Hiper e hipotiroidismo: diferenças entre os distúrbios da tireoide
27/09/2021
Para não ter dúvidas sobre os problemas da tireoide, explicamos, neste artigo, o que é a glândula tireoide e quais as diferenças entre os principais distúrbios.
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Muita gente confunde os distúrbios da tireoide, como hiper e hipotireoidismo, com o nome da própria glândula tireoide. Essa parte do corpo humano localiza-se no pescoço, abaixo do chamado pomo de Adão (ou gogó), apresentando o formato semelhante ao de uma borboleta.
Por isso, ao ouvir alguém dizer que “está com tireoide”, a referência provavelmente é algum problema nesta glândula. Os distúrbios hiper e hipotireoidismo, por exemplo, embora sejam mais comuns em mulheres, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, podem acometer pessoas de todas as idades e gêneros.
Hiper e Hipotireoidismo: possíveis causas
A glândula tireoide é a responsável pela produção de hormônios T4 e T3, necessários para o metabolismo do organismo. Quando há produção excessiva, ou deficiente, destes hormônios, é sinal de que algo não vai bem nesta área.
As causas para os distúrbios da tireoide podem variar, mas geralmente, os problemas estão associados à chamada Doença de Graves, no caso do hipertireoidismo. Trata-se de uma doença autoimune que provoca o aumento da produção de hormônios na tireoide.
Já no caso do hipotireoidismo, a doença é conhecida como Tireoidite de Hashimoto. Ela ocorre quando o sistema imunológico passa a produzir anticorpos que atacam a própria glândula. Em ambos os casos, os problemas têm origem autoimune.
Veja outras possíveis causas do hiper e hipotireoidismo:
- Histórico familiar;
- Surgimento de nódulos tireoidianos;
- Doença de Plummer;
- Hipertireoidismo transitório (que pode surgir no primeiro trimestre da gestação).
Também há casos de tireoidites virais, que causam inflamação na glândula tireoide e têm origem viral.
Qual a diferença entre hiper e hipotireoidismo?
Enquanto o hipotireoidismo é caracterizado pela queda na produção dos hormônios T4 e T3, o hipertireoidismo é justamente o aumento destes hormônios. Em ambos os casos, pode haver um aumento no tamanho da glândula tireoide.
Além disso, alguns sintomas nestes distúrbios são semelhantes, como menstruação irregular e queda de cabelo. No entanto, tanto o hipertireoidismo como o hipotireoidismo possuem sintomas específicos. Confira a seguir.
Sintomas de hipertireoidismo
Neste caso, os sinais do distúrbio podem variar conforme a intensidade da doença. São alguns sintomas de hipertireoidismo:
- Perda de peso
- Suor excessivo e sensação de mais calor
- Irritabilidade
- Aceleração dos batimentos cardíacos
- Intestino solto
- Agitação
O aumento da glândula também pode levar a dificuldade de engolir os alimentos e rouquidão.
Sintomas de hipotireoidismo
Já no caso da queda na produção dos hormônios da tireoide, alguns sintomas são opostos aos do hipertireoidismo, como:
- Ganho de peso
- Intestino preso
- Diminuição dos batimentos cardíacos
- Cansaço e sonolência excessivos
- Dores musculares
- Aumento de colesterol no sangue
É importante lembrar que nenhum destes sintomas isolados é suficiente para decretar a existência de distúrbios da tireoide, já que podem indicar outros problemas de saúde.
Distúrbios da tireoide: diagnóstico e tratamentos
Somente um médico poderá diagnosticar a existência de hiper e hipotireoidismo, com base nos sintomas apresentados, no histórico do paciente e de sua família. Assim, o profissional de saúde irá solicitar exames para identificar o problema, como a ultrassonografia.
O exame de sangue também ajuda a analisar os níveis de hormônios T3 e T4, da tireoide, e do TSH, hormônio que estimula a glândula a produzir o T3 e T4.
No caso de crianças com distúrbios da tireoide, como pode ocorrer em bebês cuja mãe teve ou tem a Doença de Graves, o teste de pezinho, obrigatório para recém-nascidos, também ajuda a diagnosticar o problema.
Há diversas formas de tratar os distúrbios da tireoide, desde o uso de medicamentos ou reposição hormonal, até a retirada de parte da glândula por meio de cirurgia.
Para o sucesso do tratamento, é imprescindível seguir corretamente as prescrições médicas. O endocrinologista é o profissional mais indicado para o diagnóstico, tratamento e controle do problema.
Para se informar sobre outras doenças de origem metabólica, acesse os conteúdos do Portal Viver Bem, da Unimed-BH: Saúde metabólica.