Novembro roxo: parto prematuro, o que preciso saber?

Maternidade

16/11/2021

Atualizado em 05/11/2024

Entenda o que é o parto prematuro, conheça as causas mais comuns e as possíveis consequências para o bebê. Saiba mais sobre a campanha Novembro Roxo.

4 min de leitura

A prematuridade é um tema muito importante e precisa ser amplamente discutido. Por isso, existe a campanha Novembro Roxo, que busca levar mais informações sobre o assunto ao público. 

O 11º mês do ano foi escolhido para tratar do tema por ser o Mês Internacional de Sensibilização para a Prematuridade. Durante o período, intensificam-se as ações de conscientização e disseminação de informações sobre os partos prematuros.

O Dia Mundial da Prematuridade é celebrado em 17 de novembro e marca o ápice do movimento Novembro Roxo. Mas, afinal, por que falar sobre o parto prematuro? O que é um parto prematuro? Por que ele acontece? Como evitá-lo?

O Viver Bem responde a essas e outras perguntas neste artigo especial.

Novembro Roxo: o que é um parto prematuro?

Parto prematuro é aquele que ocorre antes de a gestação completar 37 semanas. Os bebês que nascem prematuramente são classificados de acordo com o grau de prematuridade. São eles:

• Pré-termo extremo: nascidos com menos de 28 semanas de gestação;
• Muito pré-termo: nascidos entre 28 semanas e 31 semanas e 6 dias;
• Pré-termo moderado: nascidos entre 32 semanas e 33 semanas e 6 dias;
• Pré-termo tardio: nascidos entre 34 semanas e 36 semanas e 6 dias.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, aproximadamente 340 mil bebês nascem prematuros no Brasil todos os anos. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 10% dos nascimentos ao redor do mundo são prematuros.

Possíveis complicações da prematuridade para o RN

Quanto mais prematuro o parto, maior o risco de problemas à saúde e de morte.

Bebês prematuros podem apresentar dificuldade para respirar, controlar a temperatura do corpo e se alimentar sozinhos, por exemplo. Além disso, possuem risco aumentado de desenvolver infecções e de sangramento cerebral.

Os bebês mais prematuros podem desenvolver condições em longo prazo, que incluem atraso no desenvolvimento, distúrbios de aprendizagem, doença pulmonar crônica, problemas oftalmológicos, entre outros.

Fatores de risco para parto prematuro

A prematuridade pode ocorrer de forma espontânea ou pode ser orientada por conduta médica para evitar desfechos piores, como nos casos de eclâmpsia ou descolamento prematuro da placenta.

Algumas condições representam maior risco de parto prematuro. É importante conhecê-las e um dos objetivos do Novembro Roxo é divulgar essas informações. Entre os fatores de risco, estão:

• Gestação múltipla (gemelares, trigemelares etc.);
• Parto prematuro anterior;
• Não realização de pré-natal ou pré-natal incompleto;
• Uso de drogas ilícitas ou tabagismo;
• Fetos com malformação;
• Útero com anomalia;
• Doenças maternas preexistentes ou gestacionais;
• Infecções maternas, entre outras condições.

Infecções maternas durante a gestação estão frequentemente associadas aos partos prematuros e não devem ser negligenciadas.

A infecção de urina, por exemplo, é um importante agente de prematuridade. Por isso, atenção aos sintomas de infecção urinária. A realização de exames de urina durante a gravidez é de grande importância.

Outro exemplo de causa comum é a pré-eclâmpsia, doença que cursa com aumento da pressão arterial materna, entre outras alterações. A medição rotineira da pressão durante as consultas de pré-natal tem importante papel para que esse quadro seja detectado e tratado precocemente.

6 dicas para reduzir o risco de ter um parto prematuro

O mais importante é realizar um pré-natal de qualidade para identificação e manejo adequado de condições de risco para o parto prematuro. Algumas delas, como infecções, alterações de pressão e diabetes, podem ser tratadas ou controladas, evitando o desfecho da prematuridade.

Veja algumas dicas para evitar a prematuridade:

1. Faça os exames solicitados por seu médico;
2. Compareça às suas consultas de pré-natal e meça sua pressão arterial;
3. Abandone o alcoolismo e o tabagismo;
4. Adote uma alimentação saudável;
5. Pratique atividades físicas na gestação regularmente, conforme orientação médica;
6. Não use medicação sem orientação médica prévia.

Vale reforçar que hábitos não saudáveis como o tabagismo, o alcoolismo e o sedentarismo devem ser repensados, e a mudança deve começar, de preferência, antes mesmo da gravidez, ainda no planejamento familiar.

Afinal, preparar o seu corpo e a sua mente para a chegada de uma nova vida é o primeiro passo para uma gestação saudável. Para acompanhá-la nesta jornada de gestar uma nova vida, o Viver Bem tem uma série de conteúdos que poderão ajudá-la a ter uma gestação mais tranquila e a se preparar para o parto.

• Exames na gravidez: saiba quais são obrigatórios
• Alimentação e ganho de peso saudável na gravidez
• Preparação para o parto: esteja mais segura e confiante neste momento

Cuidados com o bebê prematuro

A seguir, você vai encontrar algumas recomendações de cuidados com o bebê prematuro. É muito importante, no entanto, destacar um ponto relevante: o objetivo deste artigo, assim como o do Novembro Roxo, é apenas informar.

É fundamental seguir as orientações do médico responsável pelo caso e tirar todas as dúvidas da família, garantindo a saúde e a segurança do recém-nascido e dos pais.

Método canguru

O método canguru é um programa de cuidados neonatais utilizado em caso de prematuridade. Seu objetivo é garantir que os pais, especialmente a mãe, estejam mais próximos do bebê após o seu nascimento.

A mãe pode ficar até 24h em internação com o recém-nascido, sendo realizada nesse período a transição da sonda de alimentação para a amamentação no seio. O contato pele a pele na posição canguru ocorre pelo maior tempo possível, beneficiando o bebê.

Além de fortalecer o vínculo afetivo, o método canguru traz benefícios como estabilidade térmica, estimulação sensorial e menor tempo de internação.

Principais cuidados após a alta

O tempo de internação em situação de prematuridade varia de acordo com o caso. Depois da alta, é necessário adotar alguns cuidados em casa, segundo as orientações do médico. Afinal de contas, um bebê prematuro tem um sistema mais delicado que o recém-nascido de termo.

São alguns dos principais cuidados:

• Coloque o bebê para dormir de barriga para cima;
• Não fume dentro de casa;
• Evite aglomerações, principalmente em locais fechados;
• Evite o contato com pessoas doentes;
• Higienize as mãos frequentemente;
• Se possível, sempre priorize o aleitamento materno;
• Mantenha as vacinas em dia;
• Faça a troca das fraldas frequente, a cada 2 a 3 horas;
• No banho, limpe a pele do bebê suavemente com sabonete neutro, sem esfregar.

Leia um e-book sobre amamentação

A amamentação, como mencionamos neste texto, é um ponto fundamental para a saúde do bebê, seja ele recém-nascido ou não.

E, diante da importância desse tema, o Viver Bem preparou um e-book especial sobre o aleitamento materno. É um conteúdo completo em que você vai se informar a respeito de:

• Informações importantes sobre aleitamento materno;
• Pega, técnicas de amamentação e outras orientações;
• Ordenha, armazenamento e doação do leite materno;
• Glossário da amamentação;
• Dúvidas mais frequentes sobre o assunto.

Acesse agora! É gratuito. Clique na imagem abaixo.