Cigarro eletrônico: como ele pode impactar a sua saúde?

Prevenção e Controle

07/01/2022

Será que é preciso aderir à moda dos vapes para conseguir parar de fumar? Veja os riscos da prática e como realmente funciona o cigarro eletrônico.

4 min de leitura

Cigarro eletrônico: como ele pode impactar a sua saúde?

O cigarro eletrônico, também conhecido como vape, tem se popularizado cada vez mais no Brasil, principalmente, entre os jovens. Há quem defenda o uso do dispositivo alegando que ele pode ser uma alternativa para parar de fumar. Mas será mesmo que o cigarro eletrônico é menos prejudicial à saúde?

A repercussão em torno do caso do cantor sertanejo Zé Neto, que atribui a sua doença no pulmão ao uso do dispositivo, levantou ainda mais a polêmica sobre o tema.

  • Afinal, quais os riscos à saúde para quem fuma vape?
  • É mais prejudicial fumar o cigarro eletrônico ou o convencional?
  • O vape também causa dependência?

Neste artigo você irá conhecer as respostas para estas e outras perguntas sobre o assunto.

Cigarro eletrônico: o que é e quais os riscos à saúde

Não é difícil andar pela “capital dos bares” e avistar grupos de pessoas fumando aparelhos coloridos, que acendem luz de led e parecem produzir mais “fumaça” que o cigarro tradicional.

E-cigarro, cigarro eletrônico, Pod e vape são alguns dos nomes que o Dispositivo Eletrônico para Fumar (DEF) recebe. Trata-se de um aparelho que contém substâncias químicas, como a nicotina, e podem ou não ser acrescidos de aditivos saborizados.

No entanto, há grande variedade de cigarros eletrônicos no mercado – informal, já que seu comércio é proibido no Brasil. Alguns se assemelham a pen drives e canetas, outros, têm forma de cachimbo, charuto ou do próprio cigarro convencional.

O cigarro eletrônico recarregável contém bateria para completar e refis para ser reutilizado, mas há também o cigarro eletrônico descartável.

Como o dispositivo funciona?

O DEF pode ter diferentes tipos de sabor, volume de fumaça, funcionalidades, refis, cartuchos, cores, potência… Mas em geral, eles funcionam de forma semelhante, já que não utilizam o fogo para gerar fumaça como os cigarros convencionais.

O que é “tragado” pelo consumidor, na verdade, é um vapor emitido com o líquido que abastece o dispositivo. O refil do cigarro eletrônico é composto, essencialmente, por água e nicotina, podendo conter ainda: aromatizantes, glicerina vegetal e propilenoglicol.

Essa solução, que fica em um compartimento conhecido como “tanque”, é aquecida por um circuito elétrico que vem da bateria para gerar o vapor. Já no caso do cigarro tradicional, a fumaça é produzida pela queima do tabaco.

Veja alguns tipos de cigarro eletrônico:

  • Mod System: é um cigarro eletrônico com mais “potência”, permitindo variar a temperatura e volume do vapor, por exemplo.
  • Pod eletrônico: no lugar dos tanques para armazenar o líquido, os pods, que se parecem com pen drives, são recarregados com cápsulas.
  • Vape pen: parecido com uma caneta, esse vape também tem um tanque para recarregar o líquido.

Há, ainda, outras variedades que diferem no tamanho, forma de uso, atomizador, capacidade do tanque etc. Mas todos eles cumprem o mesmo propósito de gerar vapor de nicotina.

Por que o Vape virou “modinha”?

Como você viu, há muitos tipos de vaporizadores no mercado, com diferentes tecnologias e sabores, além de muitos aparelhos serem vendidos com kits de peças que podem ser substituídos conforme o tempo de uso.

As soluções que abastecem os vapes são conhecidos como e-líquidos, juice, freebase ou a nicsalt e podem conter sabores e teores de nicotina variados, já que a concentração da substância se dá em miligramas por cada ml do produto.

Apesar de existir também o refil sem nicotina, o número de fumantes que optam pelo cigarro eletrônico para parar de fumar aumenta cada vez mais. São os adeptos da máxima “pare de fumar fumando”.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), que discorre sobre a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, 0,6% da população brasileira usa dispositivos eletrônicos para fumar – percentual que pode ter variado após o início da pandemia.

Vape faz mal? Entenda os perigos desse hábito

Quem recorre ao vape acredita que ele pode ajudar a cessar o tabagismo. Isso porque, em tese, ao substituir o cigarro comum pelo eletrônico, a pessoa passaria a consumir menos produtos químicos nocivos à saúde e que causam dependência.

No entanto, a maioria dos vapes utilizados são abastecidos com refis que contém nicotina, principal substância responsável pelo vício. Outra problemática relacionada a seu uso é que a venda, importação e propaganda do produto é proibida pela Anvisa desde 2009.

Com isso, não há uma regularização, fiscalização e nem controle de qualidade da fabricação dos DEFs no Brasil.

Até 18 de fevereiro de 2020, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos confirmou 68 mortes em pacientes com lesão pulmonar associada ao uso do cigarro eletrônico. Esses casos parecem afetar predominantemente as pessoas que modificam seus dispositivos de vaporização ou usam e-líquidos modificados.

Da mesma forma que o cigarro normal, o vape também expõe o organismo a elementos químicos nocivos à saúde, como a própria nicotina, inclusive podendo ter concentrações maiores que a do cigarro tradicional. Por isso, o consenso entre especialistas da saúde é que sim, cigarro eletrônico faz mal.

Estudos recentes sugerem ligação do cigarro eletrônico com doenças pulmonares crônicas e asma, e associações entre o uso duplo de cigarros eletrônicos e tabagismo com doenças cardiovasculares.

Além disso, ainda segundo o INCA, o uso do dispositivo aumenta as chances de fumar o cigarro convencional, sendo a pessoa fumante ou não.

Mude 1 hábito: dicas para deixar de fumar

Se você não consegue parar de fumar sozinho, não se engane. O que, de fato, funciona neste caso é procurar ajuda profissional.

O tabagismo é uma doença crônica caracterizada pela dependência à nicotina, causadora de pelo menos 50 patologias diferentes, incluindo doenças cardiovasculares, cânceres e outros problemas respiratórios crônicos.

Conheça os Grupos de Promoção da Saúde Unimed-BH

O Grupo de Cessação ao Tabagismo, da Unimed-BH, é uma iniciativa, sem custo adicional para seus clientes, para ajudar a parar de fumar. Ele conta com uma equipe multiprofissional composta por médico, psicólogo e nutricionista.

Na pandemia os encontros estão sendo realizados de forma online. Para participar do grupo, faça a sua inscrição pelo telefone 4020-4020, ou pessoalmente nos Centros de Promoção da Saúde Unimed-BH.

Além do Grupo de Cessação ao Tabagismo, a Unimed-BH também conta com outras atividades para ajudar seus clientes na adoção de hábitos saudáveis e na busca por mais qualidade de vida. 

Conheça outras iniciativas da Unimed: Grupos de Promoção da Saúde Unimed-BH: conheça e saiba como participar.

Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
Conteúdo validado por Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH

Equipe responsável por prover conteúdos em soluções assistenciais para clientes, profissionais e prestadores da Unimed-BH, assim como para a sociedade como um todo.

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