Doenças respiratórias: conheça as mais comuns e informe-se
24/05/2023
Saiba quais são as doenças respiratórias mais frequentes, seus sintomas, formas de tratamento e prevenção.
5 min de leitura
Diariamente, somos expostos a diversas doenças respiratórias. Por serem extremamente comuns, é muito importante se informar a respeito e saber identificar quando é o momento de procurar ajuda médica.
Neste artigo, o Viver Bem explica quais são as condições mais corriqueiras, traz informações sobre cada uma delas e outros detalhes relevantes a respeito.
Os tipos de doenças respiratórias
Antes de mais nada, é preciso saber que existem dois tipos de doenças respiratórias: as agudas e as crônicas.
As doenças agudas, como a gripe e a pneumonia, são aquelas que apresentam uma evolução mais rápida e de curta duração, ao passo que as doenças crônicas, como asma e DPOC, progridem de maneira mais lenta e têm duração prolongada – muitas vezes durando por toda a vida do paciente.
Crianças, idosos, portadores de doenças pulmonares, cardiopatas e pessoas imunocomprometidas são os grupos mais afetados.
Conheça as doenças respiratórias mais comuns
Determinadas condições respiratórias são mais comuns, especialmente durante o outono e o inverno, já que a baixa umidade relativa do ar e as muitas variações de temperatura fazem com que as pessoas fiquem mais suscetíveis.
Continue lendo para conhecer as doenças respiratórias mais frequentes e se informar sobre elas.
Gripe
A gripe é uma das doenças respiratórias agudas mais habituais. Provocada pelo vírus do tipo influenza, ela é uma infecção aguda que afeta o sistema respiratório e tem um grande potencial de transmissão, sendo muito contagiosa.
Entre os principais sintomas, estão:
- Dor de garganta
- Tosse
- Dor de cabeça
- Febre
- Dor no corpo
A intensidade dessas alterações pode variar de caso para caso. Além desses sinais, o paciente pode sofrer com outros sintomas súbitos, como calafrios, mal-estar, cefaleia, dor nas articulações e prostração, entre outros.
Em algumas situações, a gripe pode causar outras complicações, como pneumonia, sinusite, otite, desidratação e piora em doenças crônicas, por exemplo. Normalmente, o tratamento é realizado com medicamentos para dor e alívio dos sintomas, como também via hidratação oral, repouso e alimentação balanceada.
A forma mais eficaz de prevenção ao vírus influenza é a vacinação, realizada anualmente e indicada para todas as faixas etárias (consulte o calendário de vacinação para acompanhar as datas). O Ministério da Saúde também aponta outras medidas de prevenção, como os cuidados com a higiene.
Informe-se sobre a vacina contra a gripe e a importância de se proteger:
Vacina contra a gripe: saiba o período e a importância de se proteger
Pneumonia
A pneumonia também se enquadra como uma doença respiratória aguda. Ela representa uma infecção que acomete os pulmões do paciente e, normalmente, é causada por microrganismos como vírus, bactérias e fungos.
Em determinados casos, a condição também pode ser provocada por reações alérgicas. Alguns fatores aumentam o risco do desenvolvimento da pneumonia, principalmente na terceira idade, como o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, o uso de determinados medicamentos e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
Os sintomas mais comuns da doença são:
- Tosse
- Febre alta
- Falta de ar
- Dor no tórax
- Confusão mental
- Mal-estar generalizado
- Secreção de muco de cor amarelada ou esverdeada
- Alterações na pressão arterial
Além do exame clínico realizado por um profissional de saúde, o exame de sangue pode ajudar a diagnosticar a doença, bem como radiografias do tórax do paciente.
A pneumonia bacteriana é tratada com o uso de antibióticos receitados pelo médico. Geralmente, são necessários cerca de três a quatro dias para que o paciente apresente melhora do quadro.
Quando há complicações, como o comprometimento da função dos rins, dificuldade respiratória, sonolência ou alteração da pressão arterial, a internação pode ser necessária.
Práticas de higiene também são fundamentais para a prevenção à pneumonia. Outras indicações são mudanças nos hábitos de vida, como cessação do tabagismo, redução do consumo de álcool e prática de atividades físicas, que podem reduzir o risco da doença e suas complicações. O acompanhamento médico regular e a vacinação em dia são passos essenciais para evitar a pneumonia.
O Viver Bem preparou um artigo completo sobre pneumonia, acesse no link abaixo:
Pneumonia: tipos, sintomas e tratamentos
Asma
A asma é uma condição crônica que acomete os pulmões e causa uma inflamação nos brônquios, canais que levam o ar a esses órgãos. A doença costuma gerar muco, deixando os brônquios mais estreitos e provocando a sensação de sufoco ao paciente.
Fatores como ácaros, fungos, pólen, animais de estimação e infecções virais são as principais causas de exacerbação da asma, também conhecida como “bronquite asmática” ou “bronquite alérgica”
A dificuldade para respirar é o principal sintoma da doença, mas existem outras alterações comuns, como:
- Falta de ar
- Tosse
- Chiado no peito e sensação de aperto
- Cansaço
Os sintomas variam de pessoa para pessoa e ficam mais perceptíveis durante as crises causadas pela doença. É muito importante se atentar a essas alterações e, se necessário, procurar ajuda médica o mais rápido possível.
Com base no diagnóstico, realizado por meio de uma investigação dos sintomas e com o auxílio de um exame que avalia o fluxo de ar nos pulmões, alguns tratamentos podem ser indicados – mas apenas um profissional de saúde pode recomendá-los.
Em alguns casos, a utilização de medicamentos que controlam a doença pode ser indicada, assim como o uso das famosas “bombinhas” de asma. Nenhuma dessas medicações, no entanto, deve ser administrada sem uma consulta médica.
A asma é uma das doenças respiratórias mais comuns. Por essa razão, pensando em manter você informado, o Viver Bem também elaborou dois artigos especiais a respeito:
Asma: tudo o que você precisa saber para conviver com a doença e manter a qualidade de vida
Tudo o que você precisa saber sobre asma em crianças
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é provocada por uma reação inflamatória anormal de longa duração nos pulmões. Ela é desencadeada após o contato com agentes nocivos, como a nicotina.
Na maior parte dos casos, a DPOC está associada a condições como o enfisema e a bronquite crônica. O tabagismo é a principal causa da doença, mas ela também pode ser desencadeada pelo contato com fumaça de fogão a lenha ou mesmo pela poluição do ar. Em determinadas situações, condições genéticas hereditárias também podem causá-la.
A falta de ar depois de esforços leves é um dos primeiros sintomas da DPOC. Em estágios mais avançados, ela pode causar alterações como a respiração curta e a tosse constante.
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica pode ser tratada com medidas comportamentais e por meio de medicações inalatórias. Além disso, é necessário que o paciente mantenha o acompanhamento médico regular.
Para conhecer melhor as formas de tratamento e outros detalhes relacionados, acesse o artigo:
Conheça mais sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
Tuberculose
Uma das doenças respiratórias mais frequentes é a tuberculose, uma condição infecciosa causada por uma bactéria que atinge o sistema respiratório do paciente.
Ela é dividida em dois tipos: a tuberculose pulmonar, a mais conhecida e prevalente, e a extrapulmonar, que afeta outras partes do corpo, como o intestino, a pleura e as meninges.
A doença tem alguns sintomas mais comuns, por exemplo:
- Tosse por mais de duas semanas
- Emagrecimento
- Falta de apetite
- Febre baixa
- Cansaço excessivo
- Sudorese noturna
Além dessas alterações, a tuberculose extrapulmonar causa diferentes sintomas, como dor óssea, dor abdominal, diarreia e dor de cabeça. O diagnóstico da tuberculose pulmonar pode ser feito por meio de raio-X torácico e do exame do escarro.
Ela é tratada com uma combinação de algumas medicações que deve ser ingerida diariamente pelo paciente. O tratamento costuma durar 6 meses.
O diabetes e doenças que diminuem a imunidade, como o HIV, são fatores de risco para adquirir tuberculose. Manter hábitos saudáveis, como a higienização adequada e evitar o uso de cigarro e álcool, auxiliam na prevenção.
Conheça outros detalhes sobre a tuberculose:
Tuberculose: o que é, prevenção e incidência ao longo da história
Doenças de inverno: informe-se!
Como você viu no início deste texto, as doenças respiratórias são mais frequentes durante as estações mais frias e secas do ano, como o outono e o inverno.
Ao longo desse período, crianças, idosos e outras pessoas que fazem parte dos grupos de risco são os mais afetados pelas condições citadas neste artigo e é necessário se informar melhor sobre elas.
Acesse a página de doenças de inverno do Viver Bem clicando aqui ou na imagem abaixo.