Doença celíaca: causas, sintomas e como conviver melhor com o diagnóstico

Prevenção e Controle

15/07/2021

É possível se alimentar bem sem consumir pães ou massas à base de farinha branca, uma das principais vilãs para os intolerantes ao glúten? Tire suas dúvidas e saiba como lidar com a doença celíaca.

2 min de leitura

Doença celíaca: causas, sintomas e como conviver melhor com o diagnóstico

Caracterizada pela intolerância ao glúten, a doença celíaca afeta pelo menos 1% da população mundial, segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra). No Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas têm a doença.

Doença celíaca: o que é?

Doença celíaca é uma patologia autoimune, causada pela intolerância ao glúten presente nos alimentos. Ele é uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados.

As pessoas com esta intolerância não produzem – ou produzem poucas – as enzimas capazes de degradar o glúten. Isso provoca uma reação do sistema imune, que resulta em lesões no intestino, interferindo na absorção dos nutrientes.

Quais são as causas?

De origem genética, a doença acomete principalmente pessoas que apresentam histórico familiar.

Aqueles que possuem outras doenças autoimunes como diabetes, lúpus, hepatite e artrite reumatoide, também estão mais propensas a desenvolver esta intolerância.

Além disso, algumas patologias que não são autoimunes, podem ser fatores de risco, como fibromialgia, Síndrome de Down e doenças do fígado.

Sintomas de intolerância ao glúten

Se ao ingerir alimentos à base de glúten, como pães com farinha branca, você se sente mal, com ânsia de vômito, gases e diarreia, é possível que seja intolerante ao glúten. Estes são alguns dos sinais mais comuns do problema. Conheça outros indícios:

  • Perda de peso
  • Anemia
  • Barriga estufada
  • Maior irritabilidade
  • Cólicas abdominais
  • Baixa estatura em crianças
  • Osteoporose

A doença se manifesta de forma diferente para cada indivíduo, podendo surgir tanto na idade adulta, quanto na infância. Nos bebês, um fator determinante para o surgimento da doença é o tempo de amamentação. Quanto maior o tempo de amamentação, mais tardio os sintomas podem surgir.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito por exame clínico com médico especialista, que vai analisar os sintomas apresentados pela pessoa, bem como seu histórico familiar.

Além da avaliação clínica, o especialista poderá solicitar a realização de alguns exames como a biópsia do intestino (por meio da colonoscopia), exames de sangue, fezes e urina. Uma dieta restritiva sem glúten também pode ser requerida pelo médico.

Tratamento e alimentação saudável

A principal forma de tratamento, é a dieta com total ausência de glúten. Quando a proteína é excluída da alimentação, os sintomas desaparecem.

A adaptação é necessária e, a maior dificuldade para os pacientes, é conviver com as restrições impostas pelos novos hábitos alimentares. A boa notícia é que há um vasto leque de opções para substituir este ingrediente, como as farinhas de mandioca e de arroz, por exemplo.

Além disso, os vegetais estão liberados na dieta celíaca. Frutas, legumes e verduras são uma boa fonte de nutrientes.

Veja outras opções de alimentos liberados:

  • Leite e derivados
  • Carne (boi, porco, frango e peixe)
  • Soja
  • Tapioca
  • Ovos
  • Leguminosas
  • Farinhas sem glúten
  • Fubá

A doença celíaca não tem cura, por isso, a dieta deve ser seguida rigorosamente pelo resto da vida. O glúten é utilizado de forma tão generalizada em produtos alimentícios, que quem porta a doença celíaca, precisa de listas detalhadas de todos os alimentos que deve evitar, bem como de aconselhamento nutricional.

Quer se informar mais sobre outros problemas intestinais? Acesse o nosso artigo sobre Prisão de ventre. Aproveite para tirar as suas dúvidas sobre alimentação saudável, acessando os nossos conteúdos sobre o tema: Alimentação.

Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
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