Depressão: o que é, sintomas, diagnóstico e tratamento
20/08/2021
Reconhecer os sinais de depressão é o primeiro passo para buscar ajuda. Leia este artigo e saiba como lidar com o transtorno e cuidar da saúde mental.
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A depressão acomete jovens, adultos e idosos em todo o mundo, afetando vários aspectos da vida de uma pessoa. Ela pode dificultar a realização de tarefas simples do cotidiano, como escovar os dentes ou sair da cama e até mesmo prejudicar a vida profissional. Por isso, é importante saber identificar os sinais de depressão.
A Organização Mundial da Saúde estima que 5,8% da população do Brasil sofre do transtorno e a tendência é que este número aumente nos próximos anos. A expectativa é que a depressão seja a doença mais comum no mundo em 2030. Veja como reconhecer e tratar os sintomas da depressão.
O que é depressão?
Trata-se de uma alteração de humor caracterizada por sentimentos como tristeza, ansiedade, desânimo e desesperança, que persistem por mais de duas semanas. A depressão é o transtorno psiquiátrico mais comum entre os pacientes atendidos na Atenção Primária à Saúde.
A estimativa é que, cerca de 20% da população adulta será acometida por um transtorno de humor que necessitará de tratamento em algum momento da vida. Se não tratada, a depressão pode reduzir a qualidade de vida e aumentar o risco de suicídio.
Além disso, quando ocorre junto a outras doenças crônicas, ela também pode comprometer o desfecho clínico.
O que causa?
Os fatores de risco para desenvolver depressão abrangem tanto questões genéticas como ambientais e sociais.
O perfil de pacientes mais acometidos pela doença é composto por mulheres, jovens, pessoas com renda mais baixa, doença médica séria ou que acabaram de ter um bebê. Veja outros fatores de risco:
- Eventos de vida estressantes
- Histórico familiar
- Trauma de infância
- Demência
- Uso de entorpecentes
Pessoas que já tiveram um episódio depressivo anterior também integram o perfil de risco em desenvolver o transtorno.
Quais são os sintomas de depressão?
É possível identificar os sinais de depressão observando algumas mudanças de comportamento, mas somente um profissional pode diagnosticar corretamente o problema.
Baixa energia, perda de interesse ou prazer na maioria ou em todas as atividades e pensamentos recorrentes sobre morte ou suicídio são alguns dos sintomas. Veja outros indícios:
- Alteração de humor: a pessoa se apresenta constantemente deprimida
- Alteração do sono: insônia ou hipersônia (sonolência excessiva)
- Retardo psicomotor ou agitação
- Dificuldade em manter a concentração
- Pensamentos de inutilidade ou culpa
A persistência de pelo menos cinco destes sintomas de depressão por mais de duas semanas acende um alerta: algo precisa ser feito.
Diagnóstico de depressão: qual profissional procurar?
Não há exame laboratorial ou de imagem que determine o diagnóstico de depressão, por isso, uma avaliação médica é essencial.
Ela pode ser feita pelo seu médico habitual, que poderá encaminhá-lo para o especialista adequado, ou por outros profissionais como psicólogo e psiquiatra, o médico especializado em transtornos mentais.
Na consulta, o paciente irá conversar sobre os sintomas e queixas apresentados e poderá passar por um exame físico detalhado.
Outros exames também podem ser necessários, para afastar possíveis situações em comum aos sintomas da depressão, como hipotireoidismo, hipovitaminose e anemia.
Além disso, para auxiliar no diagnóstico da doença, há questionários que podem ser aplicados para uma melhor avaliação do quadro.
Como tratar a depressão?
O tratamento pode se basear em sessões de psicoterapia, medicamentos ou uma combinação dos dois. Seu médico irá fazer uma análise para definir a melhor estratégia.
A melhora deve ser percebida de uma a duas semanas após o início do tratamento. No entanto, em alguns casos, pode ser necessário trocar a medicação para que o tratamento seja efetivo.
É importante frisar que a depressão é uma doença real, diagnosticável e passível de tratamento. Não é “coisa da cabeça” de quem sofre, nem “frescura”. É preciso falar sobre o problema sem medo ou preconceitos e buscar ajuda para obter a melhora.
Cuidar da saúde mental é fundamental para ter qualidade de vida e pode refletir também na saúde física. Para te ajudar a se cuidar melhor, especialmente em um momento tão conturbado como o atual, sugerimos que acesse o conteúdo > Saúde mental na pandemia: como gerenciar mente e emoções.
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