O que é obesidade: causas, tratamento, prevenção, fatores de risco
28/06/2022
Estar acima do peso pode levar a complicações para a saúde, já que a obesidade é considerada uma doença. Este artigo vai falar de suas causas, fatores de risco e como evitar o excesso de peso.
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No Brasil, a prevalência do excesso de peso aumentou de 42,6% em 2006 para 55,4% em 2019. Já a obesidade saltou de 11,8% para 20,3%, no mesmo período, de acordo com pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Sabendo que estar acima do peso pode trazer complicações para a saúde, vamos falar agora sobre seus efeitos e complicações.
Continue lendo para descobrir o que é essa doença, o que causa a obesidade e como controlar o excesso de peso a fim de viver de forma mais saudável.
O que é obesidade?
A obesidade é diagnosticada quando a quantidade de gordura corporal é maior do que o considerado saudável para a idade, o sexo e a altura, podendo afetar crianças e adultos. Muitos fatores contribuem para o ganho de peso excessivo, sendo os principais: o estilo e hábitos de vida, o padrão alimentar, a prática de atividade física e a rotina de sono. Outros fatores que predispõem ao ganho de peso são: genéticos, o uso de determinados medicamentos e algumas doenças.
O índice de massa corporal (IMC) não é o único, mas é um dos principais parâmetros levados em consideração para a classificação de obesidade. Ele é calculado dividindo-se o peso em kg pela altura ao quadrado em metros. Como o IMC relaciona o peso com a altura, há forte relação com o teor total de gordura corporal. Dependendo do resultado, a classificação é a que se segue:
- Normal: IMC de 18,5-24,9
- Excesso de peso: IMC de 25-29,9
- Obesidade grau I: de 30 a 34,9
- Obesidade grau II: de 35 a 39,9
- Obesidade grau III: acima de 40
O que causa a obesidade?
Comer mais calorias do que seu corpo necessita, em médio ou longo prazos, pode propiciar a obesidade.
Para entendermos melhor essa condição, existem alguns outros fatores que favorecem o ganho de peso, levando à obesidade. São eles:
- Genética: a genética afeta como seu corpo processa alimentos em energia e a energia resultante desse processamento, e também como a gordura é armazenada
- Envelhecimento: a idade faz com que haja diminuição da massa muscular e há uma taxa metabólica mais lenta, o que facilita o ganho de peso.
- Não dormir o suficiente: pode causar alterações hormonais que fazem você sentir mais fome e desejar certos alimentos altamente calóricos.
- Gravidez: muitas mulheres ganham peso além do esperado durante a gravidez. Este ganho excessivo pode levar à obesidade.
Certas condições de saúde também influenciam no ganho de peso. Elas incluem, ainda:
- Síndrome dos ovários policísticos (SOP) – condição que causa um desequilíbrio dos hormônios reprodutivos femininos.
- Síndrome de Prader-Willi – condição rara, de origem genética, em que não há a sensação de saciedade, levando à ingestão de grande quantidade de alimentos.
- Síndrome de Cushing – condição causada por doenças que afetam a glândula suprarrenal, produzindo grandes quantidades de cortisol.
- Hipotireoidismo (tireoide hipoativa) – doença na qual a tireoide apresenta uma produção insuficiente de hormônios.
- Osteoartrite e outras condições que causam dor – podem levar à redução da atividade física espontânea.
Quais são os riscos para a saúde associados à obesidade?
A obesidade é prejudicial à saúde, uma vez que é um fator de risco para muitas condições, aumentando o risco de desenvolver uma série de doenças crônicas, incluindo:
- Diabetes tipo 2: O risco de diabetes tipo 2 aumenta com o grau e a duração da obesidade. Esta doença está associada à obesidade central, na qual a pessoa tem excesso de gordura na cintura (figura corporal em forma de maçã).
- Pressão alta (hipertensão): A hipertensão é comum entre adultos obesos, podendo propiciar outras complicações como o acidente vascular cerebral, também relacionado à obesidade.
- Colesterol alto (hipercolesterolemia).
- Ataque cardíaco: Estudos associam que o risco de desenvolver doença arterial coronariana aumenta em pessoas obesas.
- Câncer: A obesidade é um fator de risco para câncer de cólon em homens e mulheres, câncer de reto e próstata em homens e câncer de vesícula biliar e útero em mulheres. A condição também pode estar associada ao câncer de mama, particularmente em mulheres na pós-menopausa.
- Cálculos biliares.
- Gota e artrite gotosa.
- Osteoartrite (artrite degenerativa) dos joelhos, quadris e parte inferior das costas.
- Apneia do sono
Como você viu, o diabetes aumenta o risco do desenvolvimento da obesidade. Esse é o tema do oitavo episódio do Saber Pra Cuidar, websérie da Unimed-BH, que está disponível no YouTube. Veja o vídeo agora e informe-se melhor:
Veja também o que o Dr. Valério Trindade, cardiologista e médico cooperado da Unimed-BH falou no terceiro episódio do Saber Pra Cuidar sobre colesterol alto clicando aqui.
Como a obesidade é tratada?
Se você não conseguiu perder peso por conta própria, a ajuda médica é uma opção que faz a diferença. Converse com seu médico de cuidados primários, que certamente deverá encaminhá-lo a um especialista no tratamento da obesidade em sua área.
Seu médico trabalhará com você para fazer as mudanças necessárias no estilo de vida. É comum que sejam recomendados medicamentos ou, em casos extremos, até mesmo cirurgia visando ao emagrecimento.
Mesmo havendo essas possibilidades, normalmente a condição da pessoa obesa é tratada simplesmente com mudanças de hábito e de estilo de vida. O mais importante é que a mudança de hábitos e estilo de vida é parte fundamental e deve ser implementada junto com todos os tratamentos acima citados.
Lembre-se: o principal tratamento da obesidade é a prevenção. Assim, sempre fique atento ao seu peso. Atividade física e exercício diários, além de fundamentais para a saúde cardiológica, mental e metabólica, contribuem para aumentar seu gasto calórico, ajudando no controle do peso.[PRVB(2]
Que estilo de vida e mudanças comportamentais ajudam na perda de peso?
A boa notícia é que o sobrepeso e a obesidade, bem como suas doenças relacionadas, podem ser evitáveis. No nível individual, é possível fazer isto ao:
- limitar a ingestão de energia a partir de gorduras e açúcares totais;
- aumentar o consumo de frutas e vegetais, bem como leguminosas, grãos integrais e nozes;
- praticar atividade física regular (60 minutos por dia para crianças e 150 minutos distribuídos durante a semana para adultos).
Em relação à alimentação existem várias opções de tratamento com a ajuda de profissionais como endocrinologistas, nutrólogos e nutricionistas.
A Unimed-BH tem um episódio especial do “Pod Isso, Doutor?”, o podcast do Viver Bem com médicos e especialistas, que pode te ajudar a adotar hábitos alimentares mais saudáveis. Ouça aqui e dê os primeiros passos para se alimentar melhor e viver com mais saúde!
