Mal de Parkinson: saiba como identificar os sinais e como conviver com o diagnóstico
26/04/2022
O mal de Parkinson acomete sobretudo homens e mulheres acima de 65 anos. Existem alguns sinais característicos que podem auxiliar no diagnóstico precoce. Conheça mais informações sobre esse quadro!
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Tremores nas mãos, lentidão e desequilíbrio são sintomas que acendem um sinal de alerta em pessoas da terceira idade que podem indicar o mal de Parkinson. Estima-se que, no Brasil, cerca de 200 mil pessoas acima de 65 anos sofram dessa doença, que é degenerativa e não tem cura.
Assim como outras doenças que ocorrem nessa fase da vida, o mal de Parkinson não é evitável, mas é possível encontrar tratamentos que ofereçam mais qualidade de vida ao paciente. Para isso, é fundamental buscar o diagnóstico, realizar o acompanhamento médico e seguir as recomendações corretamente.
Conheça mais sobre o mal de Parkinson, sua causa, seus sintomas e os tratamentos disponíveis.
Mal de Parkinson: o que é?
A doença de Parkinson, também conhecida como “mal de Parkinson”, recebeu esse nome em homenagem ao cirurgião inglês James Parkinson. Foi ele quem descreveu os sintomas pela primeira vez, em seu estudo intitulado “Um Ensaio sobre a Paralisia Agitante”, em 1817 — ensaio que analisou pacientes que apresentavam tremores involuntários e alterações ao caminhar.
Trata-se de uma condição neurológica, crônica e degenerativa, que afeta a capacidade de movimento do indivíduo.
Causas do mal de Parkinson
O comprometimento da função motora se dá em razão da diminuição da produção de dopamina. A dopamina é um neurotransmissor que ajuda na execução de movimentos voluntários do corpo — como andar, escrever, digitar e segurar objetos — e permite que eles sejam realizados de forma automática.
Durante o envelhecimento, numa pessoa com mal de Parkinson, ocorre a morte aumentada das células cerebrais (neurônios) responsáveis pela produção da dopamina, o que resulta na diminuição da concentração dela no sistema nervoso central.
Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson
O dia 11 de abril foi definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson. O objetivo da data é conscientizar a população, sobretudo homens e mulheres na terceira idade, sobre o diagnóstico do mal de Parkinson, as formas de tratamento disponíveis e como conviver com a doença com bem-estar.
Sintomas de Parkinson: como identificar os sinais?
Existem quatro sintomas de Parkinson que, quando identificados, podem levantar o alerta: Trata-se de sintomas motores, quais sejam:
- Tremores e movimentos involuntário;
- Alterações na escrita
- Lentidão motora — para se levantar, andar, etc.
- Desequilíbrio
- Rigidez nas articulações
Além desses, outros sinais podem ser indicativos do mal de Parkinson, como alterações no sono, na fala e depressão. Além do mais, a inexistência dos sintomas típicos (como os tremores, por exemplo) não afasta o diagnóstico de mal de Parkinson. Por isso, uma avaliação médica é fundamental ao identificar qualquer sintoma, porque esses também podem ser indicativos de outros quadros.
Tremor de repouso: o que é?
O tremor é um dos sintomas mais relacionados ao mal de Parkinson. Entretanto, da mesma forma que nem todo paciente que possui a doença apresenta esse sintoma, nem todo tremor é indicativo de que o indivíduo esteja desenvolvendo o quadro.
Quando presente, o tremor característico é o tremor de repouso, que ocorre quando a pessoa está relaxada, e cessa — ou diminui — quando há algum tipo de movimento.
Como é feito o diagnóstico e qual profissional buscar?
A terceira idade é uma fase da vida em que é necessário maior cuidado a fim de garantir um envelhecimento saudável. Isso passa pela observação de sintomas que possam indicar o desenvolvimento do mal de Parkinson, bem como outros quadros que acometem, essencialmente, pessoas acima de 60 anos.
O diagnóstico de Parkinson é clínico. Isso significa que, a partir da suspeita, o médico deverá analisar e interpretar os sintomas para confirmar a hipótese. Outros exames, como tomografia cerebral e ressonância magnética, podem ser solicitados para descartar outros quadros.
Principais tipos de tratamento
O mal de Parkinson não tem cura, mas, com os tratamentos existentes atualmente, é possível viver com qualidade e bem-estar. O tratamento para o mal de Parkinson tem como objetivo repor os níveis de dopamina ou desacelerar o processo de perda desse neurotransmissor.
Isso é feito com medicamentos, que podem ser combinados com outros métodos para reduzir os sintomas — podendo ser indicado até mesmo o método cirúrgico.
Como diminuir o tremor do Parkinson?
Atividades físicas moderadas e fisioterapia são medidas que podem ser adotadas para diminuir o tremor de repouso causado pelo mal de Parkinson e promover mais qualidade de vida em relação a outros sintomas da doença. Cada caso, porém, deverá ser avaliado pelo médico que acompanha o paciente; afinal, ele é quem conhece o seu perfil, suas necessidades e limitações.
Qualidade de vida na terceira idade
Os cuidados com pacientes que apresentam o mal de Parkinson vão desde mudanças no ambiente, até o apoio emocional para lidar com as limitações que a condição impõe na rotina da pessoa. Por isso, é preciso fazer uma série de adaptações e oferecer a ele um ambiente acolhedor.
A Unimed-BH produziu vários conteúdos voltados para o cuidado com pessoas idosas, sejam elas portadoras da doença ou não. Confira alguns deles a seguir: