Pré-eclâmpsia: o que é, causas, tratamento e como evitar a evolução do quadro
25/06/2025
Saiba o que é a pré-eclâmpsia, quais são os sintomas, os fatores de risco, os tratamentos e as formas de prevenção.
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A pré-eclâmpsia é uma condição importante que pode afetar mulheres grávidas. É possível que o problema comprometa a saúde tanto da mãe quanto do bebê e geralmente está relacionado ao aumento da pressão arterial.
Mulheres podem sofrer com a pré-eclâmpsia a partir da segunda metade da gravidez ou até seis semanas após o nascimento. Neste artigo, você vai saber o que é essa condição, quais são os fatores de risco, os sintomas e o tratamento.
O que é a pré-eclâmpsia?
A pré-eclâmpsia caracteriza-se pela hipertensão arterial, normalmente associada a perda de proteínas na urina e também a outras complicações, como alteração da função renal e hepática e diminuição das plaquetas do sangue.
Quando ocorrem convulsões, o quadro é chamado de eclâmpsia. O tratamento precoce e adequado certamente ajuda a prevenir a evolução para quadros mais graves. O comprometimento do desenvolvimento adequado da criança também pode ocorrer.
Fatores de risco
Embora a pré-eclâmpsia possa afetar qualquer gestante, alguns fatores aumentam significativamente o risco de desenvolvimento dessa condição. É importante conhecê-los e se atentar. Estão entre os principais:
- Primeira gravidez.
- Gestação múltipla (gêmeos ou mais).
- Condições preexistentes, como diabetes, lúpus e hipertensão.
- Histórico familiar de pré-eclâmpsia ou condições relacionadas, como hipertensão arterial, diabetes ou doenças renais.
- Idade materna avançada (acima de 35 anos) ou jovem (menores de 18 anos).
- Obesidade.
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Sintomas comuns da pré-eclâmpsia
A pré-eclâmpsia pode ser assintomática, o que torna a detecção precoce ainda mais importante. No entanto, alguns sinais indicativos de alerta podem surgir, como:
- Hipertensão arterial.
- Presença de proteína na urina.
- Dor de cabeça forte e persistente.
- Distúrbios visuais, como visão turva ou flashes de luz.
- Inchaço nas mãos e no rosto.
- Náusea e vômito, principalmente após o primeiro trimestre.
- Dor abdominal superior, especialmente no lado direito.
A condição pode, em situações mais graves, evoluir para a eclâmpsia. Nesse quadro, a mulher sofre com convulsões, colocando em risco imediato sua vida e a do bebê.
Complicações associadas à pré-eclâmpsia
O tratamento precoce e adequado pode diminuir as chances de complicações graves, que geralmente afetam tanto a gestante como o bebê.
Além da já mencionada eclâmpsia, são possíveis complicações da condição:
- Síndrome HELLP (destruição dos glóbulos vermelhos, elevação das enzimas hepáticas e baixa contagem de plaquetas).
- Descolamento prematuro da placenta.
- Danos em órgãos como rins, fígado e cérebro.
- Crescimento intrauterino restrito.
- Parto prematuro.
- Morte materna ou fetal.
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Diagnóstico e monitoramento
O diagnóstico da pré-eclâmpsia é feito por meio da aferição da pressão arterial e da análise de exames laboratoriais para detectar a proteinúria e outras alterações. A pressão arterial elevada e a presença de proteína na urina são os principais critérios para o diagnóstico.
Outros exames também podem ser solicitados a fim de monitorar o impacto da condição nos órgãos da mãe e no crescimento fetal. O acompanhamento rigoroso durante a gestação é fundamental para evitar a progressão para quadros mais graves, como a eclâmpsia.
Tratamento
O tratamento vai depender da gravidade do caso e do tempo da gestação. O controle da pressão arterial é fundamental.
O único tratamento eficaz para a pré-eclâmpsia é a interrupção da gestação. Por isso, em casos graves ou quando o feto está maduro, a indução do parto pode ser necessária para salvar a vida da mãe e do filho.
É possível prevenir?
Não há uma forma garantida de prevenir a pré-eclâmpsia, mas algumas medidas muitas vezes reduzem os riscos do desenvolvimento do distúrbio. A principal é a realização de um pré-natal rigoroso, com acompanhamento frequente da pressão arterial da gestante e realização de exames.
A mulher também deve se atentar à presença de sintomas que possam indicar que há algo de errado, como dor de cabeça frequente e distúrbios visuais. Um estilo de vida mais saudável também é muito positivo.
Alguns medicamentos, como o ácido acetil salicílico (AAS) e o cálcio algumas vezes são usados como forma de prevenção em gestantes com risco aumentado para desenvolver a pré-eclâmpsia
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