O que é coqueluche? Conheça os sintomas e as formas de tratamento
23/07/2024
Leia um artigo do Viver Bem e saiba o que é coqueluche, como ela é transmitida, as causas, os sintomas e as formas de tratamento.
4 min de leitura
A coqueluche é uma infecção respiratória considerada altamente transmissível.
Neste artigo, o Viver Bem, portal de saúde da Unimed-BH, explica como ocorre a transmissão da doença, quais são os sintomas, como é feito o diagnóstico e quais são as formas de tratamento, entre outros pontos importantes.
O que é coqueluche e como é transmitida
A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta, especialmente, o sistema respiratório. Ela é causada por uma bactéria chamada Bordetella pertussis e apresenta alguns sintomas parecidos com os de gripes e resfriados.
Uma das principais características dessa infecção está no fato de que ela é altamente contagiosa; ou seja: pode se espalhar facilmente entre as pessoas. A transmissão ocorre principalmente pelo contato direto de alguém com uma pessoa contaminada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou fala.
Quais são os sintomas?
Os sintomas dessa infecção são parecidos com as manifestações causadas por outras doenças que atingem o sistema respiratório de um paciente, como a gripe, por exemplo.
Os sintomas costumam ser diferentes de acordo com as fases da coqueluche, que se manifestam entre semanas e meses, como você vai ver abaixo
Uma a duas semanas: fase catarral
- Coriza.
- Febre baixa.
- Espirros em excesso.
Além disso, a tosse leve às vezes se manifesta como um sintoma frequente. O quadro pode ter um aumento gradual, que segue até a próxima fase da doença.
Duas a seis semanas: fase paroxística
- Crises de tosse intensa, que podem durar por minutos.
- Tosses com sons de “guincho” ao final.
- Episódios de vômito após as crises de tosse.
- Fadiga extrema após a tosse.
Semanas a meses: fase de convalescença
Nesta fase, o paciente geralmente apresenta uma redução gradual da tosse. Apesar disso, também é possível que ele sofra com novos episódios de tosse, especialmente se for infectado por outras doenças respiratórias.
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O diagnóstico da coqueluche
Em razão dos sintomas muito semelhantes com outras infecções que afetam o sistema respiratório, o diagnóstico da coqueluche, ainda nos estágios iniciais, é difícil. A tosse seca é um indício da presença da doença, e ela pode requerer apenas alguns exames, como:
- Coleta de material de nasofaringe para cultura.
- PCR em tempo real.
- Hemograma.
- Raio-X de tórax.
O diagnóstico diferencial é importante para o tratamento, já que outras infecções respiratórias agudas e patógenos podem causar manifestações parecidas.
Tratamento
O tratamento da coqueluche envolve principalmente o uso de antibióticos, que ajudam a reduzir a duração da doença e diminuem a probabilidade de transmissão.
Se iniciados na fase inicial, é possível que os antibióticos atuem de maneira que a doença dure menos tempo. Além do tratamento do paciente, membros da família e pessoas próximas podem receber antibióticos para prevenir a doença.
Em relação aos cuidados em casa, algumas medidas são recomendadas:
- Tome os antibióticos conforme prescrição médica. Interromper o tratamento precocemente pode não erradicar a bactéria completamente e ainda contribuir para a resistência bacteriana.
- Mantenha o isolamento e siga as orientações do seu médico a fim de evitar a propagação da doença. Isso geralmente inclui limitar o contato com outras pessoas, especialmente com crianças pequenas e pessoas não vacinadas.
- Evite gatilhos de tosse: fique longe de fatores que geralmente desencadeiam a tosse, como fumaça, poeira, e mudanças bruscas de temperatura.
Tais medidas, combinadas com o tratamento médico adequado, ajudam a controlar a coqueluche e a prevenir sua disseminação.
Possíveis complicações
Embora a maioria das pessoas se recupere da coqueluche sem sequelas, nas formas mais graves, podem ocorrer complicações. Entre os adultos, uma complicação possível é a formação de hérnias abdominais por causa da tosse intensa e prolongada.
No que diz respeito a crianças, especialmente as menores de seis meses, as complicações são mais sérias e chegam a apresentar:
- Infecção nos ouvidos
- Pneumonia
- Desidratação
- Parada respiratória
- Confusão
- Lesão cerebral
Em situações mais graves, o paciente pode correr risco de morte. Portanto, fazer o tratamento para a doença é fundamental. Mas lembre-se: ele deve ser indicado por um médico.
Prevenção: a importância da vacinação
O principal meio de prevenção à doença é a vacinação. O imunizante é indicado para crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias. O esquema vacinal é realizado com três doses da vacina pentavalente, que devem ser aplicadas aos 2, aos 4 e aos 6 meses de idade.
Além disso, há os reforços com 15 meses e 4 anos com a vacina DTP.
Uma recomendação é que as gestantes se vacinem a cada gestação com a vacina dTpa a partir da 20ª semana de gestação. Em momentos em que há aumento do número de casos, o Ministério da Saúde pode recomendar a vacinação com a dTpa para profissionais da saúde que trabalham em maternidades e em unidades de internação neonatal. Nessas situações, é utilizada a dTpa. Leia um artigo completo sobre vacinação:
Calendário de Vacinação: tire as suas dúvidas sobre as principais vacinas
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