Desidratação: como se prevenir desse vilão do calor?
26/01/2022
Saiba como identificar os sinais de desidratação e os perigos deste quadro para a saúde.
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A água é fundamental para a sobrevivência humana e representa cerca de 70% do peso corporal. Quando há uma redução significativa deste elemento em nosso organismo, corre-se o risco de desidratação, que em casos graves, pode levar à morte.
Especialmente no calor, quando o nosso corpo perde mais água por meio da transpiração, é preciso estar atento para manter a hidratação de forma saudável.
Afinal, a água é responsável por diversas funções em nosso organismo, como a regulação da temperatura, absorção dos nutrientes, circulação sanguínea e prevenção do cálculo renal. Continue lendo este artigo e saiba mais sobre os sintomas da desidratação e como evitá-la.
O que é desidratação?
É a perda excessiva de líquidos no organismo. Perdemos água naturalmente por meio da transpiração, urina e fezes, por exemplo. O perigo é quando a reposição do líquido não é suficiente para equilibrar a diminuição dos níveis de água em nosso corpo.
Causas da desidratação: quais são as principais?
Uma das causas mais recorrentes para a desidratação é a ingestão insuficiente de água. Mas outros fatores também podem desencadear o quadro, como:
- Quadros de diarreia e vômito;
- Calor e transpiração excessiva;
- Uso excessivo de diuréticos;
- Hemorragias;
- Febre alta e constante.
Além dessas causas, a insuficiência renal e a diabetes não tratada também podem ser fatores de risco para o surgimento de quadros de desidratação.
Álcool desidrata?
Uma dúvida recorrente é se álcool desidrata. Isso ocorre porque o álcool inibe a ação de um hormônio que regula a diurese. Assim toda bebida alcoólica aumenta o volume de urina, ou seja, aumentam a quantidade de visitas ao banheiro e, consequentemente, a quantidade de líquido eliminado.
Como saber se estou desidratado?
Embora comum em dias quentes e secos, a sede exagerada é um dos sinais mais comuns de desidratação. Mas, além deste, existem outros que podem sinalizar o problema.
Sintomas de desidratação
Sede, boca seca, saliva espessa e baixa frequência urinária são alguns dos sintomas mais leves, assim como também tontura leve e dor de cabeça. Já os indicativos da falta de água no organismo descritos abaixo são sinais mais graves que requerem atenção médica:
- Tontura e dor de cabeça;
- Fraqueza e cansaço excessivo;
- Olhos fundos;
- Diminuição na produção de lágrimas e suor;
- Aumento da frequência cardíaca;
- Queda na pressão arterial;
- Sonolência excessiva.
Além desses, a urina escura também pode ser um sinal de desidratação. Mas fique atento, pois alterações na urina também podem sinalizar doenças como a infecção urinária.
Diagnóstico de desidratação
Na presença dos sinais leves citados acima, devemos pensar em desidratação e aumentar a ingestão de água. Caso ocorram os sinais mais graves é necessário buscar atendimento médico para realizar o diagnóstico correto.
Por meio de uma avaliação clínica, juntamente a exames de sangue, fezes e urina, o profissional poderá identificar o grau da desidratação e conduzir os melhores tratamentos para cada quadro.
Riscos da desidratação em crianças e idosos
Crianças e idosos são grupos de risco para a desidratação, pois tem menor sensibilidade à sede sendo mais vulneráveis e mais suscetíveis ao agravamento do problema.
Além disso, idosos possuem menos água no organismo do que adultos e muitos deles fazem uso de remédios que são diuréticos, contribuindo ainda mais para a perda de líquidos.
Já as crianças são mais suscetíveis a infecções e viroses que causam vômitos e diarreias, fatores de risco para a desidratação.
No caso de bebês, cujo sinal de desidratação pode ser a moleira afundada, a hidratação deve ocorrer exclusivamente por meio da amamentação até os 6 meses. Isso reforça a importância do correto aleitamento materno.
Qual a importância de manter a hidratação?
Manter a hidratação em dia é uma forma de evitar quadros de desidratação, que são potencialmente perigosos para a saúde. Além disso, essa prática contribui para o correto funcionamento do organismo, além de trazer benefícios visíveis para o corpo, como a pele mais bonita e hidratada.
O que devemos fazer para nos hidratar?
A quantidade de água que precisamos ingerir diariamente pode variar de acordo com fatores como peso, idade, estilo de vida, atividades físicas que a pessoa realiza ou até mesmo a temperatura e o clima do ambiente onde vive.
Segundo o Guia Alimentar da População Brasileira, para muitos, a ingestão de 2 litros de água pode ser suficiente, mas outros grupos podem sentir necessidade de beber mais água ao longo do dia, como aqueles que praticam esportes.
A dica é consumir água in natura e também por meio de chás ou sucos naturais ao longo do dia. Caso você não tenha o hábito de beber muita água, adicione recursos na sua rotina que estimulam essa prática.
Desde aplicativos de celular que te lembram periodicamente de beber água até deixar garrafinhas de água espalhadas estrategicamente pelos locais que frequenta, podem te ajudar a adquirir este hábito saudável.
Dicas para o calor
Em dias quentes ou após exercícios físicos, é preciso reforçar a ingestão de líquidos e evitar a exposição direta ao sol por tempo prolongado.
Procure utilizar roupas mais leves no verão e consumir mais frutas e vegetais. Ao praticar atividades físicas, tenha sempre a mão a sua garrafinha de água!
As altas temperaturas aumentam os riscos de desidratação no verão, mas essa não é a única preocupação que chega com a estação mais quente do ano.
Pensando em ajudar você a se prevenir de algumas das doenças sazonais, elencamos três conteúdos do Portal Viver Bem que podem ajudar: