Diabetes mellitus: tudo o que você precisa saber sobre a doença

Prevenção e Controle

12/11/2021

Atualizado em 04/05/2023

Diabetes mellitus: tipos, fatores de risco, causas, sintomas e tratamentos: um artigo com todos os detalhes.

6 min de leitura

Diabetes mellitus: tudo o que você precisa saber sobre a doença

O diabetes mellitus é uma doença crônica que atinge 13 milhões de indivíduos no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Anualmente, a quantidade de pessoas acometidas pela condição cresce de forma alarmante em todo o mundo, o que preocupa os especialistas em saúde.

A doença é muito séria e silenciosa e pode estar associada a fatores genéticos. Na maior parte dos casos, no entanto, hábitos saudáveis impedem o surgimento da enfermidade, que geralmente acarreta muitos problemas de saúde.

Neste artigo, o Viver Bem, portal de Saúde da Unimed-BH, tira suas dúvidas sobre a doença. Você vai conhecer os tipos, as causas, os fatores de risco, os sintomas, as formas de tratamento, entre outros detalhes relacionados.

Glossário do Diabético

Nos próximos tópicos deste artigo, vamos nos aprofundar mais nos tipos de diabetes mellitus, quais são as formas de prevenção, os fatores de risco, as possíveis complicações e o tratamento para a doença, entre outros tópicos.

Alguns termos citados, no entanto, não são tão empregados em nosso dia a dia e podem gerar dúvidas. Por isso, o portal Viver Bem elaborou o Glossário do Diabético, que reúne, em ordem alfabética, as informações mais importantes relacionadas à doença.

Neste conteúdo gratuito, você entenderá o que significa cada termo e aprender a lidar melhor com o diabetes, principalmente se tiver descoberto a condição recentemente e estiver perdido em meio a tantas informações.

O que é diabetes mellitus?

A insulina é um hormônio responsável por regular a taxa de glicose no sangue. O diabetes mellitus representa a deficiência da produção dessa substância ou a resistência à sua ação. Ela pode ser total ou parcial e surgir por fatores genéticos, hábitos alimentares inadequados, sedentarismo ou condições como a obesidade.

Quando o organismo apresenta um descontrole na glicose, a quantidade da substância no sangue pode se tornar elevada, o que causa danos aos vasos sanguíneos. Em curto e longo prazos, esse processo tem potencial para trazer diversas complicações graves ao paciente.

O diagnóstico precoce da doença e o tratamento são fundamentais para evitar que o quadro evolua e se complique, independentemente dos fatores que levaram ao desenvolvimento do quadro.

Que tal assistir um vídeo sobre diabetes para se informar melhor? Assista agora o oitavo episódio do Saber Pra Cuidar, websérie da Unimed-BH. A Dra. Ana Paula Oliveira, médica endocrinologista e cooperada da Unimed-BH, traz muitas informações importantes para você. Veja no YouTube:

Tipos

Existem tipos diferentes de diabetes mellitus, e os mais comuns são chamados de “diabetes tipo 1” e “diabetes tipo 2”. Entenda qual a diferença entre eles e o que cada tipo é capaz de causar.

Diabetes tipo 1

O diabetes tipo 1 é a categoria com menor incidência, representando cerca de 10% dos casos. Essa condição apresenta uma deficiência absoluta de insulina no pâncreas, desregulando a glicose no sangue.

Aliada ao alto consumo de carboidratos, a perda dessa função pode fazer com que os níveis de glicose no sangue cresçam de forma insustentável. Existe a possibilidade de os pacientes sofrerem com várias complicações graves, incluindo cetoacidose diabética – que também está ligada à ausência de insulina.

Esse tipo de diabetes tem influência genética e, por isso, é a condição que mais recebe diagnósticos na infância e na adolescência. O diabetes tipo 1 pode destruir as células responsáveis por sintetizar e excretar a insulina para “realizar o seu trabalho” – as células beta pancreáticas.

Diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 representa maior incidência em diagnósticos e geralmente se desenvolve por dois motivos. No primeiro deles, o pâncreas consegue produzir uma quantidade suficiente de insulina, mas o organismo não é capaz de utilizá-la da forma necessária.

Por outro lado, em alguns casos o órgão não consegue produzir quantidades suficientes de insulina para regular de modo satisfatório a glicose no sangue.

Além disso, o diabetes tipo 2 afeta o organismo progressivamente, sendo possível ser detectado por meio de exames, ainda na fase chamada de “pré-diabetes”.

Diabetes mellitus: tudo o que você precisa saber sobre a doença

Diabetes gestacional

Durante a gestação normal, a resistência à ação da insulina aumenta. Na maior parte dos casos, as células pancreáticas beta são capazes de compensar o aumento da demanda de insulina, mantendo a normoglicemia.

Em contrapartida, mulheres que desenvolvem diabetes mellitus gestacional (DMG) têm déficits na resposta das células beta, o que causa secreção insuficiente de insulina para compensar o aumento na demanda do hormônio.

De modo geral, a doença se estabiliza algumas semanas após o parto, mas é necessário fazer o tratamento correto durante a gestação. O acompanhamento é importante, visto que a ocorrência de diabetes gestacional está ligada ao aparecimento do diabetes tipo 2.

Prevenção e fatores de risco

Vários fatores de risco podem fazer um organismo desenvolver diabetes mellitus. Citamos anteriormente que o diabetes tipo 1 está associado a questões genéticas, o que dificulta um trabalho de prevenção.

A situação é diferente com relação ao tipo 2, já que o paciente tem como controlar fatores de risco comportamentais que podem retardar a evolução da doença.

Hábitos mais saudáveis, principalmente relacionados à alimentação, melhoram a qualidade de vida e previnem contra o diabetes. Existem, no entanto, alguns fatores de risco. É fundamental se atentar a determinadas condições, como:

  • Obesidade, hipertensão ou doença renal crônica: essas condições são associadas ao diabetes.
  • Pacientes diagnosticados com pré-diabetes ou que apresentaram alterações em exames de glicose em jejum no sangue.
  • Pessoas que sofreram elevação no colesterol ou alteração na taxa de triglicérides.
  • Predisposição genética para a doença (pais ou irmãos diagnosticados).
  • Pacientes que tiveram diabetes gestacional ou bebê com mais de 4 quilos.

Fique atento! Se você identificar um ou mais fatores de risco, procure um médico e faça um acompanhamento. Manter hábitos saudáveis e cuidar da alimentação traz benefícios para todos, independentemente do diagnóstico de diabetes mellitus ou de qualquer outra doença.

O Viver Bem da Unimed-BH traz uma série de dicas para o cuidado da alimentação. Confira um artigo especial sobre reeducação alimentar com muitas dicas e orientações importantes para você:

Reeducação alimentar: tire todas as suas dúvidas e ouça o podcast

Diabetes mellitus: tudo o que você precisa saber sobre a doença

 

Sintomas do diabetes mellitus

Vale destacar que o diabetes mellitus é uma doença que muitas vezes é silenciosa. Por isso, todos nós devemos ter a atenção voltada aos fatores de risco citados anteriormente.

A doença, no entanto, pode causar alguns sintomas que ajudam no diagnóstico de um paciente – que só pode ser confirmado por um médico. Fique alerta em caso de sintomas como:

  • Necessidade e urgência para urinar com frequência.
  • Sede excessiva.
  • Perda de peso e aumento do apetite.
  • Visão embaçada.

Dia Mundial de Combate ao Diabetes

Milhões de pessoas vivem com o diabetes mellitus no Brasil e no mundo, e o crescimento dos casos preocupa profissionais de saúde. Com o objetivo de conscientizar a população para a importância da luta contra a doença, foi criado o Dia Mundial de Combate ao Diabetes.

Ele é celebrado anualmente no dia 14 de novembro e convida pessoas e organizações a abordarem o tema, falando sobre os fatores de risco e as complicações que a condição pode trazer às pessoas.

Além disso, a data visa apoiar os portadores da diabetes mellitus, reunindo dicas e informações valiosas para seu bem-estar e qualidade de vida.

Complicações do diabetes

Nos casos em que o diabetes está descontrolado, e a glicose elevada persiste no sangue, há a possibilidade de os pacientes sofrerem com muitas complicações. As lesões nos vasos sanguíneos podem se estender a vários órgãos do corpo e causar:

  • Doenças cardiovasculares, incluindo AVC, infarto do miocárdio e doença coronariana.
  • Nefropatia diabética, que chega a provocar doença renal crônica.
  • Neuropatia diabética, causando danos no sistema nervoso periférico.
  • Pé diabético, efeito da neuropatia, que pode causar amputação dos pés.
  • Retinopatia diabética, que muitas vezes compromete a visão e faz com que o paciente veja borrões e tenha dificuldades para distinguir cores.

Há casos em que a doença também causa a cetoacidose diabética, isto é, complicação aguda da doença, que surge pela deficiência de insulina, pelo descontrole dos níveis de glicemia e pelo consumo excessivo de fontes de glicose.

O uso das medicações contra o diabetes precisa ser feito de forma regular. A utilização desregulada pode causar hipoglicemia, ou seja, a queda vertiginosa de açúcar no sangue.

A Unimed-BH preparou um Guia com tudo o que você precisa saber sobre as complicações do diabetes, como identificá-las e quais são suas consequências. Acesse:

Diabetes e suas complicações: saiba quais são e como identificá-las

Tratamento diabetes mellitus

O diabetes mellitus não tem cura, mas pode ser controlado e existem tratamentos para cada um dos tipos. Os casos são tratados de forma individual, a depender do estágio da doença. Apenas um médico é capaz de fazer esse diagnóstico.

Dentre as principais medidas para o controle do diabetes, estão as mudanças nos fatores comportamentais e o uso de medicamentos. As principais são:

  • Adoção de hábitos saudáveis: os especialistas indicam que a prática de atividades físicas e o controle do peso e da gordura abdominal são primordiais. É indicado que o consumo excessivo de álcool e o tabagismo sejam abandonados.
  • Mudança na rotina alimentar: uma dieta saudável é fundamental para o bem-estar do organismo e é considerada uma das maiores armas contra o diabetes. Além de uma dieta balanceada, a contagem de carboidratos pode ser necessária.
  • Controle da glicose e autoavaliação diária de lesões nos pés.
  • Uso correto das medicações prescritas pelo profissional de saúde.
  • Acompanhamento médico de rotina e exames em dia.
  • Atenção para a identificação de problemas como a hipoglicemia e a cetoacidose diabética.

Cuidado com o uso de medicamentos

Os medicamentos fazem parte da nossa vida e são necessários para a eficácia de diversos tratamentos, inclusive podem ser indicados para o controle de alguns casos de diabetes mellitus.

É importante, no entanto, tomar cuidado com a utilização dessas medicações. Pensando na importância do assunto, o Viver Bem preparou um e-book gratuito a respeito, trazendo informações valiosas sobre o tema.

Entenda a diferença entre remédio e medicamento, tenha acesso a um checklist para tomar as medicações de forma correta e saiba qual a maneira apropriada de armazená-las, entre outras dicas relevantes. Acesse agora:

Equipe de Atenção à Saúde Unimed-BH
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Equipe responsável por prover conteúdos em soluções assistenciais para clientes, profissionais e prestadores da Unimed-BH, assim como para a sociedade como um todo.

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