Conheça o Guia Alimentar para a População Brasileira
19/05/2022
Entenda a importância de manter uma alimentação saudável e balanceada, aprenda dicas de ouro e saiba como começar a mudar seus hábitos
5 min de leitura
A alimentação tornou-se, atualmente, um dos assuntos principais relacionados à saúde e, por essa razão, ganha cada vez mais destaque entre os médicos. Esse tema é tratado com importância há anos pelo Ministério da Saúde, que lançou, em 2006, a primeira edição do Guia Alimentar para a População Brasileira.
Muito se fala em manter uma dieta saudável, com alimentos de qualidade e que não coloquem o bem-estar em risco. As informações claras e corretas a respeito, no entanto, nem sempre estão ao alcance de todos.
Foi com o objetivo de oferecer dados seguros e dicas úteis a todas as pessoas que o Guia Alimentar foi lançado. O manual apresenta orientações importantes sobre a obesidade, aborda os riscos do consumo de comidas processadas e incentiva que a população busque cada vez mais a ingestão de alimentos in natura e minimamente processados.
Como surgiu?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que os governos dos países formulem diretrizes nacionais sobre alimentação, sempre levando em consideração as mudanças sociais, políticas e econômicas vividas pela população.
O Guia Alimentar, então, tornou-se um dos braços do Sistema Único de Saúde (SUS) para a promoção da alimentação saudável e adequada. Na ocasião do lançamento da primeira edição, a publicação apresentou as primeiras diretrizes alimentares oficiais, tornando-se uma referência para famílias, governos e profissionais da saúde.
O material foi elaborado pela Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde e se constitui, segundo o próprio manual, como um instrumento para incentivar a alimentação saudável e patrocinar políticas e ações que busquem melhorar a saúde alimentar da população em geral.
5 princípios para a elaboração do Guia Alimentar
O Ministério da Saúde se baseou em cinco princípios para a elaboração do Guia Alimentar, transformando o material em uma peça importante na busca do fortalecimento da educação alimentar.
- Alimentação é mais que ingestão de nutrientes
É sabido que a alimentação diz respeito à ingestão de nutrientes, mas também é importante destacar os alimentos que contêm e fornecem esses nutrientes. É necessário clarear informações sobre o modo de comer, a combinação entre alimentos e outros aspectos que possam influenciar na boa alimentação.
- Recomendações sobre alimentação devem estar em sintonia com seu tempo
É fundamental que as diretrizes nacionais sobre alimentação sejam atualizadas periodicamente, levando em consideração as mudanças sofridas pela população. O Guia Alimentar teve uma segunda edição publicada e passou até mesmo por uma consulta pública.
- Alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar social e ambientalmente sustentável
Guias alimentares devem levar em consideração o panorama da evolução da alimentação e as condições de saúde da sociedade para fazer recomendações.
- Diferentes saberes geram o conhecimento para a formulação de guias alimentares
O conhecimento necessário para elaborar guias alimentares é gerado por diferentes saberes.
- Guias alimentares ampliam a autonomia na escolha alimentar
Pessoas, famílias e comunidades que alcançam informações confiáveis sobre alimentação adequada ampliam a autonomia para fazer escolha alimentar consciente.
Regra de ouro da alimentação
O Guia Alimentar para a População Brasileira faz uma série de recomendações para a melhora da qualidade da alimentação da sociedade. Existe, no entanto, uma “regra de ouro” voltada a facilitar o entendimento do leitor: a importância de preferir alimentos in natura ou minimamente processados e evitar os processados ou os ultraprocessados.
O ‘Pod Isso, Doutor’, podcast do Viver Bem, lançou um episódio com o tema “Hábitos Saudáveis e Reeducação Alimentar” e dá explicações sobre o que é comer de forma saudável, além de trazer dicas sobre alimentação. Ouça no Portal Viver Bem.
A diferença entre os alimentos
Alimentos in natura ou minimamente processados
Os alimentos in natura são obtidos diretamente de plantas e animais para o consumo e não sofrem nenhuma alteração. Alguns exemplos são frutas, verduras, legumes e raízes.
Por sua vez, os minimamente processados, que também são comuns na dieta da população, são alimentos in natura que passaram por algum processo após deixar a natureza. Essas alterações servem, de modo geral, para a remoção de fragmentos não comestíveis e não envolvem a adição de substâncias (como sal, açúcar e óleo) ao alimento. Arroz, feijão e frutas secas podem ser classificados nesse quesito.
Alimentos processados e ultraprocessados
Em contrapartida, estão os alimentos processados, fabricados pela indústria. Diferentemente dos minimamente processados, eles sofrem com a agregação de outras substâncias, muitas vezes com o objetivo de torná-los mais duráveis.
Alguns exemplos são as frutas em calda ou cristalizadas, comidas enlatadas, pães feitos com farinha de trigo, extrato de tomate com açúcar e/ou sal e carne-seca.
Por fim, os alimentos ultraprocessados, que são usualmente produzidos por grandes indústrias. Essas comidas são elaboradas inteiramente ou principalmente com substâncias como gorduras, óleos, açúcares e proteínas. Podemos citar estes: refrigerantes, biscoitos recheados, sorvetes, balas, sopas e salgadinhos de pacote.
Por que preferir alimentos in natura ou minimamente processados?
O Guia Alimentar explica que existem razões biológicas, culturais, sociais e ambientais para basear a dieta em alimentos in natura ou minimamente processados. Essas comidas variam com relação à quantidade de calorias por grama.
Os alimentos de origem animal são boas fontes de proteína para o corpo humano, fornecendo as vitaminas e os minerais necessários, mas não contêm fibra. Além disso, essas comidas podem favorecer o risco de obesidade ou de outras doenças por conter quantidade elevada de gorduras não saudáveis, as chamadas “gorduras saturadas”.
Alimentos de origem vegetal são ótimas fontes de fibras e nutrientes, além de conter menos calorias. Individualmente, no entanto, eles podem não proporcionar todos os nutrientes necessários. Por isso é importante fazer a combinação de alimentos, ponto esclarecido em detalhes no Guia Alimentar.
Fique longe de alimentos ultraprocessados
É importante limitar o consumo de alimentos processados, já que o alimento original acaba sendo modificado com a adição exagerada de sal e açúcar. O processo de fabricação desses alimentos também resulta na perda de água, transformando alimentos pouco calóricos em grandes fontes de calorias.
Por sua vez, os alimentos ultraprocessados não são recomendados por várias razões, todas relacionadas à composição nutricional dos produtos. Eles são ligados diretamente ao consumo excessivo de calorias, já que costumam ser ricos em gorduras e açúcares, sendo grandes vilões para o corpo humano.
É importante preferir água, leite e frutas a refrigerantes e outras bebidas industrializadas. O manual orienta que a população não troque comidas feitas na hora, como caldos, sopas, molhos, arroz, feijão e macarrão, por alimentos instantâneos, como as sopas de pacote e os pratos congelados.
Dicas práticas para se alimentar melhor
O Guia Alimentar para a População Brasileira é um manual rico em informações, elaborado para ser uma fonte importante de conhecimento sobre o tema para toda a sociedade.
Além de conter, de forma clara e mais detalhada, as informações que vimos anteriormente, a publicação também traz uma série de dicas e passos para uma alimentação adequada e mais saudável. Acesse o Guia Alimentar clicando aqui.
Para mais conteúdos sobre alimentação saudável, acesse o Portal Viver Bem da Unimed-BH: