Sintomas de depressão: informe-se sobre a doença, o diagnóstico e os tratamentos
10/04/2023
Atualizado em 23/12/2022
Reconhecer os sinais de depressão é o primeiro passo para buscar ajuda. Leia este artigo e saiba como lidar com o transtorno e cuidar da saúde mental.
4 min de leitura
Conhecer os sintomas de depressão é uma forma de identificar possíveis sinais da condição. Essa doença acomete jovens, adultos e idosos em todo o mundo e pode afetar diversos aspectos da vida de uma pessoa.
Ela pode dificultar a realização de tarefas simples do dia a dia, como escovar os dentes ou sair da cama. Além disso, também pode trazer prejuízos para a vida profissional e prejudicar a carreira do paciente.
A Organização Mundial da Saúde estima que 5,8% da população do Brasil sofre do transtorno e a tendência é que este número aumente nos próximos anos. A expectativa é que a depressão seja a doença mais comum no mundo em 2030.
Continue lendo e se informe sobre os sintomas de depressão, como é feito o diagnóstico e quais são os tratamentos disponíveis.
O que é depressão?
Antes de conhecer os sintomas de depressão, vale a pena se informar a respeito dessa doença. Trata-se de uma alteração de humor caracterizada por sentimentos como tristeza, ansiedade, desânimo e desesperança, que persistem por mais de duas semanas.
A depressão é o transtorno psiquiátrico mais comum entre os pacientes atendidos na Atenção Primária à Saúde. A estimativa é que cerca de 20% da população adulta será acometida por um transtorno de humor que necessitará de tratamento em algum momento da vida.
Se não tratada, a depressão pode reduzir a qualidade de vida e aumentar o risco de suicídio. Além disso, quando ocorre junto a outras doenças crônicas, ela também pode comprometer o desfecho clínico.
O que causa o transtorno?
Questões genéticas, ambientais e sociais estão associadas aos fatores de risco para o desenvolvimento da depressão. Mulheres, jovens, pessoas com renda mais baixa, doença médica séria ou que acabaram de ter um bebê têm maior probabilidade de desenvolvê-la.
Veja outros fatores de risco:
- Eventos de vida estressantes;
- Histórico familiar;
- Trauma de infância;
- Demência;
- Uso de entorpecentes.
Pessoas que já tiveram um episódio depressivo anterior também integram o perfil de risco em desenvolver o transtorno.
Quais são os sintomas de depressão?
É possível identificar os sinais de depressão observando algumas mudanças de comportamento, mas somente um profissional pode diagnosticar corretamente o problema.
Baixa energia, perda de interesse ou prazer na maioria ou em todas as atividades e pensamentos recorrentes sobre morte ou suicídio são alguns dos sintomas. Veja outros indícios:
- Alteração de humor: a pessoa se apresenta constantemente deprimida
- Alteração do sono: insônia ou hipersônia (sonolência excessiva)
- Retardo psicomotor ou agitação
- Dificuldade em manter a concentração
- Pensamentos de inutilidade ou culpa
A persistência de pelo menos cinco destes sintomas de depressão por mais de duas semanas acende um alerta e é importante procurar ajuda médica.
Diagnóstico de depressão: qual profissional procurar?
Não há exame laboratorial ou de imagem que determine o diagnóstico de depressão, por isso, uma avaliação médica é essencial.
Ela pode ser feita pelo seu médico habitual, que poderá encaminhá-lo para o especialista adequado, ou por outros profissionais como psicólogo e psiquiatra, que são especializados em transtornos mentais.
Na consulta, o paciente irá conversar sobre os sintomas e queixas apresentados e poderá passar por um exame físico detalhado. Outros exames também podem ser necessários para afastar possíveis situações que podem se assemelhar aos sintomas de depressão, como hipotireoidismo, hipovitaminose e anemia.
Além disso, para auxiliar no diagnóstico da doença, há questionários que podem ser aplicados para uma melhor avaliação do quadro.
Quais são os tratamentos para depressão?
O tratamento pode se basear em sessões de psicoterapia, medicamentos ou uma combinação dos dois. Seu médico irá fazer uma análise para definir a melhor estratégia.
A melhora deve ser percebida de uma a duas semanas após o início do tratamento. No entanto, em alguns casos, pode ser necessário trocar a medicação para que o tratamento seja efetivo.
É importante frisar que a depressão é uma doença real, diagnosticável e passível de tratamento. Não é “coisa da cabeça” de quem sofre, nem “frescura”. É preciso falar sobre o problema sem medo ou preconceitos e buscar ajuda para obter a melhora.
Cuide da saúde mental
Agora que você conhece os sintomas de depressão, vale a pena destacar um ponto importante. É comum que cuidemos da saúde do nosso corpo, mas muitas vezes esquecemos dos cuidados com a mente.
A saúde mental também precisa ser uma prioridade, mas você sabe quais atitudes podem fazer a diferença? O Viver Bem tem um artigo especial sobre esse assunto para você se informar. Acesse:
Você sabe cuidar da saúde mental? Saiba como mantê-la em dia
Esse é um assunto muito relevante e, por isso, é tema do quarto episódio da websérie Saber Pra Cuidar, disponível no YouTube da Unimed-BH. Nele, o Dr. Maurício Leão, psiquiatra e médico cooperado da Unimed-BH, traz inúmeras informações e orientações sobre saúde mental, confira:
Cuidado com o uso de medicamentos
Você viu que alguns medicamentos podem ser utilizados no tratamento contra a depressão quando receitados por um profissional de saúde. É muito importante, no entanto, se atentar a um detalhe: nunca fazer uso de medicações sem prescrição médica.
Não é indicado fazer o uso indiscriminado de qualquer medicamento, independentemente da situação. Para você se informar melhor sobre os cuidados necessários com as substâncias, o Viver Bem preparou um material especial.
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