DPOC sintomas: sinais de exacerbação da doença pulmonar obstrutiva
06/04/2021
DPOC sintomas: saiba reconhecer e como tratar precocemente a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
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A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição que atinge milhares de brasileiros. Apesar de ser uma doença que afeta as vias respiratórias, a DPOC pode ser tratada e garantir, ao paciente, qualidade e bem-estar no dia a dia.
Mas, para isso, é necessário promover uma mudança geral no estilo de vida. Novos hábitos devem fazer parte da rotina do paciente, envolvendo adequação da alimentação, prática de atividades físicas, abandono de vícios e tratamento medicamentoso.
Conhecer o diagnóstico da DPOC é importante não somente para iniciar essas mudanças, mas também para que o paciente esteja apto a fazer o reconhecimento precoce das exacerbações, que podem gerar consequências graves na saúde se não forem tratadas com urgência.
DPOC: conceito
A sigla DPOC, como já explicado antes, significa Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e serve para designar reações inflamatórias anormais nos pulmões, causadas por partículas e gases nocivos. É uma doença que afeta as vias respiratórias – mais precisamente os brônquios e alvéolos.
As principais ocorrências do conceito DPOC estão relacionadas ao enfisema pulmonar, à bronquite crônica e à asma. O enfisema pulmonar é uma doença degenerativa que surge como consequência de agressões prolongadas aos tecidos do órgão.
Já a bronquite crônica se caracteriza pelo estreitamento das vias aéreas e pela paralisação da atividade dos cílios. A asma, por sua vez, é consequência da inflamação dos brônquios, dificultando a passagem do ar.
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Causas da DPOC
Entre as causas da DPOC, a principal delas é o tabagismo, já que a inalação da fumaça, seja pelo ato de fumar, seja pela exposição passiva frequente, é extremamente nociva à saúde respiratória.
Exposições prolongadas a fumaças provenientes da queima de madeira e carvão ou o contato excessivo com a poluição atmosférica também estão entre causas da DPOC, mas em menor escala.
Mesmo que pouco recorrentes, condições genéticas e hereditárias também podem ser associadas ao diagnóstico da DPOC em alguns pacientes, além de malformações e problemas no desenvolvimento dos pulmões durante a gestação.
A Saber Pra Cuidar, websérie da Unimed-BH, preparou um episódio especial sobre a DPOC em que o Dr. Daniel Bretas, pneumologista e médico cooperado da Unimed-BH traz mais informações sobre o assunto. Assista agora no YouTube:
Manejo dos sintomas e reconhecimento precoce das exacerbações da DPOC
Por se tratar de uma doença que afeta as vias respiratórias, os primeiros sintomas da DPOC são a dispneia (falta de ar) e a tosse – expectorante ou não. Outros sinais que podem aparecer, embora não tão comumente, são chiados, pressão no tórax e cansaço após atividades simples.
Conhecer os efeitos da DPOC e como eles atuam no organismo é fundamental para fazer o manejo dos sintomas e o reconhecimento precoce das exacerbações, ou seja, quadros de piora aguda que requerem tratamento adicional e, algumas vezes, urgente.
Para fazer o controle adequado da DPOC, além de seguir as recomendações médicas e os tratamentos prescritos, conhecer a sua condição clínica é fundamental. As alterações de sintomas da DPOC muitas vezes se manifestam de forma progressiva e aumentam com o passar dos dias.
Por isso é importante o autoconhecimento, pois ele permite que você identifique essas mudanças de forma precoce e evite quadros graves e até mesmo internações.
Outro ponto importante para reconhecer e tratar exacerbações da DPOC é o acompanhamento especializado. Junto com um médico de confiança, você poderá montar um plano de ação com medidas a serem tomadas em caso de presença de alterações que possam indicar exacerbação da DPOC.
O principal sintoma de uma exacerbação da DPOC é o aumento da dispneia, podendo ocorrer até mesmo em repouso. Mas aumento do chiado e pressão no tórax, bem como tosse expectorante com secreções espessas, também podem indicar alterações significativas que merecem atenção.
Por isso, estar sempre atento ao quadro clínico é essencial; e acionar o plano de ação ou um médico de confiança podem ser atitudes determinantes para um tratamento eficaz.
Tratamento da DPOC
Para viver com qualidade e evitar episódios de exacerbação, o tratamento da DPOC tem papel fundamental. Ele será indicado e orientado, passo a passo, por um médico especializado e de confiança.
O tratamento tem como objetivo o controle de sintomas da DPOC e a promoção de mais qualidade de vida. Por isso, deve ser seguido de forma rigorosa para gerar resultados positivos.
Principais medidas previstas no tratamento da DPOC:
- Interrupção do tabagismo e do contato com a poluição atmosférica em excesso e com outras fumaças nocivas à saúde respiratória.
- Atualização e controle do cartão de vacina, com foco na vacinação contra a gripe e a pneumonia.
- Mudança do estilo de vida, com a adoção de atividades físicas, dieta balanceada e controle do peso.
- Atenção à saúde mental e aos sintomas de ansiedade e depressão, associados às limitações causadas pela DPOC.
- Disciplina no tratamento medicamentoso prescrito e uso de dispositivos inalatórios para garantir o efeito esperado no organismo.
- Oxigenoterapia domiciliar para pacientes em estágios mais avançados da doença, com orientação e acompanhamento médico.
Viver com qualidade e bem-estar diante de um diagnóstico de DPOC é possível. Basta cuidar de forma preventiva e ficar atento aos sinais de exacerbação, buscando tratá-los precocemente quando surgirem e evitando contato com fatores de risco, como o tabagismo.
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