unimed-BH
Pacientes da Unimed-BH podem consultar um ginecologista da rede para discutir a melhor opção de contracepção. Caso o Dispositivo Intrauterino seja indicado, o médico faz o encaminhamento para o procedimento.
É importante saber que:
- O DIU é fornecido sem custo adicional para a beneficiária.
- A coparticipação pode ser cobrada apenas sobre o procedimento de implantação, de acordo com o contrato do plano.
- Exames prévios e acompanhamento médico são necessários antes da colocação.
- O DIU não é inserido na primeira consulta; é preciso agendamento e preparação adequada.
Para mais informações, os beneficiários podem entrar em contato pelo telefone 4020-4020 (também disponível pelo WhatsApp).
Cuidados antes e após a colocação do DIU
A inserção do dispositivo é um procedimento simples, mas requer atenção para garantir segurança e eficácia. É fundamental seguir orientações tanto antes quanto depois para evitar desconfortos e possíveis complicações.
Antes da colocação
Faça avaliação ginecológica e exames prévios, conforme orientação médica.
Saiba que a inserção pode ser feita durante a menstruação, facilitando o procedimento.
Informe o médico sobre histórico de doenças, alergias e uso de medicamentos.
Procure um profissional habilitado para inserir o DIU, em ambiente adequado.
Após a colocação
Atente-se ao fato de que cólicas leves e sangramentos são comuns nos primeiros dias.
Siga as orientações médicas quanto à retomada da atividade sexual.
Retorne ao ginecologista para avaliação após a inserção.
Em caso de dor intensa, febre ou sangramento anormal, procure atendimento médico.
Saúde da mulher e prevenção: o que você precisa saber
Cuidar da saúde é um compromisso que envolve atenção contínua ao corpo e à mente No caso da saúde da mulher, isso inclui visitas regulares ao ginecologista, atenção aos ciclos menstruais, prevenção de infecções, exames de rotina e escolhas conscientes sobre métodos contraceptivos.
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